Descristianização da França durante a Revolução Francesa – Wikipédia, a enciclopédia livre

Descristianização da França durante a Revolução Francesa trata-se de que como foi convencionada chamar o resultado de uma série de políticas conduzidas por vários governos da França entre o início da Revolução Francesa em 1789 e a Concordata de 1801, formando a base de uma política de Estado que prezasse a laicidade.[1][2] O objetivo da campanha entre 1790 e 1794 ia desde a apropriação pelo Estado dos grandes latifúndios e das grandes quantias de dinheiro em poder da Igreja Católica romana até o fim da prática religiosa cristã e da própria religião.[3]

A Revolução Francesa começou inicialmente com ataques à corrupção na Igreja e à riqueza do alto clero, uma ação com a qual até mesmo muitos cristãos podiam se identificar, já que a Igreja detinha um papel dominante no contexto da França pré-revolucionária.[4] Durante um período de dois anos conhecido como o Reinado do Terror, os episódios de anticlericalismo tornaram-se mais violentos do que qualquer outro na história da Europa moderna. As novas autoridades revolucionárias suprimiram a Igreja, aboliram a monarquia católica, nacionalizaram as propriedades da Igreja, exilaram 30.000 padres e mataram centenas mais.[5][6] Em outubro de 1793, o calendário cristão adotado até então pela França foi substituído por um contado a partir da data da Revolução, e foram marcadas as Festas da Liberdade, da Razão e do Ser Supremo. Novas formas de religião moral surgiram, incluindo o Culto do Ser Supremo, o Culto da Razão, a Teofilantropia e o Culto Decadário, com o governo revolucionário ordenando brevemente a observância do primeiro em abril de 1794 e do último em setembro de 1798.[7][3][8][9]

Igreja Católica sob a monarquia

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Antes de 1789

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Na França do século XVIII, a grande maioria da população aderiu à Igreja Católica, pois o catolicismo era desde a revogação do Édito de Nantes em 1685 a única religião oficialmente permitida no reino.[10] Apesar do Édito, minorias de protestantes franceses (principalmente huguenotes e luteranos alemães na Alsácia) e judeus viviam na França no início da Revolução francesa. O Edito de Versalhes, comumente conhecido como o Edito da Tolerância, foi assinado por Luís XVI em 7 de novembro de 1787 e não deu aos não protestantes e judeus na França o direito de praticar abertamente suas religiões, mas apenas os direitos ao status legal e civil, que incluía o direito de contrair casamento sem ter que se converter à fé católica.[11] Ao mesmo tempo, estava se popularizando o ateísmo e o anticlericalismo.[12]

O Antigo Regime institucionalizou a autoridade do Clero no porte de primeiro estado, abaixo apenas do Rei.[13] Como o maior proprietário de terras do país, a Igreja Católica controlava propriedades que forneciam enormes receitas de seus inquilinos. A Igreja também tinha uma enorme receita com a coleta de dízimos.[14] Como a Igreja mantinha o registro de nascimentos, óbitos e casamentos e era a única instituição que fornecia hospitais e educação em algumas partes do país, tendo assim capilaridade na França em locais que até mesmo o Estado francês não conseguia atender de maneira devida.[14]

Entre 1789 e 1792

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Livro com escritos e instruções relativas à Revolução Francesa, escrito pelo Papa Pio VI em 1798.

Um marco da Revolução francesa foi a abolição dos privilégios dos primeiro e segundo estamento na noite de 4 de agosto de 1789.[15] Em particular, aboliu os dízimos recolhidos pelo clero católico.[16]

Progressos do ponto de vista religiosos foram alcançado com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão promulgada em 1789.[17] No seguinte excerto é possível notar à liberdade religiosa na França:[18]

No dia 10 de Outubro de 1789, a Assembleia Nacional Constituinte apoderou-se dos bens e terrenos da Igreja Católica e decidiu vendê-los como assignats, título de empréstimo emitido pelo Tesouro em 1789, cujo valor estava associado aos bens nacionais.[19]

Em 12 de julho de 1790, a Assembleia aprovou a Constituição Civil do Clero que subordinava a Igreja Católica na França ao governo francês.[20] O documento, não foi aceito pelo Papa e outros clérigos de alto escalão em Roma.[20]

Postura política da Revolução com as religiões

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Culto da Razão, Catedral de Notre-Dame de Paris, 10 de novembro de 1973.

