Copa do Mundo FIFA de 1994 – Wikipédia, a enciclopédia livre
Copa do Mundo FIFA de 1994 | ||||
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FIFA World Cup USA '94 (em inglês) Estados Unidos 1994 | ||||
Cartaz oficial da edição | ||||
Dados | ||||
Participantes | 24 | |||
Organização | FIFA | |||
Anfitrião | Estados Unidos | |||
Período | 17 de junho – 17 de julho | |||
Gol(o)s | 141 | |||
Partidas | 52 | |||
Média | 2,71 gol(o)s por partida | |||
Campeão | Brasil (4º título) | |||
Vice-campeão | Itália | |||
3.º colocado | Suécia | |||
4.º colocado | Bulgária | |||
Melhor marcador | 6 gols: | |||
Melhor ataque (fase inicial) | Rússia – 7 gols | |||
Melhor defesa (fase inicial) | 1 gol: | |||
Maior goleada (diferença) | Rússia 6–1 Camarões Stanford Stadium, Palo Alto 28 de junho, Grupo B | |||
Público | 3 587 538 | |||
Média | 68 991,1 pessoas por partida | |||
Premiações | ||||
Melhor jogador (FIFA) | Romário | |||
Melhor goleiro | Michel Preud'homme | |||
Melhor jogador jovem | Marc Overmars | |||
Fair play | Brasil | |||
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A Copa do Mundo FIFA de 1994 foi a 15.ª edição do torneio, sediado nos Estados Unidos, sendo o primeiro mundial a ser realizado neste país. Apesar da pouca tradição norte-americana no futebol, foi este o campeonato mundial que bateu todos os recordes de público, mantidos até os dias de hoje. Com um futebol extremamente eficiente e com um grupo muito unido liderado pelo polêmico craque Romário, a Seleção Brasileira conquistou o quarto título mundial ao bater a Itália na final. O titulo do Brasil foi comemorado também como uma homenagem ao tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna, falecido em 1 de maio daquele ano.
A edição foi aberta no estádio Soldier Field, em Chicago, no dia 17 de junho, com direito a performance da cantora Diana Ross. No mesmo dia, aconteceu o jogo de abertura entre a Alemanha (sua primeira Copa reunificada) contra a Bolívia. A seleção Alemã venceu o jogo por 1–0, com gol do atacante Jürgen Klinsmann. Nesse jogo, o craque boliviano Marco Etcheverry recebeu o primeiro cartão vermelho da Copa, após agredir Lothar Matthäus[1]. Estreante em copas, a Arábia Saudita mostrou ao mundo do futebol a que veio no terceiro jogo contra a Bélgica. Após receber a bola do campo de sua equipe, Saeed Al-Owairan decidiu partir para cima dos belgas e após driblar meio time, tocou na saída do experiente goleiro Michel Preud'homme, um dos melhores do mundo na época e que seria eleito o melhor daquela Copa,[2] marcando o mais belo gol do Mundial.
Foi uma Copa do Mundo de grandes surpresas. A Bulgária, que até ali em 6 participações anteriores jamais havia vencido um jogo de Copa do Mundo, superou grandes favoritos, sendo a 2.ª colocada em um grupo que tinha a Argentina, além de eliminar em um jogo emocionante a Alemanha, até então a Campeã mundial defensora, por 2–1 nas quartas de final. Chegou à semifinal e terminou em 4.º lugar.
Eliminatórias
[editar | editar código-fonte]As eliminatórias para a Copa de 1994 começaram em 1992 e terminaram no fim de 1993. Duas equipes estavam suspensas pela FIFA de participar das eliminatórias: a antiga Iugoslávia, por causa da guerra civil contra a Bósnia;[3] e o Chile, por causa do teatro armado pelo goleiro Roberto Rojas (que fingiu ter sido atingido por um foguete disparado por uma torcedora) no jogo contra a Seleção Brasileira no Maracanã, pelas Eliminatórias da Copa de 1990.[4]
Pela primeira vez desde o pós-guerra, nenhum país integrante do Reino Unido se classificou para a Copa do Mundo: o País de Gales (que tinha em seu elenco o ainda jovem Ryan Giggs e o veterano Ian Rush) perdeu a vaga para a Bélgica e para a Romênia; a Irlanda do Norte perdeu a vaga para Espanha e Irlanda; a Escócia perdeu a vaga para Itália e Suíça; e a poderosa Inglaterra, mesmo contando com jogadores da estirpe de Paul Gascoigne, David Platt, Tony Adams, Paul Ince, John Barnes, Teddy Sheringham, Stuart Pearce, entre outros, surpreendentemente, perdeu a vaga para os Países Baixos e Noruega. Outra surpresa foi a eliminação da França, que foi eliminada pela Suécia e para a Bulgária, que conquistou a classificação na última partida de seu grupo após derrotar a própria França.[carece de fontes]
Na zona sul-americana, a Colômbia surpreendeu a todos ao se classificar vencendo de goleada a Argentina por 5–0, em pleno Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, e enviando os Hermanos para jogar a repescagem com a Austrália. Para a disputa, o treinador argentino Alfio Basile resolveu convocar Maradona com o objetivo de ganhar a vaga. Outra surpresa na América do Sul foi a eliminação do Uruguai, que terminou em terceiro lugar em seu grupo, perdendo a vaga para o Brasil e para a surpreendente Bolívia. Quatro equipes se classificaram pela primeira vez para uma Copa: Arábia Saudita, Grécia, Nigéria e Rússia, sendo que esta última já havia participado anteriormente integrando a antiga União Soviética.
