Cupira – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para a abelha, veja Partamona.

Cupira
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Cupira
Bandeira
Brasão de armas de Cupira
Brasão de armas
Hino
Lema Labor crescunt homines
"Trabalhar para crescer"
Gentílico cupirense[1]
Localização
Localização de Cupira em Pernambuco
Localização de Cupira em Pernambuco
Localização de Cupira em Pernambuco
Cupira está localizado em: Brasil
Cupira
Localização de Cupira no Brasil
Mapa
Mapa de Cupira
Coordenadas 8° 37′ 01″ S, 35° 57′ 00″ O
País Brasil
Unidade federativa Pernambuco
Municípios limítrofes Norte: Agrestina, Altinho e São Joaquim do Monte;
Sul: Lagoa dos Gatos;
Leste: Belém de Maria;
Oeste: Panelas[2]
Distância até a capital 167 km
História
Fundação 29 de dezembro de 1953 (70 anos)
Administração
Distritos
Prefeito(a) José Maria Leite de Macedo (UNIÃO [4], 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 95,155 km²
População total (estimativa IBGE/2021[5]) 24 237 hab.
Densidade 254,7 hab./km²
Clima semiárido (BSh)
Altitude 416 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[6]) 0,592 baixo
PIB (IBGE/2015[7]) R$ 219 595,21 mil
PIB per capita (IBGE/2015[7]) R$ 9 210,82

Cupira é um município brasileiro do estado de Pernambuco, Região Nordeste do país. O município é formado pelo distrito-sede de Cupira, e pelo distrito de Laje de São José, distribuídos numa população estimada em 24 237[5] habitantes, conforme dados do IBGE de 2021.

Os primeiros habitantes da região provavelmente se estabeleceram em Cupira por volta de 1881. Entre eles, os Srs. Quintiliano José de Mello, Manoel Gomes da Silva, Antônio Soares da Silva e Aleluia de Tal. Aleluia de Tal propôs a construção de uma capela, que foi edificada às margem de uma lagoa onde havia uma baraúna habitada por abelhas da espécie conhecida por cupira. O local, na época parte do município de Panelas, passou então a ser chamado Cupira, em alusão aos insetos. À medida que a povoação crescia, mais estradas eram abertas. Eventualmente, a região tornou-se povoado e, em 1896, fez-se a primeira feira-livre da povoação.[3]

Em 1900, a povoação tornou-se distrito do município de Panelas, com o nome de Taboleiro. Em 1914, o distrito foi renomeado para Cupira. Em 1953, Cupira desmembrou-se de Panelas, tornando-se município, sendo instalado em 1954. Já em 1955, a região de Laje de São José foi desmembrada do distrito-sede, tornando-se distrito próprio. Até hoje, o município é composto pelo distrito-sede de Cupira e pelo distrito de Laje de São José.[3]

O topônimo Cupira provém do Tupi kupi'ira e significa "abelha do cupim". É uma abelha que faz sua colmeia nos cupinzeiros.

Localiza-se a uma latitude 08º37'00" sul e a uma longitude 35º57'00" oeste, estando a uma altitude de 416 metros. De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[8] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata de Caruaru.[9] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião do Brejo Pernambucano, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Agreste Pernambucano.[10]

O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005.[11] Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico inferior a 800 mm, o índice de aridez até 0,5 e o risco de seca maior que 60%. Devido à altitude, o microclima local apresenta-se com verões brandos e secos, com ocorrência de tempestades de verão e eventual queda de granizo leve, temperaturas com picos entre 30 °C e 35 °C, névoa seca durante o período, e invernos chuvosos com mínimas absolutas entre 12 °C e 14 °C e ocorrência de névoa úmida nas noites entre junho e setembro.

O município de Cupira está localizado na unidade geoambiental do Planalto da Borborema, apresentando relevo ondulado. A vegetação nativa é a floresta subcaducifólia,[2] com ocorrência de juazeiro, umbuzeiro, algaroba, ipê roxo, ipê rosa, ipê amarelo, conhecidos na região pelo nome de pau d'arco. Por ser uma região de transição entre a zona da Mata Atlântica e a Caatinga, é comum a ocorrência de cactos, sendo o mandacaru e a coroa-de-frade espécies endêmicas na região; há também a ocorrência de árvores nativas da Mata Atlântica tais como o pau-brasil, jamelão e exóticas como a mangueira, jaqueira, fruta-pão. No passado a região dispunha de resquícios de Mata Atlântica bem pronunciados pela formação dos brejos de altitude.

O município está inserido nos domínios da Bacia Hidrográfica do Rio Una e tem como principais tributários o Rio Panelas e o Riacho da Serra, todos de regime intermitente.[2]

Referências

  1. a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Cupira». Consultado em 6 de julho de 2018. Cópia arquivada em 6 de julho de 2018 
  2. a b c Projeto Águas Subterrâneas. «Diagnóstico do município de Cupira» (PDF). Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). Consultado em 1 de janeiro de 2010. Cópia arquivada (PDF) em 24 de fevereiro de 2014 
  3. a b c Enciclopédia dos Municípios Brasileiros (2007). «Cupira - Histórico» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 22 de janeiro de 2008. Cópia arquivada (PDF) em 2 de outubro de 2017 
  4. «Representantes». União Brasil. Consultado em 29 de setembro de 2022 
  5. a b «Estimativa populacional 2021 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 28 de agosto de 2021. Consultado em 12 de setembro de 2021 
  6. Atlas do Desenvolvimento Humano (29 de julho de 2013). «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Consultado em 1 de outubro de 2013. Cópia arquivada (PDF) em 8 de julho de 2014 
  7. a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2015). «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2015». Consultado em 6 de julho de 2018. Cópia arquivada em 6 de julho de 2018 
  8. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Divisão Regional do Brasil». Consultado em 6 de julho de 2018. Cópia arquivada em 6 de julho de 2018 
  9. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 6 de julho de 2018 
  10. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2016). «Divisão Territorial Brasileira 2016». Consultado em 6 de julho de 2018 
  11. Ministério da Integração Nacional, 2005. Nova delimitação do semiárido brasileiro Arquivado em 26 de março de 2010, no Wayback Machine..

Ligações externas

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