Coelophysidae – Wikipédia, a enciclopédia livre

Coelophysidae
Intervalo temporal:
Triássico SuperiorJurássico Inferior
228–183 Ma
Comparação de crânios de Coelophysidae (Megapnosaurus rhodesiensis no canto superior esquerdo, Panguraptor lufengensis no canto superior direito, Coelophysis bauri no canto inferior esquerdo, "Syntarsus" kayentakatae no canto inferior direito)
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Dinosauria
Clado: Saurischia
Clado: Theropoda
Superfamília: Coelophysoidea
Família: Coelophysidae
Nopcsa, 1923
Espécie-tipo
Coelurus bauri
Cope, 1887
Gêneros
Sinónimos
  • Procompsognathidae Nopcsa, 1923
  • Segisauridae Camp, 1936
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Coelophysidae foram uma família de dinossauros terópodes comuns do Triássico e do início do Jurássico. Eles foram comuns geograficamente, provavelmente vivendo em todos os continentes. O tamanho dos dinossauros desta família vão de aproximadamente 1 para até 6 metros de comprimento, sendo estritamente carnívoros.

Os gêneros mais conhecidos desta família são: Coelophysis, Liliensternus e Procompsognathus.

Características

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Os celofisídeos são caracterizados por estruturas delgadas e magras, além de crânios longos e estreitos com grandes fenestras para permitir um crânio mais leve.[2] Eles são terópodes bastante primitivos e, portanto, têm características bastante basais, como sacos de ar ocos nas vértebras cervicais e bipedismo obrigatório.[2] Suas construções delgadas permitiam que fossem corredores rápidos e ágeis. Todos os membros conhecidos de Coelophysidae são carnívoros. Uma espécie, Coelophysis bauri, tem a fúrcula mais antiga conhecida (osso da sorte) de qualquer dinossauro.[3]

Também foi especulado que algumas espécies dentro de Coelophysidae, nomeadamente Coelophysis bauri, exibiram canibalismo, embora a evidência fóssil por trás dessas alegações tenha sido fortemente debatida (Rinehart et al., 2009; Gay, 2002; Gay, 2010).[4][5][6]

Coelophysidae faz parte da grande superfamília Coelophysoidea, que contém Dilophosauridae, Liliensternus e Zupaysaurus, além da própria Coelophysidae.[7][8][9] Coelophysoidea, por sua vez, faz parte do clado maior de Neotheropoda.[7] Das duas famílias principais em Coelophysoidea, Coelophysidae e Dilophosauridae, a primeira é considerada a mais basal.[7]

O cladograma abaixo foi recuperado em um estudo de Matthew T. Carrano, John R. Hutchinson e Scott D. Sampson, 2005.[10]

Procompsognathus

Segisaurus

Coelophysis

Megapnosaurus rhodesiensis

Megapnosaurus kayentakatae

O cladograma abaixo segue a topologia de uma análise de 2011 pelos paleontólogos Martin D. Ezcurra e Stephen L. Brusatte, modificada com dados adicionais por You Hai-Lu e colegas em 2014.[1][11]

"Syntarsus" kayentakatae

Panguraptor lufengensis

Coelophysis bauri

Coelophysis rhodesiensis

Camposaurus arizonensis

Fósseis de membros de Coelophysidae foram encontrados em muitos continentes, incluindo América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia e África. Powellvenator podocitus foi descoberto no noroeste da Argentina.[12] Procompsognathus triassicus foi descoberto na Alemanha, e Camposaurus arizonensis é do Arizona, na América do Norte.[13][11] Nenhum fóssil de celofisídeo era conhecido da Ásia até a descoberta do Panguraptor lufengensis em 2014 na província de Yunnan da China.[1] O gênero Coelophysis foi encontrado na América do Norte, África do Sul e Zimbábue.[14]

