Cosme Coelho Rocha – Wikipédia, a enciclopédia livre
Cosme Coelho Rocha | |
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Nascimento | 3 de fevereiro de 1949 Floriano, Piauí |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Artista plástico |
Cosme Coelho Rocha (Floriano, 3 de fevereiro de 1949) é um designer e artista plástico brasileiro renomado que começou sua carreira em Brasília, onde vive desde 1961.[1]
Por volta de 1967, durante a ditadura militar, se mudou para Londres para estudar artes plásticas. Lá ele permaneceu por quase três anos, quando resolveu voltar para Brasília e continuar seu trabalho como artista plástico, fazendo obras importantes em sua carreira - como o painel criado para a igreja da 309 sul. Em 1988, Cosme - que era funcionário da gráfica do Senado - foi escolhido para elaborar a capa oficial da Constituição Federal.[2]
Capa da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
[editar | editar código-fonte]Em 1988, quando a constituição iria finalmente ser promulgada, Ulysses Guimarães, então presidente da Câmara dos Deputados, solicitou a capa da nova constituição à então gráfica do Senado Federal e, por isso, foi organizada uma seleção entre os designers para escolher a capa oficial da Constituição Federal. Em um primeiro momento, Ulysses não ficou satisfeito com as capas em que foram lhe enviadas e por isso pediu mais uma rodada de opções. Foi aí que Cosme, que integrava a equipe que preparava o jornal da Constituinte, ficou sabendo do concurso e resolveu participar.
Na época, sem a ajuda de recursos de computação gráfica, utilizando somente sua prancheta, réguas e folhas de papel cortadas, Cosme refez a bandeira do Brasil mais simples, sem as estrelas e sem a faixa “Ordem e Progresso”. Ele virou a bandeira no sentido vertical e foi cortando até que o losango amarelo virasse um triângulo com um dos vértices apontados para cima, o que trazia uma imagem de ascensão do país. "Com o triângulo amarelo daquela forma, quis dar a ideia de algo que estava nascendo, estava começando a subir, a crescer. Tinha um sentido de esperança”, explicou Cosme. De acordo com Ulysses Guimarães a capa foi escolhida “por sua simplicidade e por seu simbolismo”.[3]
Segundo o jornal do Senado, em 2012, a constituição já tinha superado a marca de mais de 2 milhões de exemplares impressos desde 1988. Ela é vendida a preço de custo com valores de R$ 2 a R$ 15 a unidade, dependendo da versão. A constituição ainda é a publicação mais procurada nas feiras do livro onde o Senado participa. O Senado também disponibiliza a constituição em formato e-book gratuitamente.[4]
Referências
- ↑ «Piauiense faz capa da carta». O Estado de São Paulo (34839). 5 páginas. 21 de setembro de 1988. Consultado em 19 de outubro de 2018
- ↑ «Concurso no senado define a capa da nova constituição». Brasília. Jornal de Brasília (4834). 3 páginas. 22 de setembro de 1988. Consultado em 19 de outubro de 2018
- ↑ «Bandeira do brasil é capa». Rio de Janeiro. Jornal do Brasil. 4 páginas. 3 de setembro de 1988. Consultado em 19 de outubro de 2018
- ↑ Mendonça, Ricardo (5 de outubro de 2013). «Design consagrado da capa da Constituição foi criado em apenas uma manhã». São Paulo. Folha de S.Paulo. Consultado em 19 de outubro de 2018