Chevron – Wikipédia, a enciclopédia livre
Chevron Corp. | |
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Empresa de capital aberto | |
Cotação | NYSE: CVX |
Atividade | Óleo e gás |
Gênero | Incorporation |
Fundação | 10 de setembro de 1879 (145 anos) como "Pacific Coast Oil Co." |
Sede | San Ramon, Califórnia |
Área(s) servida(s) | Mundo |
Locais | San Ramon, Los Angeles, São Paulo, Rio de Janeiro, [1] Buenos Aires, |
Pessoas-chave | Michael Wirth (CEO e Presidente)[2] |
Empregados | 42,595 (Mar./2021)[3] |
Produtos | Petróleo, gás natural e outras petroquímicas |
Marcas | |
Ativos | US$ 239.54 bilhões (2021)[3] |
Lucro | US$ 15.63 bilhões (2021)[3] |
Faturamento | US$ 162.47 bilhões (2021)[3] |
Website oficial | www.chevron.com |
A Chevron, com sede nos Estados Unidos, é uma das grandes empresas mundiais do ramo energético, especialmente petrolífero. É uma Supermajor, ou seja, uma das maiores empresas petrolíferas do mundo, integrando o chamado Big Oil — o lobby da energia —, que desfruta de grande poder econômico e influência política, particularmente nos Estados Unidos.[4] De acordo com uma pesquisa de 2019, a Chevron foi responsável pela emissão de 43,35 bilhões de toneladas de CO₂ entre 1965 e 2017, sendo a segunda empresa com as emissões mais altas do mundo, atrás apenas da Saudi Aramco.[5]
Em 2022, foi considerada a 16ª maior empresa dos EUA, segundo a Fortune.[6]
História
[editar | editar código-fonte]A Chevron foi uma das empresas resultantes da divisão da Standard Oil Company. Era inicialmente conhecida como Standard Oil California, ou Socal. Fez parte do grupo conhecido como sete irmãs - as sete maiores empresas petrolíferas do início do século XX.
Em 1933, a Socal conseguiu a concessão do governo da Arábia Saudita para prospecção de petróleo no país. Em 1938, a empresa encontrou o que viria a ser a maior reserva de petróleo do mundo[7] e apoiou econômicamente a Alemanha Nazista.[8] Sua subsidiária, California-Arabian Standard Oil Company, viria a evoluir para a empresa Arabian American Oil Company ou Aramco (atualmente, Saudi Aramco).
Em 2001, fundiu-se com a Texaco, mudando seu nome para ChevronTexaco. Em maio de 2005, a empresa anunciou que retornaria a se chamar apenas Chevron.
Atividades
[editar | editar código-fonte]As atividades da Chevron incluem extração e transporte de petróleo e gás natural; refinação de petróleo; produção e venda de produtos químicos e geração de energia. A Chevron afirma que, após a fusão com a Unocal Corporation, tornou-se a maior produtora de energia geotérmica do mundo todo.[9]
No Brasil
[editar | editar código-fonte]A sede brasileira da empresa está localizada no Rio de Janeiro.[1] Em 2009 a Chevron vendeu para o Grupo Ultra os seus ativos fixos (postos de combustíveis).[10][11] A partir de 2012, todos os postos de combustíveis da Texaco deixaram de existir no Brasil, tornando-se postos Ipiranga.[12]
Em Angola
[editar | editar código-fonte]Em Angola, encontra-se representada pela sua subsidiária Cabinda Gulf Oil Company Limited (CABGOC), detendo 100℅ do seu capital. A sua sede está localizada em Luanda. A Chevron iniciou as suas atividades em Angola no ano de 1954, quando a CABGOC realizou o primeiro estudo geológico de campo.[13]
Desastres ambientais
[editar | editar código-fonte]Os efeitos locais das atividades da Chevron-Texaco nos últimos 30 anos têm sido desastrosos. A exploração petroleira no norte da Amazônia equatoriana é responsável pelo desmatamento de dois milhões de hectares. Mais de 650.000 barris de resíduos tóxicos foram derramados nas matas e rios. Metais pesados provenientes da exploração do petróleo contaminaram as fontes de água da região. Várias etnias indígenas, como os Cofanes, Sionas e Secoyas foram afetados até converterem-se em minorias em perigo de extermínio.[14]
De 1964 a 1990, a Texaco, pertencente à Chevron, despejou bilhões de galões de lixo tóxico na Amazônia equatoriana e depois foi embora. Apesar de condenada pela justiça do Equador, a Chevron tem feito uso de seu poderoso lobby e do seu departamento de relações públicas para intimidar seus críticos e se esquivar da responsabilidade pelo enorme desastre ambiental e humano que causou.
