Dia sideral – Wikipédia, a enciclopédia livre

As estrelas distantes adiantam ao Sol nuns quatro minutos por dia. Nos quadrinhos, o Sol é o círculo amarelo e a estrela distante é o pequeno círculo vermelho. A direção Sul local é . Esquema sem escala.

O dia sideral (também chamado dia sidéreo) é o intervalo de tempo decorrido entre duas culminações sucessivas do Ponto Áries.[1] Pode ser definido igualmente em relação ao Ponto Libra.

Fundamento da diferença

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Considere a Terra localizada inicialmente em no instante em que culminam o Sol e uma estrela bem mais distante, de maneira que possa se considerar uma referência fixa. O meridiano local é e o ponto representa a direção Sul. Um observador olhando para o Sul veria o Sol e a estrela alinhados e culminando (quadro esquerdo).

À medida que o tempo passa, a Terra translada de a , ao mesmo tempo que rotaciona. Em a estrela distante culmina de novo, enquanto o Sol ainda não (nesse instante se visualiza um deslocamento angular dado pelo comprimento de arco ), de modo que a Terra deverá girar finalmente um ângulo adicional em um instante referente ao comprimento de arco , o que corresponde a, aproximadamente, 4 minutos, e se diz que o Sol "atrasa" com respeito à estrela (quadro central).

Finalmente, o Sol culmina pela segunda vez em e diz-se que passou um dia solar. Nesse instante a estrela está ao Oeste do meridiano local, e diz-se que "adianta" com respeito ao Sol (quadro direita).

O tempo de a é um dia sideral, cuja duração é de 23 horas 56 minutos e 4,0916 segundos aproximadamente, enquanto o tempo de a é um dia solar de 24 horas.

Dia sideral médio e aparente

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O primeiro ponto de Áries — os equinócios, em geral — movem-se por causa da precessão e nutação da Terra, de forma que se distinguem diferentes tipos de dia sideral:

  • Dia sideral médio: tempo entre duas culminações sucessivas do equinócio médio.
  • Dia sideral aparente: tempo entre duas culminações sucessivas do equinócio verdadeiro.

Referências

  1. Boczko, Roberto (1984). Conceitos de Astronomia (PDF). São Paulo: Edgard Blücher. p. 84 
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