Cuco-canoro – Wikipédia, a enciclopédia livre
Cuco-canoro | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Cuculus canorus Linnaeus, 1758 | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Cuco-canoro[2][3] (Cuculus canorus) (Cuculus canorus)[4] é uma ave pertencente à ordem Cuculiformes e à família Cuculidae. O nome "cuco" é onomatopaico e deriva do facto de o canto do macho ser composto por uma sequência de duas notas, que soam como "cu-cu". Em Portugal o canto do cuco faz-se ouvir sobretudo de finais de Março a meados de Junho.
É uma espécie parasita, o que significa que, em vez de construir um ninho, deposita os seus ovos nos ninhos de outras aves, nomeadamente de pequenos insectívoros, como a ferreirinha-comum, o pisco-de-peito-ruivo e o rouxinol-pequeno-dos-caniços, entre outras espécies. As aves em cujos ninhos os ovos são colocados recebem o nome de hospedeiros e ficam com a tarefa de cuidar do jovem cuco até este ser independente.[5]
No fim da primavera, a fêmea do cuco procura lares adoptivos para os seus ovos. Quando encontra um hospedeiro apropriado — aves cujos ovos se assemelham ao dos cucos — ela espera até que o ninho deixe de estar vigiado, retira um dos ovos do hospedeiro e substitui-o pelo seu.
Os filhotes do cuco também já apresentam um estratagema de sobrevivência traiçoeiro, aparentemente gravado geneticamente, pois, segundo David Attenborough, logo ao saírem dos ovos, empurram para fora do ninho os recém-nascidos autênticos de uma ninhada, tomando-lhes o lugar.[carece de fontes]
O cuco é migrador: reproduz-se na Europa e inverna em África.
Em 2018, um cuco-canoro foi registrado na ilha de Fernando de Noronha, no Brasil.[6]
Subespécies
[editar | editar código-fonte]São reconhecidas quatro subespécies:[7]
- Cuculus canorus bangsi (Oberholser, 1919) - Península Ibérica, Ilhas Baleares e noroeste da África. Inverna na África.
- Cuculus canorus canorus (Linnaeus, 1758) - Europa, Sibéria até Kamchatka e Japão. Inverna no sul da África.
- Cuculus canorus subtelephonus (Sarudny, 1914) - Turquestão até sul da Mongólia. Inverna no sul da Ásia e na África
- Cuculus canorus bakeri (Hartert, E, 1912) - oeste da China até o norte da Índia, Nepal, Myanmar, noroeste da Tailândia e sul da China.
Referências
- ↑ BirdLife International (2019) [amended version of 2016 assessment]. «Cuculus canorus». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2019: e.T22683873A155496731. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22683873A155496731.en. Consultado em 12 de março de 2021
- ↑ «Cuculidae». Aves do Mundo. 26 de dezembro de 2021. Consultado em 5 de abril de 2024
- ↑ Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 5 de abril de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022
- ↑ «Cuco-canoro». Consultado em 20 de agosto de 2011
- ↑ Davies, N. B.; de L. Brooke, M. (1989). «An experimental study of co-evolution between the Cuckoo, Cuculus canorus, and its hosts. II. Host egg markings, chick discrimination and general discussion». Journal of Animal Ecology. 58 (1): 225–236. JSTOR 4996
- ↑ Whittaker, Andrew; da Silva, João Paulo Ferreira; Lucio, Breno; Kirwan, Guy M. (20 de setembro de 2019). «Old World vagrants on Fernando de Noronha, including two additions to the Brazilian avifauna, and predictions for potential future Palearctic vagrants». Bulletin of the British Ornithologists’ Club (3). 189 páginas. ISSN 0007-1595. doi:10.25226/bboc.v139i3.2019.a2. Consultado em 18 de setembro de 2021
- ↑ Clements, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan & C. L. Wood (2017). «The eBird/Clements checklist of birds of the world: v2017». The Cornell Lab of Ornithology (Planilha Excel) (em inglês). Disponível para download
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Cuculus canorus». Lista Vermelha da IUCN de espécies ameaçadas da UICN 2024 (em inglês). ISSN 2307-8235. Consultado em 23 de Março de 2008
- Onde observar o cuco-canoro