Défice – Wikipédia, a enciclopédia livre

Défice ou déficit[1] (do latim deficit, "falta") é o que falta para se completar algo.[2]

Tipos de défice

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Num orçamento, o défice ocorre quando os gastos ou despesas superam os ganhos ou receitas. Nesse caso, "falta" dinheiro para a receita igualar a despesa, e o orçamento é chamado "deficitário".

Na balança de pagamentos, o défice da balança comercial ocorre quando o valor total das importações supera o das exportações, isto é, quando falta dinheiro para o valor das exportações igualar o das importações.

Défice em conta-corrente é um conceito mais abrangente, incluindo, além das transações comerciais de um país com o resto do mundo (exportações e importações), as transações em serviços e as chamadas transferências unilaterais (basicamente doações). Expressa a quantia, geralmente em dólares dos Estados Unidos, que um país quer financiar, seja endividando-se no exterior ou usando as reservas internacionais acumuladas em anos anteriores.[3] No contexto macroeconômico, o défice em conta-corrente da balança de pagamentos reflete a diferença entre a poupança total e o investimento total do país.

Défice orçamentário / orçamental

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Ver artigo principal: Défice público

Segundo Keynes, o défice orçamentário (défice orçamental em Portugal) é um mecanismo anticíclico de equilíbrio econômico em política econômica. Em períodos de depressão econômica, é necessário criar um défice sistemático no orçamento para estimular a economia, e aumentar a taxa tributária em períodos de prosperidade para se acumular poupança. Desta forma, são criados recursos que são aproveitados em investimentos futuros. Ou seja: é necessário forçar o orçamento de tal forma que ele irá manter a economia oscilando ora para cima, ora para baixo. Quando houver viés de baixa, deve-se forçá-la a subir; ao contrário, quando o viés for de alta, forçamo-lo a baixar: assim, existe condição de manipular os índices econômicos de tal forma que sempre será possível fazer a economia deficitária ou superavitária de acordo com as necessidades macroeconômicas. A este processo, se dá o nome de orçamento cíclico ou realimentado.

O défice orçamentário pode ser provocado pelo gastos excessivos do Estado, quer em gastos sociais, quer em gastos com a administração pública.

Referências

  1. Academia Brasileira de Letras. Disponível em http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23. Acesso em 28 de março de 2015.
  2. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 528.
  3. Dicionário Financeiro UOL
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