Seleções participantes
[editar | editar código-fonte]Seleção | Participação | Última participação |
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Alemanha | 13ª | 1990 |
Arábia Saudita | 1ª | Estreante |
Argentina | 11ª | 1990 |
Bélgica | 9ª | 1990 |
Brasil | 15ª | 1990 |
Bolívia | 3ª | 1950 |
Bulgária | 6ª | 1986 |
Camarões | 3ª | 1990 |
Colômbia | 3ª | 1990 |
Coreia do Sul | 4ª | 1990 |
Espanha | 9ª | 1990 |
Estados Unidos | 4ª | 1990 |
Grécia | 1ª | Estreante |
Irlanda | 2ª | 1990 |
Itália | 13ª | 1990 |
Marrocos | 3ª | 1986 |
México | 10ª | 1986 |
Nigéria | 1ª | Estreante |
Noruega | 2ª | 1938 |
Países Baixos | 6ª | 1990 |
Romênia | 6ª | 1990 |
Rússia | 8ª | 1990 |
Suécia | 9ª | 1990 |
Suíça | 7ª | 1966 |
Sorteio
[editar | editar código-fonte]O sorteio foi realizado no Convention Center em Las Vegas, a 19 de dezembro de 1993. Estados Unidos (por ser anfitrião) e Alemanha (então campeã detentora), eram cabeças de chave por direito.[carece de fontes]
Pote 1 | Pote 2 | Pote 3 | Pote 4 |
---|---|---|---|
Sedes
[editar | editar código-fonte]Pasadena (região de Los Angeles) | Stanford (região de San Francisco) | Pontiac (região de Detroit) | East Rutherford (região de Nova York) |
---|---|---|---|
Rose Bowl | Stanford Stadium | Pontiac Silverdome | Giants Stadium |
Capacidade: 91.794 | Capacidade: 80.906 | Capacidade: 77.557 | Capacidade: 75.338 |
Dallas, Texas | Copa do Mundo FIFA de 1994 (Estados Unidos) | ||
Cotton Bowl | |||
Capacity: 63.998 | |||
Chicago, Illinois | Orlando | Foxborough (região de Boston) | Washington, D.C. |
Soldier Field | Citrus Bowl | Foxboro Stadium | Robert F. Kennedy Memorial Stadium |
Capacidade: 63.117 | Capacidade: 61.219 | Capacidade: 53.644 | Capacidade: 53.142 |
Fase de grupos
[editar | editar código-fonte]Equipes classificadas para a fase final | |
4 melhores terceiros colocados também avançam a fase final | |
Equipes eliminadas |
Grupo A
[editar | editar código-fonte]Pos. | Seleção | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Romênia | 6 | 3 | 2 | 0 | 1 | 5 | 5 | 0 |
2 | Suíça | 4 | 3 | 1 | 1 | 1 | 5 | 4 | +1 |
3 | Estados Unidos | 4 | 3 | 1 | 1 | 1 | 3 | 3 | 0 |
4 | Colômbia | 3 | 3 | 1 | 0 | 2 | 4 | 5 | –1 |
18 de junho | Estados Unidos | 1 – 1 | Suíça | Pontiac Silverdome, Detroit |
11:30 (UTC−4) | Wynalda 44' | Relatório | Bregy 39' | Público: 63 425 Árbitro: ARG Francisco Lamolina |
18 de junho | Colômbia | 1 – 3 | Romênia | Rose Bowl, Pasadena |
19:30 (UTC−7) | Valencia 43' | Relatório | Răducioiu 15', 89' Hagi 34' | Público: 91 586 Árbitro: SYR Jamal Al-Sharif |
22 de junho | Romênia | 1 – 4 | Suíça | Pontiac Silverdome, Detroit |
16:00 (UTC−4) | Hagi 35' | Relatório | Sutter 16' Chapuisat 52' Knup 65', 72' | Público: 61 428 Árbitro: TUN Neji Jouini |
22 de junho | Estados Unidos | 2 – 1 | Colômbia | Rose Bowl, Pasadena |