O programa de descristianização travado contra o catolicismo e incluiu:

  • destruição de estátuas, placas e outras iconografias de locais de culto;[19]
  • destruição de cruzes e sinos de igrejas;[19]
  • a instituição de cultos revolucionários e cívicos, incluindo o Culto da Razão e posteriormente o Culto do Ser Supremo (primavera de 1794).[21]

Um evento especialmente notável que ocorreu durante a descristianização da França foi o Culto da Razão, realizado na Catedral de Notre Dame em 10 de novembro de 1793.[8]

A campanha de descristianização pode ser vista como a extensão lógica das filosofias materialistas de alguns líderes do Iluminismo, como Voltaire, enquanto para outros com preocupações mais prosaicas, ela forneceu uma oportunidade para desencadear ressentimentos contra a Igreja Católica (no espírito de anticlericalismo convencional) e seu clero.[22][23][24]

A Revolução e a Igreja

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Culto do Ser Supremo, 8 de junho de 1794.
Templo da razão.
Jacques François Joseph Swebach-Desfontaines - Pillage d'une église pendant la révolution - P317 - Musée Carnavalet
Quadro de Jacques François Joseph Swebach-Desfontaines - Saque de uma igreja durante a Revolução - Museu Carnavalet.

Em agosto de 1789, o Estado francês cancelou o poder tributário da Igreja.[16] A questão da propriedade da Igreja tornou-se central para as políticas do novo governo revolucionário. Declarando que todas as propriedades da Igreja na França pertenciam à nação, os confiscos foram ordenados e as propriedades da Igreja foram vendidas em leilão público.[25]

Em julho de 1790, a Assembleia Nacional Constituinte publicou a Constituição Civil do Clero que despojava os clérigos de seus direitos especiais - o clero deveria ser empregado do Estado, eleito por sua paróquia ou bispado, e o número de bispados deveria ser reduzido — e exigia que todos os padres e bispos fizessem um juramento de fidelidade à nova ordem ou enfrentariam demissão, deportação ou morte.[20]

Os padres franceses precisavam da aprovação papal para assinar tal juramento, e o Papa Pio VI passou quase oito meses deliberando sobre o assunto.[26] No dia 13 de abril de 1791, o Papa denunciou a Constituição, resultando em uma divisão na Igreja Católica francesa. Mais de cinquenta por cento tornaram-se padres abjurados ("jurados"), também conhecidos como "clero constitucional", e padres não-jurados como "clero refratário".[27]

Em setembro de 1792, a Assembleia Legislativa apoiou pautas progressistas, como a legalização o divórcio, contrariando a doutrina católica.[28] Ao mesmo tempo, o Estado tirou da Igreja o controle dos registros de nascimento, óbito e casamento.

Uma visão cada vez maior de que a Igreja era uma força contrarrevolucionária exacerbou as queixas sociais e econômicas e a violência irrompeu em vilas e cidades por toda a França.[29]

Em Paris, durante um período de quarenta e oito horas a partir de 2 de setembro de 1792, enquanto a Assembleia Legislativa (sucessora da Assembleia Nacional Constituinte) se dissolvia no caos, três bispos da Igreja e mais de duzentos padres foram massacrados por multidões enfurecidas; isso constituiu parte do que ficaria conhecido como Massacres de setembro.[30][31]

As leis anticlericais foram aprovadas pela Assembleia Legislativa e sua sucessora, a Convenção Nacional, bem como pelos conselhos departamentais em todo o país. Muitos dos atos de descristianização em 1793 foram motivados pela apreensão do ouro e da prata da Igreja para financiar os ideais revolucionários.[32] Em novembro de 1793, o conselho do departamento de Indre-et-Loire aboliu a palavra dimanche (português: domingo).[33] O calendário gregoriano, instrumento decretado pelo Papa Gregório XIII em 1582, foi substituído pelo calendário republicano francês que aboliu o sábado, os dias santos e quaisquer referências à Igreja. A semana de sete dias passou a ser de dez dias.[34] Logo ficou claro, no entanto, que nove dias consecutivos de trabalho eram demais e que as relações internacionais não poderiam ser realizadas sem o retorno ao sistema gregoriano, que ainda era usado em todos os lugares fora da França.[35] Consequentemente, o calendário gregoriano foi reimplementado em 1795.[34]

