Chineque – Wikipédia, a enciclopédia livre
Chineque típico da cultura germânica. | |
Nome(s) alternativo(s) | Schnecke |
Categoria | Pão doce |
País | Alemanha, Áustria |
Ingrediente(s) principal(is) | açúcar, canela, sal, ovo, baunilha, leite, passas, nozes |
Receitas: Chineque Multimédia: Chineque |
Chineque (do alemão Schnecke, caracol) é um pão doce de origem alemã, tradicional também em regiões de imigração e colonização germânica, como por exemplo na região de Filadélfia (EUA) ou na região Sul do Brasil.[1]
História
[editar | editar código-fonte]Tradicionalmente, o chineque era um doce consumido nas manhãs de sábado nos lares alemães. O nome "chineque" vem do palavra em alemão Schnecke, que significa caracol.[2][3]
No Brasil, onde é consumido especialmente em Santa Catarina e no Paraná, um chineque é simplesmente um pão doce (não necessariamente enrolado nem lembrando um caracol).[3] Um chineque pode ser desde um simples pães doce até chineques com coberturas variadas, tais como caldas de coco, banana, farofa doce, morango, amoras, etc.[2][4]
Chineque joinvilense
[editar | editar código-fonte]Em Joinville, Santa Catarina, o chineque é considerado um doce típico da região.[5] É um pão doce. Também no Paraná (mais especificamente na região de Curitiba) chineque é em geral um sinônimo para pão doce.[6][7]
Em outras regiões de Santa Catarina e do Paraná, também é conhecido como chineca ou massinha.
Alemanha e Áustria
[editar | editar código-fonte]O caracol (Schnecke) é um tipo de pastelaria bem conhecido na Alemanha e na Áustria. Consiste de uma massa enrolada com a forma de uma concha de caracol.[8] Os caracóis podem ser feitos com recheios doces ou salgados, assim como com coberturas doces ou salgadas.
Em algumas regiões, a massa recebe o nome de Schneckennudel (macarrão de caracol)[9] ou Rollkuchen (bolo enrolado). O nome deriva da semelhança do produto assado acabado com uma casca de caracol. É normalmente preparado com uma massa folhada, levedada ou doce com fermento. Depois de estendida, a massa costuma ser recheada com recheios diversos e enrolada. Após a cozedura, dependendo do produto, os caracóis podem receber um glacê.
Entre as diversas variações, destaca-se o caracol maçã de Berlim (Berliner-Apfel-Schnecke ou Apfel-Berliner), que é frito em banha.
Algumas das variantes doces mais comuns são os caracóis com recheio de maçapão ou Persipan e passas (Rosinenschnecke), com massa de nozes (Nussschnecke) ou com canela (Zimtschnecke). Dependendo do ingrediente intensificador de sabor, existem também caracóis conhecidos como Mohnschnecken (com sementes de papoila), Quarkschnecken (com queijo quark) ou Puddingschnecken (com pudim). Em Pinzgau, perto de Salzburgo, e no distrito tirolês de Kitzbühel, os caracóis são conhecidos como Rohrnudeln, Schneck(e)nnudeln ou Schnecknnidai. São recheados com frutas cozidas ou Powidl (geleia de ameixa) e fritos.[10]
Para os caracóis salgados, costuma-se usar massa folhada com baixo teor de açúcar ou sem açúcar. Para estas variantes utilizam-se recheios ou coberturas com presunto, salmão, queijo ou legumes.
Galeria
[editar | editar código-fonte]- Pain aux raisins, bolo semelhante ao chineque, na França.
- Chineque na Alemanha.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Receita de Chineque». Tudo Gostoso. Consultado em 13 de fevereiro de 2016
- ↑ a b «Se o sonho acabou, vá de chineque | Histórico | Viver Bem». Viver Bem. Consultado em 13 de fevereiro de 2016
- ↑ a b «Vídeo: receita de chineque de farofa para fazer em casa». A Notícia. Consultado em 4 de abril de 2016
- ↑ Corrêa, Isaque de Borba (2000). Dicionário catarinense: tratado de dialetologia, falares, subfalares e expressões idiomáticas no estado barriga-verde. [S.l.]: Diário Catarinense. ISBN 9788574740348
- ↑ «Vídeo: receita de chineque de farofa para fazer em casa». A Notícia
- ↑ Gurgel, J. B. Serra e (2005). Dicionário de gíria: modismo linguístico o equipamento falado do Brasileiro. [S.l.]: HMP Comunicaçao. ISBN 9788590001423
- ↑ «Conheça os três finalistas da categoria chineque no Sabor Popular 2017». Bom Gourmet. 16 de julho de 2017
- ↑ Heinz Dieter Pohl (2007). Die österreichische Küchensprache: ein Lexikon der typisch österreichischen kulinarischen Besonderheiten (mit sprachwissenschaftlichen Erläuterungen). Wien: Praesens-Verlag. p. 130. ISBN 978-3-7069-0452-0
- ↑ Johann Andreas Schmeller (1877). Bayerisches Wörterbuch: Sammlung von Wörtern und Ausdrücken, die in den lebenden Mundarten sowohl, als in der älteren und ältesten Provincial-Litteratur des Königreichs Bayern. [S.l.]: Oldenbourg. p. 567
- ↑ Franz Maier-Bruck (1999). Vom Essen auf dem Lande das große Buch der österreichischen Bauernküche und Hausmannskost. Wien: K und S Verlag. p. 342, 346, 492. ISBN 3-218-00662-7