19:30 (UTC−7) | Escobar 35' (g.c.) Stewart 52' | Relatório | Valencia 90' | Público: 93 689 Árbitro: ITA Fabio Baldas |
26 de junho | Estados Unidos | 0 – 1 | Romênia | Rose Bowl, Pasadena |
16:00 (UTC−7) | Relatório | Petrescu 18' | Público: 93 869 Árbitro: NED Mario van der Ende |
26 de junho | Suíça | 0 – 2 | Colômbia | Stanford Stadium, Palo Alto |
16:00 (UTC-7) | Relatório | Gaviria 44' Lozano 90' | Público: 83 401 Árbitro: DIN Peter Mikkelsen |
Grupo B
[editar | editar código-fonte]Pos. | Seleção | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Brasil | 7 | 3 | 2 | 1 | 0 | 6 | 1 | +5 |
2 | Suécia | 5 | 3 | 1 | 2 | 0 | 6 | 4 | +2 |
3 | Rússia | 3 | 3 | 1 | 0 | 2 | 7 | 6 | +1 |
4 | Camarões | 1 | 3 | 0 | 1 | 2 | 3 | 11 | –8 |
19 de junho | Camarões | 2 – 2 | Suécia | Rose Bowl, Pasadena |
19:30 (UTC-7) | Embé 31' Omam-Biyik 47' | Relatório | Ljung 8' Dahlin 75' | Público: 93 194 Árbitro: PER Alberto Noriega |
20 de junho | Brasil | 2 – 0 | Rússia | Stanford Stadium, Palo Alto |
16:00 (UTC-7) | Romário 26' Raí 52' (pen) | Relatório | Público: 81 061 Árbitro: MRI Lim Kee Chong |
24 de junho | Brasil | 3 – 0 | Camarões | Stanford Stadium, Palo Alto |
16:00 (UTC-7) | Romário 39' Márcio Santos 66' Bebeto 73' | Relatório | Público: 83 401 Árbitro: MEX Arturo Brizio Carter |
24 de junho | Suécia | 3 – 1 | Rússia | Pontiac Silverdome, Michigan |
19:30 (UTC-4) | Brolin 37' (pen) Dahlin 59', 81' | Relatório | Salenko 4' (pen) | Público: 71 528 Árbitro: FRA Joël Quiniou |
28 de junho | Rússia | 6 – 1 | Camarões | Stanford Stadium, Palo Alto |
16:00 (UTC-7) | Salenko 15', 41', 44' (pen), 72', 75' Radchenko 81' | Relatório | Milla 46' | Público: 74 914 Árbitro: SYR Jamal Al-Sharif |
28 de junho | Brasil | 1 – 1 | Suécia | Pontiac Silverdome, Michigan |
16:00 (UTC-4) | Romário 46' | Relatório | K. Andersson 23' | Público: 77 217 Árbitro: HUN Sándor Puhl |
Grupo C
[editar | editar código-fonte]Pos. | Seleção | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Alemanha | 7 | 3 | 2 | 1 | 0 | 5 | 3 | +2 |
2 | Espanha | 5 | 3 | 1 | 2 | 0 | 6 | 4 | +2 |
3 | Coreia do Sul | 2 | 3 | 0 | 2 | 1 | 4 | 5 | –1 |
4 | Bolívia | 1 | 3 | 0 | 1 | 2 | 1 | 4 | –3 |
17 de junho | Alemanha | 1 – 0 | Bolívia | Soldier Field, Chicago |
14:00 (UTC−6) | Klinsmann 61' | Relatório | Público: 63 117 Árbitro: MEX Arturo Brizio Carter |
17 de junho | Espanha | 2 – 2 | Coreia do Sul | Cotton Bowl, Dallas |
19:30 (UTC−6) | Salinas 51' Goikoetxea 55' | Relatório | Hong Myung-Bo 85' Seo Jung-Won 90' | Público: 56 247 Árbitro: DIN Peter Mikkelsen |
21 de junho | Alemanha | 1 – 1 | Espanha | Soldier Field, Chicago |
16:00 (UTC−6) | Klinsmann 48' | Relatório | Goikoetxea 14' | Público: 63 113 Árbitro: URU Ernesto Filippi |
23 de junho | Coreia do Sul | 0 – 0 | Bolívia | Foxboro Stadium, Foxborough |
