Dead Fish – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Dead Fish | |
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A banda se apresentando em 2017 | |
Informação geral | |
Origem | Vitória, Espírito Santo |
País | Brasil |
Gênero(s) | |
Período em atividade | 1991 - atualmente |
Integrantes | Rodrigo Marcos Melloni Ric Mastria Igor Tsurumaki (Sugar Kane)[1] |
Ex-integrantes | Philippe Fargnoli Alyand Arroz Murilo Hóspede Giuliano Marcel Nô Marcelo Buteri Ratão Maldonado Capilé Bambo Vitor Zorzal Xande Andre |
Página oficial | www.deadfishoficial.com |
Dead Fish é uma banda brasileira de hardcore melódico que se formou em Vitória, no ano de 1991.
O grupo lançou quatro discos e inúmeras demos antes de romper a barreira independente. O grupo conquistou projeção no âmbito nacional através do disco Zero e Um lançado pela Deckdisc em 2004, com produção de Rafael Ramos e mixado por Ryan Greene, responsável por faixas-símbolo do hardcore mundial.
A banda se tornou notória por seu posicionamento político expresso em favor de pautas progressistas.[2]
É composto atualmente por Rodrigo Lima (vocal) e os paulistas Marcos Melloni (bateria), Ricardo Mastria (guitarra) e Igor Tsurumaki (baixo).
História
[editar | editar código-fonte]Em Vitória, no início dos anos 90, um grupo de amigos que curtia andar de skate resolveu se reunir para tocar juntos.[3] Sem qualquer pretensão e inspirados por Dead Kennedys, Inocentes e 7 Seconds[3], Marcelo “Suicidal” (vocal), Marcel Dadalto (guitarra solo), Gustavo “Arroz” Buteri (guitarra base), Leonardo “Formiguinha” (baixo), e "Rato" Maldonado (Bateria) (que posteriormente foi substituído por Leandro “Nô”) formaram o Stage Dive. Pouco tempo depois, Rodrigo Lima assumiu os vocais e é onde a história começa de verdade. Não tinham instrumentos e não sabiam tocar. Aprenderam a fazer, fazendo. De covers de Ramones, Bad Brains e Bad Religion, logo passaram a compor suas próprias canções e a fazer os primeiros shows. Descobriram que já existiam bandas chamadas Stage Dive, então escreveram alguns nomes em um papel. O sorteado foi Dead Fresh Fish, que acabou reduzido para Dead Fish.[3]
Em 1995 lançam a demo tape Re-Progresso e três anos depois, seu primeiro CD chamado Sirva-se pelo selo capixaba Lona! Records. O álbum vendeu mais de dez mil cópias[3] durante um ano de divulgação, fato incomum para uma banda independente, principalmente no começo daquela década.
Após o primeiro álbum, lançaram Sonho Médio. O álbum é histórico para o hardcore brasileiro. Apesar da proposta para continuar na Lona! Records, decidiram que queriam fazer eles mesmos a produção e distribuição de um novo álbum. Criaram um selo fictício, a princípio só para “ter o que colocar na capa”, e assim nasceu a Terceiro Mundo Produções Fonográficas (que além de lançar material do Dead Fish viria a lançar CDs de bandas como Sugar Kane e Noção de Nada) em 1999 e Afasia em 2001. Giuliano, até então guitarrista, resolveu deixar a banda no mesmo ano. O álbum tem uma sonoridade diferente dos antecessores, representando, em partes, a fase pela qual a banda estava passando. Durante a finalização do álbum, que iria se chamar Iceberg, começaram a surgir conflitos internos entre os integrantes.
As opiniões e atitudes de Giuliano passaram a divergir muito com o que Nô e Rodrigo estavam dispostos a fazer. O clima pesou nos shows e nos ensaios e, para evitar o fim da banda, reuniram-se com Alyand e Murilo e chegaram ao consenso de que a saída de Giuliano era a melhor alternativa.
Em dezembro de 2002 gravaram um álbum ao vivo no Hangar 110 em São Paulo.
Em meados de 2003, Murilo, o outro guitarrista do Dead Fish, deixa a banda que ameaça acabar. No fim do mesmo ano, eles recebem uma proposta de uma gravadora, a Deckdisc. A banda aceita a proposta, chama Philippe e Hóspede para assumir as guitarras e entram em estúdio para gravar o quarto disco de inéditas, o Zero e Um de 2004. No mesmo ano, o Dead Fish ganha projeção nacional ao receber o VMB de banda revelação[4], lançando seu primeiro DVD, o MTV Apresenta Dead Fish.
Em 2006, lançam mais um álbum pela mesma gravadora chamado Um Homem Só e tem relançadas sua primeiras demo tapes pelo selo Läjä Records, sob o título de Demo Tapes, que ainda conta com diversos vídeos da banda, além de flyers e cartazes de shows do início da carreira.