Referências

  1. a b c Hai-Lu You; Yoichi Azuma; Tao Wang; Ya-Ming Wang; Zhi-Ming Dong (2014). «The first well-preserved coelophysoid theropod dinosaur from Asia». Zootaxa. 3873 (3): 233–249. PMID 25544219. doi:10.11646/zootaxa.3873.3.3 
  2. a b Nesbitt, Sterling J.; Smith, Nathan D.; Irmis, Randall B.; Turner, Alan H.; Downs, Alex; Norell, Mark A. (2009). «A Complete Skeleton of a Late Triassic Saurischian and the Early Evolution of Dinosaurs». Science (em inglês). 326 (5959): 1530–1533. Bibcode:2009Sci...326.1530N. ISSN 0036-8075. PMID 20007898. doi:10.1126/science.1180350 
  3. Rinehart, L.F.; Lucas, S.G.; Hunt, A.P. (2007). «Furculae in the Late Triassic theropod dinosaur Coelophysis bauri». Paläontolgische Zeitschrift. 81 (2): 174–180. doi:10.1007/BF02988391 
  4. Rinehart, L.F.; Lucas, S.G.; Heckert, A.B.; Spielmann, J.A.; Celesky, M.D. (2009). «The paleobiology of Coelophysis bauri (Cope) from the Upper Triassic (Apachean) Whitaker quarry, New Mexico, with detailed analysis of a single quarry block». New Mexico Museum of Natural History & Science, a division of the Department of Cultural Affairs Bulletin. 45: 260 
  5. Gay, R.J. (2002). «The myth of cannibalism in Coelophysis bauri». Journal of Vertebrate Paleontology. 22 (3): 57A 
  6. Gay, R.J. (2010). Notes on Early Mesozoic Theropods (First ed.). Lulu press. pp. 9-24. ISBN 978-0-557-46616-0
  7. a b c Hendrickx, C.; Hartman, S.A.; Mateus, O. (2015). «An overview of non-avian theropod discoveries and classification». PalArch's Journal of Vertebrate Paleontology. 12 (1): 1–73. ISSN 1567-2158 
  8. Ezcurra, M.D.; Novas, F.E. (2007). «Phylogenetic relationships of the Triassic theropod Zupaysaurus rougieri from NW Argentina». Historical Biology. 19 (1): 35–72. doi:10.1080/08912960600845791 
  9. Nesbitt, S.J.; Ezcurra, M.D. (2015). «The early fossil record of dinosaurs in North America: A new neotheropod from the base of the Upper Triassic Dockum Group of Texas». Acta Palaeontologica Polonica (em inglês). 60. ISSN 0567-7920. doi:10.4202/app.00143.2014 
  10. Carrano, M.T; Hutchinson, J.R; Sampson, S.D. (2005). «New information on Segisaurus halli, a small theropod dinosaur from the Early Jurassic of Arizona». Journal of Vertebrate Paleontology. 25 (4): 835–849. doi:10.1671/0272-4634(2005)025[0835:niosha]2.0.co;2 
  11. a b Ezcurra, M.D.; Brusatte, S.L. (2011). «Taxonomic and phylogenetic reassessment of the early neotheropod dinosaur Camposaurus arizonensis from the Late Triassic of North America». Palaeontology (em inglês). 54 (4): 763–772. doi:10.1111/j.1475-4983.2011.01069.x 
  12. Ezcurra, Martín D. (2017). «A New Early Coelophysoid Neotheropod from the Late Triassic of Northwestern Argentina». Ameghiniana (em inglês). 54 (5): 506–538. ISSN 0002-7014. doi:10.5710/amgh.04.08.2017.3100 
  13. Knoll, Fabien (2008). «On the Procompsognathus postcranium (Late Triassic, Germany)». Geobios. 41 (6): 779–786. ISSN 0016-6995. doi:10.1016/j.geobios.2008.02.002 
  14. Bristowe, A.; Raath, M.A. (2004). «A juvenile coelophysoid skull from the Early Jurassic of Zimbabwe, and the synonymy of Coelophysis and Syntarsus». Palaeontologica Africana. 40: 31–41 
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