16:00 (UTC−5) | Relatório | Público: 54 453 Árbitro: SCO Leslie Mottram |
27 de junho | Bolívia | 1 – 3 | Espanha | Soldier Field, Chicago |
16:00 (UTC−6) | E. Sánchez 67' | Relatório | Guardiola 19' (pen) Caminero 66', 70' | Público: 63 089 Árbitro: CRC Rodrigo Badilla |
27 de junho | Alemanha | 3 – 2 | Coreia do Sul | Cotton Bowl, Dallas |
16:00 (UTC−6) | Klinsmann 12', 37' Riedle 20' | Relatório | Hwang Sun-Hong 52' Hong Myung-Bo 63' | Público: 63 998 Árbitro: FRA Joël Quiniou |
Grupo D
[editar | editar código-fonte]Pos. | Seleção | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Nigéria | 6 | 3 | 2 | 0 | 1 | 6 | 2 | +4 |
2 | Bulgária | 6 | 3 | 2 | 0 | 1 | 6 | 3 | +3 |
3 | Argentina | 6 | 3 | 2 | 0 | 1 | 6 | 3 | +3 |
4 | Grécia | 0 | 3 | 0 | 0 | 3 | 0 | 10 | –10 |
- Argentina, Bulgária e Nigéria estiveram empatadas (ambas com 6 pontos). Nigéria ficou na liderança, pois sofreu um gol a menos do que as outras duas seleções; já Bulgária fica na 2ª colocação, pois vencera a Argentina no confronto direto por 2–0.
21 de junho | Argentina | 4 – 0 | Grécia | Foxboro Stadium, Foxborough |
12:30 (UTC−5) | Batistuta 2', 44', 90' (pen) Maradona 60' | Relatório | Público: 54 456 Árbitro: USA Arturo Angeles |
21 de junho | Nigéria | 3 – 0 | Bulgária | Cotton Bowl, Dallas |
19:30 (UTC−6) | Yekini 21' Amokachi 43' Amunike 55' | Relatório | Público: 44 132 Árbitro: CRC Rodrigo Badilla |
25 de junho | Argentina | 2 – 1 | Nigéria | Foxboro Stadium, Foxborough |
16:00 (UTC−5) | Caniggia 21', 28' | Relatório | Siasia 8' | Público: 54 453 Árbitro: SWE Bo Karlsson |
26 de junho | Bulgária | 4 – 0 | Grécia | Soldier Field, Chicago |
12:30 (UTC−6) | Stoichkov 5' (pen), 55' (pen) Lechkov 65' Borimirov 90' | Relatório | Público: 63 160 Árbitro: UAE Ali Bujsaim |
30 de junho | Grécia | 0 – 2 | Nigéria | Foxboro Stadium, Foxborough |
19:30 (UTC−5) | Relatório | George 45' Amokachi 90' | Público: 53 001 Árbitro: SCO Leslie Mottram |
30 de junho | Argentina | 0 – 2 | Bulgária | Cotton Bowl, Dallas |
19:30 (UTC−6) | Relatório | Stoichkov 61' Sirakov 90' | Público: 63 998 Árbitro: TUN Neji Jouini |
Grupo E
[editar | editar código-fonte]Pos. | Seleção | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | México | 4 | 3 | 1 | 1 | 1 | 3 | 3 | 0 |
2 | Irlanda | 4 | 3 | 1 | 1 | 1 | 2 | 2 | 0 |
3 | Itália | 4 | 3 | 1 | 1 | 1 | 2 | 2 | 0 |
4 | Noruega | 4 | 3 | 1 | 1 | 1 | 1 | 1 | 0 |
- Todas as equipes desse grupo estiveram empatadas com quatro pontos e com saldo de gols nulo: México ficou na liderança com três gols marcados; Irlanda e Itália empataram até no número de gols marcados (dois), porém a primeira ficou na segunda colocação por conta da vitória obtida no confronto direto entre ambas; e por fim, a Noruega foi eliminada com apenas um gol marcado.
