Comportamento agonístico – Wikipédia, a enciclopédia livre

Comportamento agonístico em machos de Zygoballus sexpunctatus

Em etologia, comportamento agonístico é qualquer comportamento social relacionado à luta. Portanto, é uma categoria mais ampla que agressão, pois não envolve apenas o ato agressivo em si, mas também exibições, fugas, conciliação. O termo foi cunhado por Scott e Fredericson em 1951.[1] O comportamento agonístico é visto em muitos animais já que os recursos alimentares, cópulas e abrigo são recursos limitados, e acaba provocando disputas entre os interesses individuais.

Algumas formas de comportamento agonístico aparecem em contextos de competição por recursos, como comida ou cópulas. Muitas vezes, envolve apenas a apresentação de ameaças e exibições, sem a ocorrência de um embate propriamente dito: o animal mais ameaçador é capaz de vencer uma disputa sem chegar na agressão propriamente dita. A territorialidade é um bom exemplo de situação em que há a ocorrência de comportamentos agonísticos, e o residente do território geralmente ganha o embate, expulsando o intruso. Embora esses comportamentos variem muito, pode-se dividir em três tipos: ameaça, agressão e submissão.[2] Esses comportamentos são fisiologicamente e funcionalmente relacionados entre si, e muitas vezes apresentam estereotipia e um sequência bem definida de apresentação.[3] Dependendo da disponibilidade e importância do recurso, do tamanho do oponente, o comportamento agonístico pode passar da apresentação de complexos rituais para um embate propriamente dito, ocorrendo até mesmo, a morte.[3]

Referências

  1. Barrows, Edward (2001). Animal Behavior Desk Reference. Florida: CRC Press LLC 
  2. Manning, Aubrey (1998). An Introduction to Animal Behavior. [S.l.]: Cambridge University Press 
  3. a b McGlone, John (1986). «Agonistic Behavior in Food Animals: Review of Research and Techniques». Journal of Animals Science. 62 (4). Consultado em 23 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 18 de abril de 2009