A Chevron disse várias vezes que se recusa a pagar pela limpeza da região, apesar da decisão judicial, dizendo que lutará até o fim.[15][16][17]
Em novembro de 2011, a Chevron foi responsável pelo vazamento de óleo na Bacia de Campos, estado do Rio de Janeiro, em razão da abertura de fissuras durante atividades de perfuração. Estima-se que a mancha de óleo tenha alcançado 18 km de extensão, cobrindo uma área de 11,8 km².[18]
Referências
- ↑ a b «Institucional | Nossa história no Brasil». Chevron Brasil
- ↑ «Chevron names Michael Wirth chairman and CEO». MSNBC (em inglês). 28 de setembro de 2017. Consultado em 16 de julho de 2022
- ↑ a b c d «2021 Fourth Quarter Report» (PDF) (em inglês). Chevron. 28 de janeiro de 2022. Consultado em 16 de julho de 2022
- ↑ Inside the Big Oil Game. Time, 7 de maio de 1979.
- ↑ «Revealed: the 20 firms behind a third of all carbon emissions». The Guardian (em inglês). 9 de outubro de 2019. Consultado em 17 de julho de 2022
- ↑ «500 maiores empresas dos EUA tiveram lucro recorde de US$ 1,84 trilhão em 2021, diz revista». G1. Consultado em 25 de outubro de 2022
- ↑ «The King of Giant Fields». Consultado em 5 de junho de 2013
- ↑ A People’s History of the United States
- ↑ Chevron claims energy debate. BBC News. 19 de fevereiro de 2006. Acessado dia 22 de novembro de 2007.
- ↑ «Ultra compra a Texaco por R$ 1,16 bilhão». Folha de S.Paulo. 15 de agosto de 2008. Consultado em 17 de julho de 2022
- ↑ «Grupo Ultra conclui aquisição dos postos Texaco». Folha de S.Paulo. 31 de março de 2009. Consultado em 17 de julho de 2022
- ↑ «Dona da Ipiranga compra postos da Texaco no Brasil por R$ 1,16 bilhões». Gazeta do Povo. 14 de agosto de 2008. Consultado em 17 de julho de 2022 – via Reuters
- ↑ «Institucional | Nossa história em Angola». Chevron Angola
- ↑ Beristain, Carlos Martín; Rovira, Darío Páez; Fernández, Itziar. Las palabras de la selva - Estudio psicosocial del impacto de las explotaciones petroleras de Texaco en las comunidades amazónicas de Ecuador. Instituto Hegoa. Bilbao: Zubiria Etxea. UPV/EHU. (em castelhano)
- ↑ Ecuador Amazon oil: Legal battle far from over. Por Irene Caselli. BBC, 1° de março de 2011.
- ↑ Vídeo: Servio Curipoma arrives in New York to tell his story (em espanhol, com legendas em inglês). Por Mitch Anderson. Amazon Watch, 18 de maio de 2011.
- ↑ Accompanying Servio to Chevron's "Alternate Reality" (em inglês). Por Alex Goff. Amazon Watch, 3 de junho de 2013.
- ↑ Chevron está 'envergonhada' por vazamento, diz superintendente. G1, 30 de novembro de 2011.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Site oficial» (em inglês)