18 de junho | Itália | 0 – 1 | Irlanda | Giants Stadium, East Rutherford |
16:00 (UTC−5) | Relatório | Houghton 11' | Público: 75 338 Árbitro: NED Mario van der Ende |
19 de junho | Noruega | 1 – 0 | México | RFK Stadium, Washington |
16:00 (UTC−5) | Rekdal 84' | Relatório | Público: 52 395 Árbitro: HUN Sándor Puhl |
23 de junho | Itália | 1 – 0 | Noruega | Giants Stadium, East Rutherford |
16:00 (UTC−5) | D. Baggio 69' | Relatório | Público: 74 624 Árbitro: GER Hellmut Krug |
24 de junho | México | 2 – 1 | Irlanda | Citrus Bowl, Orlando |
12:30 (UTC−5) | García 42', 65' | Relatório | Aldridge 84' | Público: 60 790 Árbitro: SUI Kurt Röthlisberger |
28 de junho | Irlanda | 0 – 0 | Noruega | Giants Stadium, East Rutherford |
12:30 (UTC−5) | Relatório | Público: 72 404 Árbitro: COL José Torres Cadena |
28 de junho | Itália | 1 – 1 | México | RFK Stadium, Washington, D.C. |
12:30 (UTC−5) | Massaro 48' | Relatório | Bernal 57' | Público: 52 535 Árbitro: ARG Francisco Lamolina |
Grupo F
[editar | editar código-fonte]Pos. | Seleção | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Países Baixos | 6 | 3 | 2 | 0 | 1 | 4 | 3 | +1 |
2 | Arábia Saudita | 6 | 3 | 2 | 0 | 1 | 4 | 3 | +1 |
3 | Bélgica | 6 | 3 | 2 | 0 | 1 | 2 | 1 | +1 |
4 | Marrocos | 0 | 3 | 0 | 0 | 3 | 2 | 5 | –3 |
- Arábia Saudita e Países Baixos estiveram empatadas em todos os critérios (pontos, gols e saldo), mas os europeus ficaram na liderança por causa do confronto direto (vitória por 2–1).
19 de junho | Bélgica | 1 – 0 | Marrocos | Citrus Bowl, Orlando |
12:30 (UTC−5) | Degryse 11' | Relatório | Público: 61 219 Árbitro: COL José Torres Cadena |
20 de junho | Países Baixos | 2 – 1 | Arábia Saudita | RFK Stadium, Washington |
19:30 (UTC−5) | Jonk 50' Taument 86' | Relatório | Amin 18' | Público: 50 535 Árbitro: ESP Manuel Díaz Vega |
25 de junho | Bélgica | 1 – 0 | Países Baixos | Citrus Bowl, Orlando |
12:30 (UTC−5) | Albert 65' | Relatório | Público: 62 387 Árbitro: BRA Renato Marsiglia |
25 de junho | Arábia Saudita | 2 – 1 | Marrocos | Giants Stadium, East Rutherford |
12:30 (UTC−5) | Al-Jaber 7' (pen) Amin 45' | Relatório | Chaouch 26' | Público: 76 322 Árbitro: ENG Phillip Don |
29 de junho | Marrocos | 1 – 2 | Países Baixos | Citrus Bowl, Orlando |
12:30 (UTC−5) | Nader 47' | Relatório | Bergkamp 43' Roy 77' | Público: 60 578 Árbitro: PER Alberto Tejada Noriega |
29 de junho | Bélgica | 0 – 1 | Arábia Saudita | RFK Stadium, Washington |
12:30 (UTC−5) | Relatório | Al-Owairan 5' | Público: 52 959 Árbitro: GER Hellmut Krug |
Índice técnico dos terceiros colocados
[editar | editar código-fonte]Pos. | Seleção | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG | Grupo |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Argentina | 6 | 3 | 2 | 0 | 1 | 6 | 3 | +3 | D |
2 | Bélgica | 6 | 3 | 2 | 0 | 1 | 2 | 1 | +1 | F |
3 | Estados Unidos | 4 | 3 | 1 | 1 | 1 | 3 | 3 | 0 | A |
4 | Itália | 4 | 3 | 1 | 1 | 1 | 2 | 2 | 0 | E |
5 | Rússia | 3 | 3 | 1 | 0 | 2 | 7 | 6 | +1 | B |
6 | Coreia do Sul | 2 | 3 | 0 | 2 | 1 | 4 | 5 | –1 | C |
Fase final
[editar | editar código-fonte]Esquema
[editar | editar código-fonte]Oitavas de final | Quartas de final | Semifinais | Final | |||||||||||
3 de julho – Pasadena | ||||||||||||||
Romênia | 3 | |||||||||||||
10 de julho – Stanford | ||||||||||||||
Argentina | 2 | |||||||||||||
Romênia | 2 (4) | |||||||||||||
3 de julho – Dallas | ||||||||||||||
Suécia (pen) | 2 (5) | |||||||||||||
Arábia Saudita | 1 | |||||||||||||
13 de julho – Pasadena | ||||||||||||||
Suécia | 3 | |||||||||||||
Suécia | 0 | |||||||||||||
4 de julho – Orlando | ||||||||||||||
Brasil | 1 | |||||||||||||
Países Baixos | 2 | |||||||||||||
