Demi Getschko – Wikipédia, a enciclopédia livre
Demi Getschko | |
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Demi Getschko em 2007 | |
Nascimento | 4 de maio de 1953 (71 anos) Trieste, Território Livre de Trieste (atualmente na Itália) |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Prêmios | Internet Hall of Fame (2014) Prêmio Profissional Digital ABRADi-SP (2016) |
Instituições | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo |
Campo(s) | Engenharia elétrica |
Demi Getschko (Trieste, Território Livre de Trieste, atualmente na Itália, 4 de maio de 1953) é um engenheiro eletricista[1] brasileiro, considerado um dos pioneiros da Internet no Brasil.[2] Atualmente ocupa o cargo de diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
Carreira
[editar | editar código-fonte]Filho dos imigrante Emil Gestchko (grego, engenheiro químico) e Erifili Dimitrova Getschko (búlgara, de profissão farmacêutica), Demi chegou à cidade de Santos, Brasil como refugiado com apenas 11 meses. Ele é engenheiro eletricista formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo em 1975, com mestrado em 1980 e doutorado em 1989, em engenharia, pela mesma instituição.[3][2]
Trabalhou no Centro de Computação Eletrônica (CCE) da USP (1971-1985) e no Centro de Processamento de Dados da FAPESP (1986-1996). Nesse período, foi coordenador de operações da RNP e participou do esforço da implantação de redes no País. Foi um dos responsáveis pela primeira conexão TCP/IP brasileira, em 1991, entre a FAPESP e a Energy Sciences Network (ESNet), nos Estados Unidos, por meio do Fermilab (Fermi National Accelerator Laboratory).[4] Por isso, é considerado um dos pais da Internet brasileira.
Trabalhou como Diretor de Tecnologia da Agência Estado, empresa do Grupo Estado, entre 1996 e 2000, e, novamente, entre 2002 e 2005. Também atuou como Vice-Presidente de Tecnologia do iG entre 2000 e 2001.
Foi, ainda, professor da Escola Politécnica da USP, e é desde 1990 é Professor Associado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde lecionava Redes de Computadores entre 1992 e 1995 e hoje leciona Arquitetura de Computadores e coordena o laboratório da camada 2 do Projeto KyaTera.
Até maio de 2009, atuou como membro da diretoria da Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN) pela ccNSO (Country Code Names Support Organization), eleito para o período de 2005-2007 e reeleito para 2007-2009.
É conselheiro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) desde 1995 e Diretor-Presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) desde 2005. É também parte do Conselho Consultivo da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico[5]. Em outubro de 2010, foi nomeado membro do Conselho de Administração da Telebrás.[6] Em abril de 2014, foi homenageado com sua inclusão no Internet Hall of Fame, da Internet Society, na categoria "Global Connectors".[7][8] Em abril de 2016, recebeu uma homenagem especial no 1º Prêmio Profissional Digital da ABRADi-SP, pelos anos de contribuição com a Internet brasileira.[9]
Referências
- ↑ «Demi Getschko». 21 de maio de 2021. Consultado em 28 de julho de 2021
- ↑ a b «Demi Getschko: Um construtor da internet». Revista Pesquisa Fapesp. Julho de 2014. Consultado em 11 de abril de 2023
- ↑ «Demi Getschko». Instituto de Estudos Avançados da USP. 18 de janeiro de 2019. Consultado em 11 de abril de 2023
- ↑ Nomes de domínio na internet Arquivado em 29 de junho de 2012, no Wayback Machine. Pesquisa sobre o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil 2005
- ↑ www.camara-e.net, Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico -. «Conselho Consultivo - Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico». camara-e.net. Consultado em 30 de agosto de 2017
- ↑ Teletime News Arquivado em 18 de outubro de 2010, no Wayback Machine. Demi Getschko e Carlos Afonso agora são conselheiros da Telebrás
- ↑ Internet Hall of Fame, Demi Getschko
- ↑ «Pesquisador brasileiro entra no Hall da Fama da Internet». Folha de S.Paulo. 27 de setembro de 2019. Consultado em 27 de setembro de 2019
- ↑ «Conheça os ganhadores do 1º Prêmio ABRADi-SP Profissional Digital |». ABRADi-SP. Consultado em 6 de abril de 2016