Combretaceae – Wikipédia, a enciclopédia livre
Combretaceae | |||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||
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Géneros | |||||||||||
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Combretaceae é uma Família botânica pertencente à ordem Myrtales, que incluí 20 gêneros e cerca de 600 espécies. No Brasil, encontram-se 5 gêneros, dentre estes Combretum e Terminalia, 64 espécies sendo 13 endêmicas, 2 subespécies e 2 variedades. Algumas se desenvolvem em manguezais como os gêneros Conocarpus, Laguncularia e Lumnitzera.[1]
Descrição (características morfológicas)
[editar | editar código-fonte]Predominantemente árvores e lianas. Não possuem estípulas ou, por vezes, estas são inconspícuas. Folhas alternas ou opostas, inteiras e peninérveas com nectários na base do pecíolo. Em relação à inflorescência podem ser em forma de espiga ou racemosas; flores bi ou unissexuais e actinomorfas. As sépalas são 4-5, imbricadas ou valvares e podem ser livres ou unidas a base. As pétalas são 4-5, ou, por vezes, ausentes e ainda podem ser livres, imbricadas ou valvares. Apresentam flores monoicas, poligâmicas ou dioicas, com estames 8-10, anteras rimosas e bastante discreta. Os ovários apresentam 2-5 carpelos, possuem nectários no ápice, normalmente, uniloculares e apenas um óvulo se desenvolve por funículo. Apresentam frutos monospérmicos, drupóide ou samaróide que podem ou não ser alados.
Distribuição geográfica
[editar | editar código-fonte]Distribuem-se em regiões tropicais e subtropicais. No Brasil, se distribuem por todas as regiões, sendo a Norte e Nordeste as que apresentam as maiores concentrações, respectivamente.
Adaptações/caracteres evolutivos
[editar | editar código-fonte]Muitas espécies de Combretaceae apresentam adaptações á zonas áridas.
Reprodução
[editar | editar código-fonte]As flores são visitadas por aves e insetos que buscam principalmente o néctar. Em casos como o do fruto do Laguncularia, a água funciona como principal dispersor, talvez, devido a sua característica esponjosa. Em algumas espécies, os dispersores são animais, seguidos pela água, especialmente frutos carnosos e indeiscentes. Há também alguns casos de dispersão pelo vento.
História
[editar | editar código-fonte]Em relação à evolução do grupo, estas estão inseridas na Ordem Myrtales devido a estudos moleculares, já que apresentam características distintas das demais famílias do grupo, tais como o ovário, com apenas um lóculo e óvulos pendentes.
Importância econômica
[editar | editar código-fonte]A madeira de algumas espécies de Combretaceae é bastante apreciada na marcenaria e na carpintaria devido à característica rigidez, como ocorre em Terminalia ivorensis A.Chev.. Outras como o Jasmim-da-índia (Quisqualis indica Linn.) são apreciadas na ornamentação, neste caso específico, as flores são capazes de mudar de cor: nascem brancas e se tornam avermelhadas, o que as torna bastante atrativas. Já a Terminalia catappa Linn., além do paisagismo, é importante na utilização alimentícia e medicinal, sendo seus frutos bastante contemplados, estes, também são usados na fabricação de remédios caseiros e óleos finos; suas folhas tem larga utilização em medicamentos fitoterápicos e em tratamentos em locais de criação de peixes.
Potencial ornamental
[editar | editar código-fonte]A Quisqualis indica Linn. (Jasmim-da-índia) é amplamente utilizada na ornamentação assim como Terminalia catappa Linn. e a Combretum fruticosum Loeft.
Conservação
[editar | editar código-fonte]Dentre as espécies de Combretaceae ameaçadas de extinção encontram-se Buchenavia pabstii (Marquete e Valente), Buchenavia rabelloana (N.F.Mattos) e Terminalia acuminata (Fr. All.) Eichl., de acordo com a Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção.
Gêneros
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Ocorrem no Brasil: Buchenavia, Combretum, Conocarpus, Laguncularia e Terminalia.
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ «Combretaceae». Flora of Australia (em inglês). Consultado em 2 de maio de 2022
- Souza, Vinicius Castro e Lorenzi, Harri: Botânica sistemática - guia ilustrado para identificação das famílias de Angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Instituto Plantarum, Nova Odessa SP, 2005. ISBN 85-86714-21-6
- Royal Botanic Gardens, Vascular Plants Families and Genera
- [1] - acesso em 07 de junho de 2013
- [2] - acesso 12 de junho de 2013
- [3] - acesso 12 de junho de 2013
- Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção. Disponível em: [4] - acesso a 14 de Junho de 2013.