9 de julho – Dallas | ||||||||||||||
Irlanda | 0 | |||||||||||||
Países Baixos | 2 | |||||||||||||
4 de julho – Stanford | ||||||||||||||
Brasil | 3 | |||||||||||||
Brasil | 1 | |||||||||||||
17 de julho – Pasadena | ||||||||||||||
Estados Unidos | 0 | |||||||||||||
Brasil (pen) | 0 (3) | |||||||||||||
5 de julho – East Rutherford | ||||||||||||||
Itália | 0 (2) | |||||||||||||
México | 1 (1) | |||||||||||||
10 de julho – East Rutherford | ||||||||||||||
Bulgária (pen) | 1 (3) | |||||||||||||
Bulgária | 2 | |||||||||||||
2 de julho – Chicago | ||||||||||||||
Alemanha | 1 | |||||||||||||
Alemanha | 3 | |||||||||||||
13 de julho – East Rutherford | ||||||||||||||
Bélgica | 2 | |||||||||||||
Bulgária | 1 | |||||||||||||
5 de julho – Foxborough | ||||||||||||||
Itália | 2 | Terceiro lugar | ||||||||||||
Nigéria | 1 | |||||||||||||
9 de julho – Foxborough | 16 de julho – Pasadena | |||||||||||||
Itália (pro) | 2 | |||||||||||||
Itália | 2 | Suécia | 4 | |||||||||||
2 de julho – Washington | ||||||||||||||
Espanha | 1 | Bulgária | 0 | |||||||||||
Espanha | 3 | |||||||||||||
Suíça | 0 | |||||||||||||
Oitavas de final
[editar | editar código-fonte]2 de julho | Alemanha | 3 – 2 | Bélgica | Soldier Field, Chicago |
12:00 (UTC−6) | Völler 6', 40' Klinsmann 11' | Relatório | Grün 8' Albert 90' | Público: 60 246 Árbitro: SUI Kurt Röthlisberger |
2 de julho | Espanha | 3 – 0 | Suíça | RFK Stadium, Washington |
16:30 (UTC−5) | Hierro 15' Luis Enrique 74' Txiki Begiristain 86' (pen) | Relatório | Público: 53 121 Árbitro: NED Mario van der Ende |
3 de julho | Arábia Saudita | 1 – 3 | Suécia | Cotton Bowl, Dallas |
12:00 (UTC−6) | Al-Ghesheyan 85' | Relatório | Dahlin 6' K. Andersson 51', 88' | Público: 60 277 Árbitro: BRA Renato Marsiglia |
3 de julho | Romênia | 3 – 2 | Argentina | Rose Bowl, Pasadena |
13:30 (UTC−7) | Dumitrescu 11', 18' Hagi 58' | Relatório | Batistuta 16' (pen) Balbo 75' | Público: 90 469 Árbitro: ITA Pierluigi Pairetto |
4 de julho | Países Baixos | 2 – 0 | Irlanda | Citrus Bowl, Orlando |
12:00 (UTC−5) | Bergkamp 11' Jonk 41' | Relatório | Público: 61 355 Árbitro: DEN Peter Mikkelsen |
4 de julho | Brasil | 1 – 0 | Estados Unidos | Stanford Stadium, Palo Alto |
12:30 (UTC−7) | Bebeto 72' | Relatório | Público: 84 147 Árbitro: FRA Joël Quiniou |
5 de julho | Nigéria | 1 – 2 (pro) | Itália | Foxboro Stadium, Foxborough |
13:00 (UTC−5) | Amunike 25' | Relatório | R. Baggio 88', 102' (pen) | Público: 54 367 Árbitro: MEX Arturo Brizio Carter |
5 de julho | México | 1 – 1 (pro) | Bulgária | Giants Stadium, East Rutherford |
16:30 (UTC−5) | García Aspe 18' (pen) | Relatório | Stoichkov 6' | Público: 71 030 Árbitro: SYR Jamal Al-Sharif |
Penalidades | |||
García Aspe Bernal Rodríguez Suárez | 1 – 3 | Balakov Genchev Borimirov Lechkov |
Quartas de final
[editar | editar código-fonte]9 de julho | Itália | 2 – 1 | Espanha | Foxboro Stadium, Foxborough |
12:00 (UTC−5) | D. Baggio 25' R. Baggio 88' | Relatório | Caminero 58' | Público: 53 400 Árbitro: HUN Sándor Puhl |
9 de julho | Países Baixos | 2 – 3 | Brasil | Cotton Bowl, Dallas |
14:30 (UTC−6) | Bergkamp 64' Winter 76' | Relatório | Romário 53' Bebeto 63' Branco 81' | Público: 63 500 Árbitro: CRC Rodrigo Badilla |
10 de julho | Bulgária | 2 – 1 | Alemanha | Giants Stadium, East Rutherford |
12:00 (UTC−5) | Stoichkov 75' Lechkov 78' | Relatório | Matthäus 47' (pen) | Público: 72 000 Árbitro: COL José Torres Cadena |
10 de julho | Romênia | 2 – 2 (pro) | Suécia | Stanford Stadium, Palo Alto |
12:30 (UTC−7) | Răducioiu 88', 101' | Relatório | Brolin 78' K. Andersson 115' | Público: 83 500 Árbitro: ENG Philip Don |
Penalidades | |||