Em 2007, a banda fez 20 shows na Alemanha e República Tcheca.[5] No fim de dezembro do mesmo ano, o guitarrista Hóspede acaba saindo da banda por motivos não explicados. No final de 2008, o baterista Nô deixa a banda por motivos pessoais, sendo substituído por Marcão (Ação Direta). O último registro de Nô, foi comandando as baquetas da banda em Contra Todos. Muitas pessoas entraram e saíram da banda, mas a saída de Nô foi certamente a mais significativa, pelo menos para Rodrigo. Os dois eram amigos de longa data, começaram juntos a história do Dead Fish e o real motivo por eles romperem nunca foi divulgado. Nesse mesmo ano, foram os vencedores do Video Music Brasil 2009 na categoria melhor videoclipe de hardcore.[6]
Em 2011 a banda comemorou 20 anos de atividades[7], lançando no ano seguinte o registro Dead Fish 20 Anos Ao Vivo no Circo Voador.
Em 24 de setembro de 2013, Philippe Fargnoli deixa o Dead Fish depois de 10 anos de estrada, alegando se dedicar a outros projetos musicais, novas bandas, estudar bastante e aprofundar mais o trabalho como produtor musical em seu estúdio.[8] Posteriormente o mesmo foi efetivado na banda CPM 22. Dias depois, o Dead Fish anunciou a entrada do novo guitarrista da banda, Ric Mastria, ex-guitarrista do Level Nine e atualmente guitarrista da banda de hardcore Sugar Kane. Apesar de entrar no Dead Fish, Ric deixou claro que não deixará o Sugar Kane por assumir a guitarra em outra banda.[9]
Em 9 de junho de 2014, o Dead Fish criou um projeto no site de financiamento coletivo Catarse para levantar fundos para a gravação do novo álbum.[10][11] Findados os 45 dias de prazo, o projeto do Dead Fish se tornou a maior arrecadação por financiamento coletivo do país somando um total de R$ 246.381.[12][13] O álbum, intitulado Vitória, foi lançado em 2015, nos formatos de CD e LP, pelo selo Red Star Recordings.[14][15]
No dia 14 de dezembro de 2018, foi comunicado a saída do baixista Alyand.
Em 30 de maio de 2019, sai o álbum Ponto Cego, marcando a volta da banda à Deckdisc.[16][17][18] O primeiro single do álbum foi "Sangue nas mãos".[16][19]
Em 2020, é lançado Lado Bets, álbum com uma seleção de 10 faixas entre ‘sobras de estúdio’, singles, versões e faixas escondidas gravadas entre os anos de 2004 e 2019.[20]
Em 2022, para comemorar os 30 anos da banda, com 1 ano de atraso devido à pandemia, lançam o disco 30 + 1 gravado no Hangar 110 em São Paulo.[21][22]
Em 2023, a banda é anunciada como atração do festival Best of Blues and Rock, em São Paulo, tocando na mesma noite que Steve Vai e Buddy Guy.[23][24]
Integrantes
[editar | editar código-fonte]Formação atual
[editar | editar código-fonte]- Rodrigo Lima - Vocal (desde 1991)
- Marcos Melloni - Bateria (desde 2009)
- Ric Mastria - Guitarra (desde 2013)
- Igor Tsurumaki - Baixo (músico de apoio desde 2019 / Integrado em 2020)
Ex-integrantes
[editar | editar código-fonte]- Philippe Fargnoli - guitarra (de 2003 até 2013) Atualmente no CPM 22
- Arroz - guitarra (de 1991 até 1997)
- Leonardo “Formiguinha” - baixo (de 1991 até 1996)
- Alyand Barbosa - baixo (de 1996 até 2018)
- Murilo Queiroz - guitarra (de 1997 até 2003)
- Hóspede - guitarra (de 2003 até 2007)
- Giuliano - guitarra (de 1997 até 2001)
- Marcel - guitarra
- Leandro Pretti (Nô) - bateria (de 1991 até 2009)
- Marcelo Buteri - guitarra
- Capilé - guitarra
- Bambo - guitarra
- Vitor Zorzal - guitarra
- Xande - guitarra
- Rafael - guitarra
- Rato Maldonado - Bateria (1991, de janeiro a abril)
Discografia
[editar | editar código-fonte]Demos
[editar | editar código-fonte]- (1993) Demo #1
- (1995) (Re)Progresso...?
