Cruzeiro (viagem) – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Cruzeiro é uma viagem de turismo em barcos ou navios. Geralmente operam em rotas marítimas procuradas pelos viajantes e turistas em seus períodos de férias. Os navios de cruzeiros oferecem entretenimento através de inúmeros atrativos, como cassinos, cinema, e teatro a bordo. Outro foco é na experiência gastronômica, abrangendo cardápios variados e de diferentes culturas, para abranger os passageiros de diferentes nacionalidades. Se diferencia do navio transatlântico pelo fato de que as rotas não são necessariamente fixas e tem como principal atração o entretenimento/turismo e não o transporte de passageiros, além de outros aspectos de engenharia naval.[1][2][3][4]
Os maiores navios de cruzeiro atualmente podem transportar mais de 5 000 passageiros em cabines/suítes. Recém lançado em 2016 o navio Harmony of the Seas[5] é atualmente o maior navio de cruzeiro do mundo com a capacidade de 5 479 passageiros e 2 394 tripulantes, pertencendo a Royal Caribbean International.
Características
[editar | editar código-fonte]Os navios de cruzeiro modernos tendem a ter menos força, velocidade e agilidade no casco em comparação com os transatlânticos que eram projetados para cumprir rotas regulares mesmo em condições climáticas extremas.[6] No entanto, aos navios de cruzeiro foram adicionadas comodidades inexistentes em transatlânticos para atender aos turistas aquáticos, com os navios recentes sendo descritos como "condomínios flutuantes com varandas".[7]
Os navios de cruzeiro são organizados como hotéis flutuantes, com uma equipe completa de hospitalidade, além da tripulação normal do navio. Não é incomum que os navios mais luxuosos tenham mais tripulação e pessoal do que passageiros.[8]
Operadoras
[editar | editar código-fonte]Atualmente, a maior operador de cruzeiro do mundo é a Carnival Corporation & plc, com sede nos Estados Unidos. Outras grandes operadoras são a Royal Caribbean Group e a Norwegian Cruise Line Holdings, ambas também americanas. A europeias MSC Cruises, TUI Cruises e a asiática Genting Hong Kong.
Impacto ambiental
[editar | editar código-fonte]O aumento do tráfego de cruzeiros tornou-se um fator de preocupação de ambientalistas, quando foram noticiados diversos casos de baleias que teriam sido mortas quando atingidas por navios.[9]
Cruzeiros brasileiros
[editar | editar código-fonte]O Brasil teve inúmeros navios de passageiros até os anos setenta. Foram os famosos ITAs, fonte de inspiração para a canção de Mário Borriello cujo início trazia: "Peguei um Ita no norte....". O país também teve navios de cruzeiros mais modernos que pertenciam à Companhia Nacional de Navegação Costeira, uma Autarquia Federal, como os navios Anna Nery, Rosa da Fonseca, Princesa Isabel e Princesa Leopoldina. Dois deles foram construídos na antiga Iugoslávia e os outros dois nos estaleiros de Bilbau, na Espanha. Após a extinção da Companhia Costeira, que foi incorporada ao extinto Lloyd Brasileiro, estes navios foram vendidos e um deles tornou-se propriedade de uma Universidade na China. O transporte de passageiros e cruzeiros no Brasil atualmente deixou de ser feito por navios brasileiros.
A viagem de cruzeiro (não viagem de passageiros e sim cruzeiro de lazer) inaugural em litoral brasileiro ocorreu em julho de 1963, numa viagem de Santos a Manaus em um total de 26 dias de "turismo", organizado pela empresa Agaxtur.[10]
Atualmente o mercado de cruzeiros no Brasil está em baixa devido a falta de competitividade do país comparado a outros destinos. São questões relacionadas a falta de infraestrutura, alta carga de impostos, custos de operação muito acima da média mundial e problemas de regulação. Na temporada de verão 2010/2011 vieram 20 navios para operação de cabotagem na costa brasileira, com um pouco mais de 800 mil cruzeiristas. Na temporada 2015/2016, 5 anos depois, vieram somente 10 navios atendendo a cerca de 450 mil cruzeiristas.
Os navios estão sendo atraídos por destinos emergentes como Austrália, China e Cuba, além dos tradicionais no Caribe, Mediterrâneo e norte da Europa. O Brasil não possui uma política de atração dos cruzeiros, perdendo espaço e sofrendo a queda do impacto econômico dos navios. Na temporada 2014/2015 o setor de cruzeiros contribuiu com R$ 2,15 bilhões para a economia, especialmente para os destinos de escala, embarque e desembarque.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ McCutcheon, Sandy, The Liners: Ships of Destiny, consultado em 22 de dezembro de 2017
- ↑ «What's the Difference Between Cruise ships and Ocean Liners». Cruise Deals Expert (em inglês). 24 de outubro de 2014
- ↑ «Cruise ship FAQ Ocean Liners and Cruise Ships». Beyondships2. Consultado em 22 de dezembro de 2017
- ↑ John., Maxtone-Graham, (1997). The only way to cross. New York: Barnes & Noble. ISBN 0760706379. OCLC 39825161
- ↑ Harmony of the Seas Royal Caribbean
- ↑ «What Is the Difference Between an Ocean Liner and Cruise Ship?». www.cruisecritic.com (em inglês). Consultado em 9 de janeiro de 2022
- ↑ «Differences between a Cruise Ship and an Expedition Vessel in Galapagos.». Santa Cruz Galapagos Cruise (em inglês). 6 de setembro de 2017. Consultado em 9 de janeiro de 2022
- ↑ Vogel, Michael (2012). The business and management of ocean cruise. [S.l.: s.n.] ISBN 9781845938468
- ↑ BRUZZONE, Andrés. Empresa de cruzeiro responde por morte de três baleias[ligação inativa] Portal Terra
- ↑ Pioneira em cruzeiros no Brasil, Agaxtur faz concurso de fotos Caderno Turismo - Jornal Folha de Sã Paulo