Răducioiu Hagi Lupescu Petrescu Dumitrescu Belodedici | 4 – 5 | Mild K. Andersson Brolin Ingesson R. Nilsson Larsson |
Semifinais
[editar | editar código-fonte]13 de julho | Bulgária | 1 – 2 | Itália | Giants Stadium, East Rutherford |
16:00 (UTC−5) | Stoichkov 44' (pen) | Relatório | R. Baggio 21', 25' | Público: 74 110 Árbitro: FRA Joël Quiniou |
13 de julho | Suécia | 0 – 1 | Brasil | Rose Bowl, Pasadena |
16:30 (UTC−7) | Relatório | Romário 80' | Público: 91 856 Árbitro: COL José Torres Cadena |
Decisão do terceiro lugar
[editar | editar código-fonte]16 de julho | Suécia | 4 – 0 | Bulgária | Rose Bowl, Pasadena |
12:30 (UTC−7) | Brolin 8' Mild 30' Larsson 37' K. Andersson 40' | Relatório | Público: 91 500 Árbitro: UAE Ali Bujsaim |
Final
[editar | editar código-fonte]17 de julho | Brasil | 0 – 0 (pro) | Itália | Rose Bowl, Pasadena |
12:30 (UTC−7) | Relatório | Público: 94 194 Árbitro: HUN Sándor Puhl |
Penalidades | |||
Márcio Santos Romário Branco Dunga | 3 – 2 | Baresi Albertini Evani Massaro R. Baggio |
A final entre Brasil e Itália no dia 17 de julho, entrou para a história por dois motivos: primeiro, pelo fato de juntar frente a frente duas das três únicas seleções que haviam conquistado três edições de Copa do Mundo, portanto, uma delas acabaria se sagrando tetracampeã, ultrapassando a rival; segundo, porque foi a primeira vez em que a final de uma Copa do Mundo seria decidida na cobrança de tiros livres da marca de pênalti. O jogo terminou em 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação. A vitória do Brasil veio após três erros italianos: uma defesa do goleiro Taffarel, em chute de Daniele Massaro, e mais dois chutes para fora dos craques italianos Franco Baresi e Roberto Baggio. Márcio Santos havia errado também sua cobrança, não sendo necessário ao Brasil efetuar todas as cobranças a que tinha direito.[carece de fontes]
O Brasil recuperava a coroa depois de 24 longos anos (cinco edições seguidas sem vencer) e conquistava assim o inédito quarto título da Copa do Mundo - chamado de Tetracampeonato -, fato só igualado no Mundial de 2006 pela própria Itália, e no Mundial de 2014 pela Alemanha, quando o Brasil já ostentava o título de pentacampeão - conquista obtida em 2002, na Copa do Mundo organizada em conjunto por Japão e Coréia do Sul, a primeira realizada em território asiático. O maior destaque da Copa dos EUA foi o "baixinho" Romário, que com seus cinco gols, e com uma assistência inesquecível - aquela em que deixou Bebeto na cara do goleiro americano Tony Meola -, acabou confirmando a sua espetacular fase vivida então no Barcelona, fazendo por merecer a escolha da FIFA, que o elegeu o melhor jogador da Copa de 1994.[carece de fontes]
Ainda no campo de jogo, aproveitando os festejos pela conquista histórica, a equipe decidiu homenagear o piloto brasileiro de Fórmula 1, Ayrton Senna, que morreu cerca de dois meses antes em um terrível acidente ocorrido no GP de Ímola, em San Marino. A homenagem veio estampada no cartaz que dizia: "Senna, Aceleramos Juntos. O Tetra é Nosso". Na finalíssima, o Brasil entrou em campo com a seguinte formação: Taffarel; Jorginho, Aldair, Márcio Santos e Branco; Dunga (C), Mauro Silva, Mazinho e Zinho; Bebeto e Romário. Logo na primeira etapa, Cafu substituiu Jorginho; e antes do início da segunda etapa da prorrogação, Viola ocupou a vaga de Zinho. Ao longo da competição, ficou popularizada uma frase dita por Galvão Bueno, principal locutor da Rede Globo de Televisão, direcionada ao goleiro brasileiro: "Vai que é sua, Taffarel!".[5]
Classificação final
[editar | editar código-fonte]A classificação final é determinada através da fase em que a seleção alcançou e a sua pontuação, levando em conta os critérios de desempate.