Álbuns de estúdio
[editar | editar código-fonte]- (1998) Sirva-Se
- (1999) Sonho Médio
- (2001) Afasia
- (2003) Dead Fish ao Vivo
- (2004) Zero e Um
- (2006) Um Homem Só
- (2009) Contra Todos
- (2015) Vitória
- (2019) Ponto Cego
- (2020) Lado Bets
- (2024) Labirinto da Memória
Álbuns ao vivo
[editar | editar código-fonte]- (2004) MTV Apresenta: Dead Fish
- (2012) 20 Anos - Ao Vivo
- (2017) XXV - Ao Vivo em SP
- (2022) 30 + 1
EPs
[editar | editar código-fonte]- (2002) EP 2002
Coletâneas
[editar | editar código-fonte]- (2006) Demo Tapes
- (2010) O Melhor de Dead Fish
- (2020) Lado Bets
Referências
- ↑ http://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2018/12/17/dead-fish-saida-baixista/
- ↑ Fernandes, André Luiz (23 de setembro de 2022). «Por posicionamento político, Dead Fish prefere perder certos tipos de fãs». Igor Miranda. Consultado em 24 de abril de 2023
- ↑ a b c d Marinho, Paulo (11 de fevereiro de 2022). «Conheça mais sobre a banda hardocre Dead Fish e seus álbuns de sucesso». Rolling Stone. Consultado em 24 de abril de 2023
- ↑ «Folha Online - Ilustrada - Pitty e Marcelo D2 ganham principais prêmios do VMB 2004 - 06/10/2004». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 24 de abril de 2023
- ↑ «Folha Online - Ilustrada - Dead Fish fará 20 shows na Alemanha e República Tcheca - 02/02/2007». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 24 de abril de 2023
- ↑ www1.folha.uol.com.br https://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u632258.shtml. Consultado em 24 de abril de 2023 Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ Dead Fish comemora 20 anos de banda em João Pessoa Arquivado em 11 de maio de 2011, no Wayback Machine., Portal Paraíba 1, visitado em 8-06-2011
- ↑ «Pronunciamento da banda sobre a saída de Phillipe». Consultado em 25 de setembro de 2013. Arquivado do original em 28 de setembro de 2013
- ↑ «Dead Fish anuncia quem será seu novo guitarrista». Consultado em 30 de setembro de 2013
- ↑ «dead fish @ disco novo». 9 de junho de 2014. Consultado em 10 de junho de 2014
- ↑ Marcos Andrade (11 de junho de 2014). «Dead Fish abre campanha no Catarse para financiar novo álbum - TMDQA!». Tenho Mais Discos Que Amigos!. Consultado em 24 de abril de 2023
- ↑ Marcos Andrade (26 de julho de 2014). «Dead Fish: campanha para financiar novo álbum bate recorde - TMDQA!». Tenho Mais Discos Que Amigos!. Consultado em 24 de abril de 2023
- ↑ G1, Do; Paulo, em São (23 de julho de 2014). «Dead Fish bate recorde e arrecada quase R$ 200 mil em vaquinha virtual». Música. Consultado em 24 de abril de 2023
- ↑ «Dead Fish: banda libera novo álbum "Vitória" para audição». 2 de março de 2015. Consultado em 11 de janeiro de 2016
- ↑ Marcos Andrade (31 de março de 2015). «Resenha: Dead Fish - Vitória». Tenho Mais Discos Que Amigos!. Consultado em 24 de abril de 2023
- ↑ a b «Com 'Sangue nas mãos', banda Dead Fish revela a capa do álbum 'Ponto cego'». G1. Consultado em 24 de abril de 2023
- ↑ «Dead Fish vai direto ao ponto cego em álbum de inflamada visão política e virulência punk». G1. Consultado em 24 de abril de 2023
- ↑ «Banda Dead Fish lança em 31 de maio o oitavo álbum de estúdio, 'Ponto cego'». G1. Consultado em 24 de abril de 2023
- ↑ Aiex, Tony (23 de maio de 2019). «Com o Supremo, com tudo: Dead Fish lança a pedrada "Sangue Nas Mãos"». Tenho Mais Discos Que Amigos!. Consultado em 24 de abril de 2023
- ↑ End, Lucas Tavares-Front End / Adriano Franco- Back (9 de julho de 2020). «Dead Fish lança raridades em "Lado Bets"». A Rádio Rock - 89,1 FM - SP. Consultado em 24 de abril de 2023
- ↑ Borell, Gabriel von (27 de junho de 2022). «Dead Fish lança o álbum ao vivo "30 + 1 Pt.1" para celebrar seus 30 anos de carreira; ouça». Tenho Mais Discos Que Amigos!. Consultado em 24 de abril de 2023
- ↑ Amaral, Dayanne (13 de julho de 2022). «Dead Fish divulga álbum e show completo "30 + 1 PT.2"». br.nacaodamusica.com. Consultado em 24 de abril de 2023
- ↑ Alves, João Renato (9 de março de 2023). «Best of Blues and Rock divulga lineup por dia e valores de ingressos». Igor Miranda. Consultado em 24 de abril de 2023
- ↑ Miranda, Igor (8 de março de 2023). «Best of Blues and Rock traz Tom Morello, Buddy Guy, Extreme, Steve Vai e mais». Igor Miranda. Consultado em 24 de abril de 2023