Coronel Pedro Osório – Wikipédia, a enciclopédia livre
Pedro Luís Osório | |
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Vice-presidente do Rio Grande do Sul | |
Período | 25 de janeiro de 1903 até 25 de janeiro de 1908 |
Presidente | Borges de Medeiros |
8º Intendente de Pelotas | |
Período | 1920 1924 |
Antecessor(a) | Cipriano Correa Barcelos |
Sucessor(a) | Augusto Simões Lopes |
Dados pessoais | |
Nome completo | Pedro Luís da Rocha Osório |
Nascimento | 9 de junho de 1854 Caçapava do Sul, Rio Grande do Sul |
Morte | 28 de fevereiro de 1931 (76 anos) Palmeira |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Florinda da Rocha Osório Pai: José Luís Osório |
Cônjuge | Maria Cecília Alves Pereira (1891-1931) |
Partido | Partido Republicano Rio-Grandense |
Profissão | Tropeiro charqueador militar político |
Pedro Luís da Rocha Osório (Caçapava do Sul, 9 de junho de 1854 - Palmeira, 28 de fevereiro de 1931), conhecido como Coronel Pedro Osório, foi um tropeiro, charqueador, militar e político brasileiro, considerado o "Rei do Arroz" por encerrar o ciclo do charque e abrir o ciclo do arroz no sul do Brasil.[1][2]
Primeiros anos
[editar | editar código-fonte]Filho do Major José Luís Osório e Florinda da Rocha Osório, o sétimo de dez filhos, ficou órfão de pai e mãe muito cedo.[2] Iniciou sua vida profissional aos 14 anos, como tropeiro.[1] Em 20 de junho de 1871, chegou a Pelotas aos 17 anos de idade, empregando-se como caixeiro na loja de tecidos de Januário Joaquim Amarante e mais tarde, em 1875, caixeiro da Charqueada Boa Vista de Francisco Antunes Gomes da Costa, Barão do Arroio Grande.[2]
A Charqueada do Cascalho
[editar | editar código-fonte]Experimentado neste ramo, abriu sua própria charqueada e rapidamente prosperou. Iniciou em 1886 a sua primeira indústria, comprando de Leonídio Antero da Silveira o estabelecimento denominado Cascalho, à margem direita do Arroio Pelotas, envelhecido e quase inteiramente desmontado, que teve como seu primeiro proprietário Domingos de Castro Antiqueira, o Visconde de Jaguary.[1][2]
Em 1907 fundou a Charqueada de Tupanciretã, a pioneira na região da serra, trazendo progresso espantoso ao então povoado, sendo por isto considerado pela população local como patrono do vilamento de Tupanciretã.[2]
Envolvimento com a política
[editar | editar código-fonte]Em 1888, foi um dos fundadores da União Republicana, participando de comícios e reuniões públicas para difundir as idéias republicanas e abolicionistas.[2] Neste mesmo ano, fez parte do Clube Republicano de Pelotas.[1] Após a morte de Piratinino de Almeida, assumiu a chefia do Partido Republicano Rio-Grandense, permanecendo no cargo até a sua morte. Tornou-se o chefe político mais importante da zona sul do estado. Instalado o regime republicano, fez parte da 1ª Junta Administrativa de Pelotas, criada para implantar a organização republicana na administração do município.[3] Em 1894 foi nomeado Comandante Superior da Guarda Nacional, recebendo no mesmo ano as honras de Coronel do Exército, por relevantes serviços prestados à república.[1][2] Nos anos seguintes, desenvolveu suas atividades nas Charqueadas Pelotas e São Gonçalo.[2]
Em 1903, Borges de Medeiros o nomeou vice-presidente do Estado (cargo semelhante ao de vice-governador) para o período 1903/1908.[1]
Em 1919, foi convidado por Epitácio Pessoa para o cargo de Ministro da Agricultura, mas recusou-o, indicando o Dr. Ildefonso Simões Lopes para o cargo.[2]
Morte
[editar | editar código-fonte]Faleceu em Palmeira no dia 28 de fevereiro de 1931, vítima de um derrame cerebral. Seu corpo foi transportado em trem especial a Pelotas precisando parar nas estações de Cruz Alta, Tupanciretã, Júlio de Castilhos, Santa Maria, Bagé, Pedras Altas, Cerro Chato, Piratini, Arroio Grande, Passo das Pedras, Capão do Leão, Teodósio e Basílio.[2] Seu enterro foi o maior ocorrido em Pelotas, com uma multidão calculada em torno de vinte mil pessoas.[1]
Legado
[editar | editar código-fonte]Até hoje o Rei do Arroz, como o coronel Pedro Osório ficou conhecido, é referência de empreendedorismo. Não esperou declinar o ciclo do charque para sair em busca de novas alternativas econômicas. Investiu - e forte - no plantio e beneficiamento do cereal. Era um visionário na zona sul, no final do século XIX.[2]
A Praça Coronel Pedro Osório, que leva esse nome em homenagem a ele, é a principal praça da zona central de Pelotas e um dos principais pontos turísticos da cidade.[4] O município de Pedro Osório está localizado sobre terras que pertenceram ao coronel, motivo pelo qual foi homenageado no topônimo.[5]
Referências
- ↑ a b c d e f g «Coronel Pedro Osório: o tropeiro que se fez rei». Pelotas 13 Horas. 20 de fevereiro de 2014. Consultado em 4 de novembro de 2018. Arquivado do original em 30 de abril de 2017
- ↑ a b c d e f g h i j k «Pedro Osório». Viva o Charque. Consultado em 4 de novembro de 2018
- ↑ Devantier, Vanessa (2017). Dicionário da História de Pelotas (PDF). Pelotas: Editora UFPel. p. 168–169. ISBN 978-85-517-0016-7
- ↑ «Documentário Olhares sobre Pelotas conta a história sobre a praça mais famosa da cidade». Pelotas Convention. 31 de julho de 2015. Consultado em 4 de novembro de 2018. Arquivado do original em 3 de abril de 2018
- ↑ «Pedro Osório». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 24 de novembro de 2022