Pos. | Seleção | Gr. | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
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Final | ||||||||||
1 | Brasil | B | 17 | 7 | 5 | 2 | 0 | 11 | 3 | +8 |
2 | Itália | E | 14 | 7 | 4 | 2 | 1 | 8 | 5 | +3 |
Decisão do 3º e 4º lugares | ||||||||||
3 | Suécia | B | 12 | 7 | 3 | 3 | 1 | 15 | 8 | +7 |
4 | Bulgária | D | 10 | 7 | 3 | 1 | 3 | 10 | 11 | –1 |
Eliminados nas quartas de final | ||||||||||
5 | Alemanha | C | 10 | 5 | 3 | 1 | 1 | 9 | 7 | +2 |
6 | Romênia | A | 10 | 5 | 3 | 1 | 1 | 10 | 9 | +1 |
7 | Países Baixos | F | 9 | 5 | 3 | 0 | 2 | 8 | 6 | +2 |
8 | Espanha | C | 8 | 5 | 2 | 2 | 1 | 10 | 6 | +4 |
Eliminados nas oitavas de final | ||||||||||
9 | Nigéria | D | 6 | 4 | 2 | 0 | 2 | 7 | 4 | +3 |
10 | Argentina | D | 6 | 4 | 2 | 0 | 2 | 8 | 6 | +2 |
11 | Bélgica | F | 6 | 4 | 2 | 0 | 2 | 4 | 4 | 0 |
12 | Arábia Saudita | F | 6 | 4 | 2 | 0 | 2 | 5 | 6 | –1 |
13 | México | E | 5 | 4 | 1 | 2 | 1 | 4 | 4 | 0 |
14 | Estados Unidos | A | 4 | 4 | 1 | 1 | 2 | 3 | 4 | –1 |
15 | Suíça | A | 4 | 4 | 1 | 1 | 2 | 5 | 7 | –2 |
16 | Irlanda | E | 4 | 4 | 1 | 1 | 2 | 2 | 4 | –2 |
Eliminados na primeira fase | ||||||||||
17 | Noruega | E | 4 | 3 | 1 | 1 | 1 | 1 | 1 | 0 |
18 | Rússia | B | 3 | 3 | 1 | 0 | 2 | 7 | 6 | +1 |
19 | Colômbia | A | 3 | 3 | 1 | 0 | 2 | 4 | 5 | –1 |
20 | Coreia do Sul | C | 2 | 3 | 0 | 2 | 1 | 4 | 5 | –1 |
21 | Bolívia | C | 1 | 3 | 0 | 1 | 2 | 1 | 4 | –3 |
22 | Camarões | B | 1 | 3 | 0 | 1 | 2 | 3 | 11 | –8 |
23 | Marrocos | F | 0 | 3 | 0 | 0 | 3 | 2 | 5 | –3 |
24 | Grécia | D | 0 | 3 | 0 | 0 | 3 | 0 | 10 | –10 |
Premiações
[editar | editar código-fonte]Copa do Mundo FIFA de 1994 |
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Campeão (4º título) |
Individuais
[editar | editar código-fonte]Prêmio FIFA Chuteira de Ouro (artilheiro): | Prêmio FIFA Bola de Ouro (melhor jogador): | Prêmio FIFA Yashin (melhor goleiro): | Troféu FIFA Fair Play (time menos faltoso): | Time mais espetacular: |
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Hristo Stoichkov | Romário | Michel Preud'homme | Brasil | Brasil |
Seleção da Copa
[editar | editar código-fonte]Goleiros | Defesas | Médios | Atacantes |
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Artilharia
[editar | editar código-fonte]- 6 gols (2)
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- 5 gols (4)
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- 4 gols (3)
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