Desfiles anticlericais foram realizados, e o arcebispo de Paris, Jean-Baptiste-Joseph Gobel, foi forçado a renunciar a suas funções e obrigado a substituir sua mitra pelo Barrete frígio.[36] Nomes de ruas e lugares com qualquer tipo de conotação religiosa foram alterados, como a cidade de Saint-Tropez, que tornou-se Héraclée.[37] Os feriados religiosos foram banidos e substituídos por feriados para celebrar a colheita e outros símbolos não religiosos. Muitas igrejas foram convertidas em "templos da razão", nos quais eram realizados cultos deístas.[34] A população local muitas vezes resistiu a essa descristianização e forçou os membros do clero que haviam renunciado a celebrar a missa novamente.[34]

Robespierre e o Comitê de Segurança Pública denunciaram os descristianizadores como inimigos estrangeiros da Revolução e estabeleceram sua própria nova religião. Este Culto do Ser Supremo, sem as supostas "superstições" do Catolicismo, suplantou tanto o Catolicismo quanto o rival Culto da Razão. Ambas as novas religiões tiveram vida curta. Apenas seis semanas antes de sua prisão, em 8 de junho de 1794, o ainda poderoso Robespierre liderou pessoalmente uma vasta procissão por Paris até o Jardins das Tulherias em uma cerimônia para inaugurar a nova fé.[9] Sua execução ocorreu pouco depois, em 28 de julho de 1794.[38]

No início de 1795, um retorno a alguma forma de fé baseada na religião estava começando a tomar forma e uma lei aprovada em 21 de fevereiro de 1795 legalizou o culto público, embora com limitações estritas.[19] Continuavam proibidos o toque dos sinos das igrejas, as procissões religiosas e as exibições da cruz cristã.[19]

Até 1799, os padres ainda estavam sendo presos ou deportados para colônias penais. A perseguição só piorou depois que o exército francês liderado pelo general Louis-Alexandre Berthier capturou Roma no início de 1798, declarou uma nova república romana e também prendeu o papa Pio VI, que morreria em cativeiro em Valence, na França, em agosto de 1799.[39] No entanto, após Napoleão tomar o controle do governo no final de 1799, a França entrou em negociações de um ano com o novo Papa Pio VII, resultando na Concordata de 1801. Isso encerrou formalmente o período de descristianização e estabeleceu as regras para um relacionamento entre a Igreja Católica e o Estado francês.[40]

Organização da Igreja

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Sob ameaça de morte, prisão, recrutamento militar e perda de renda, cerca de vinte mil padres constitucionais foram forçados a abdicar e entregar suas cartas de ordenação, e de seis mil a nove mil deles concordaram ou foram coagidos a se casar. Muitos abandonaram completamente seus deveres pastorais.[3] No entanto, alguns dos que abdicaram continuaram secretamente a ministrar ao povo.[3]

No final da década, aproximadamente trinta mil padres foram forçados a deixar a França, e várias centenas dos que não saíram foram executados.[23] A maioria das paróquias francesas ficou sem os serviços de padre e privada dos sacramentos. Qualquer padre que não jurasse enfrentava a guilhotina ou a deportação para a Guiana Francesa.[3] Na Páscoa de 1794, poucas das quarenta mil igrejas da França permaneciam abertas; muitos foram fechadas, vendidas, destruidas ou convertidas para outros usos.[3]

As vítimas da violência revolucionária, religiosa ou não, eram tratadas popularmente como mártires cristãos, e os locais onde eram mortas tornavam-se destinos de peregrinação.[3] A catequese em casa, a religião popular, as práticas sincréticas e heterodoxas tornaram-se mais comuns.[3] Os efeitos de longo prazo na prática religiosa na França foram significativos.[3] Muitos que foram dissuadidos de suas práticas religiosas tradicionais nunca as retomaram.[3]

Referências

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