Cláudio Vera Cruz – Wikipédia, a enciclopédia livre
Cláudio Vera Cruz | |
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Informações gerais | |
Nome completo | Cláudio Vera Cruz |
Nascimento | 26 de abril de 1947 (77 anos) |
Local de nascimento | Curitiba Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Gênero(s) | Rock, MPB, Bossa Nova |
Ocupação | Músico, Cantor, Compositor, Guitarrista |
Instrumento(s) | Violão, Guitarra, Baixo, Violorquestra |
Período em atividade | 1968–presente |
Gravadora(s) | Independente |
Afiliação(ões) | Bixo da Seda |
Cláudio Vera Cruz (Curitiba, 26 de abril de 1947) é um cantor, compositor e instrumentista brasileiro, conhecido como um dos fundadores da banda Bixo da Seda e, posteriormente, por sua carreira solo, participando de duas ediçoes do álbum Paralelo 30.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascido em Curitiba, Paraná, em 1947, Vera Cruz mudou-se para Porto Alegre aos 13 anos. Envolveu-se com a música ainda criança, aprendendo a tocar gaita de boca, pífano e clarinete. Aos 13 anos, aprendeu a tocar violão e se interessou por criar harmonias.[1]
Na adolescência, foi influenciado pelos Beatles e formou a banda Som 4, que se tornou popular em Porto Alegre. Durante esse período, conheceu Hermes Aquino, com quem desenvolveu uma parceria duradoura.[1]
Vera Cruz é considerado um dos pioneiros da música urbana do Rio Grande do Sul, sendo descrito como "tropicalista gaúcho" ao lado de Carlinhos Hartlieb e Hermes Aquino. Sua versatilidade musical e instrumental, abrangendo gêneros como bossa nova, tango, samba, balada, valsa e rock, são amplamente reconhecidos.[1]
Carreira em grupos
[editar | editar código-fonte]Bixo da Seda
[editar | editar código-fonte]Após o sucesso do Som 4,[2] Vera Cruz foi convidado a integrar a banda Liverpool, que mais tarde se tornou o Bixo da Seda. Ele compôs riffs icônicos, como os das músicas "Bixo da Seda" e "Dona Yeda", embora não tenha sido creditado oficialmente.[3]
Succo e festivais
[editar | editar código-fonte]No final dos anos 1960, Vera Cruz participou da banda Succo junto com Zé Rodrix, Hermes Aquino e outros músicos. Na banda, iniciou seus trabalhos autorais.[4] A banda gerou controvérsia no II Festival Universitário de MPB da Arquitetura da UFRGS, em 1969, devido a uma performance provocativa que envolveu o lançamento de talco e uma galinha viva no palco.[1]
Saudade Instantânea e Ópera Rock
[editar | editar código-fonte]Nos anos 1970, Vera Cruz formou, com o amigo Morongo, a banda Saudade Instantânea com o objetivo de executar uma ópera rock.[4] O espetáculo "Eugeny - História de um sonho" foi um sucesso, lotando o Theatro São Pedro por seis dias consecutivos em 1973.[1]
Pipeliners
[editar | editar código-fonte]Desde 2021, Cláudio integra a banda de surf music Pipeliners, liderada por seu filho, Rodrigo Vera Cruz.[1]
Carreira solo
[editar | editar código-fonte]Paralelo 30
[editar | editar código-fonte]Vera Cruz participou das duas edições do álbum coletivo "Paralelo 30", em 1978 e 2001, ao lado de artistas como Bebeto Alves e Nelson Coelho de Castro.[5] Suas composições "Sem rei" e "Ruínas de um sonho" obtiveram destaque.[6][7]
Violorquestra
[editar | editar código-fonte]A partir da década de 1980, Vera Cruz passou a se apresentar em bares e casas noturnas. Ele criou um instrumento chamado "violorquestra", que combina baixo e violão, e se destacou pelo uso de sintetizadores.[8]
Vagalume
[editar | editar código-fonte]Em 2014, lançou seu primeiro álbum solo, "Vagalume", com canções de diferentes épocas, muitas em parceria com artistas como Luiz Mauro Vianna, Hermes Aquino, Sérgio Napp e Rubem Penz.[9]
Referências
- ↑ a b c d e f Sanes, Daniel (16 de maio de 2024). «Com sua guitarra, Claudio Vera Cruz marcou época em bandas como Bixo da Seda». Jornal do Comércio. Consultado em 20 de maio de 2024
- ↑ Borges, Glaucir Ferreira (2010). O Rock Gaúcho na Sintonia das FMs. Porto Alegre: Biblioteca 24 horas. p. 42. ISBN 9788578937508
- ↑ de Faria Silva, Arthur (1 de dezembro de 2021). «Ascensão & Queda Do Rock Do Iapi: A Trajetória Das Bandas Liverpool E Bixo Da Seda Entre A Porto Alegre E O Rio De Janeiro Dos Anos 1960 E 1970». UFAC. Revistra Tropos. 10 (2). Consultado em 20 de maio de 2024
- ↑ a b Biblioteca Pública do RS (26 de setembro de 2022). «Noite de MPB com Claudio Vera Cruz e Luiz Jakka no Chapéu Acústico da BPE». Biblioteca Pública do RS. Consultado em 21 de maio de 2024
- ↑ Mann, Henrique (2002). «Som do sul: a história da música do Rio Grande do Sul no século XX». WorldCat. p. 88. Consultado em 20 de maio de 2024
- ↑ JC (30 de setembro de 2022). «Nomes históricos da música urbana de Porto Alegre em bate-papo sobre o álbum 'Paralelo 30'». Jornal do Comércio. Consultado em 20 de maio de 2024
- ↑ «Claudio Vera Cruz abre o Festival de Verão - Agenda, Música». Matinal. 8 de janeiro de 2020. Consultado em 20 de maio de 2024
- ↑ Comércio, Jornal do (19 de julho de 2022). «Claudio Vera Cruz apresenta cinco décadas de música autoral». Jornal do Comércio. Consultado em 20 de maio de 2024
- ↑ BinaSul, SuperTransado. «As guitarras de Cláudio Vera Cruz e Marcelo Corsetti no Espaço 373». Super Transado. Consultado em 20 de maio de 2024