Doutor Fausto (Mann) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Doutor Fausto
Das Leben des deutschen Tonsetzers Adrian Leverkühn, erzählt von einem Freunde
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Capa da primeira edição na Europa de 1947
Autor Thomas Mann
País  Alemanha
Gênero Künstlerroman, social problem fiction
Data de publicação 1947
Editora Sifriat Po'alim

Doutor Fausto: A vida do compositor alemão Adrian Leverkühn, contada por um Amigo (Doktor Faustus: Das Leben des deutschen Tonsetzers Adrian Leverkühn, erzählt von einem Freunde) é um romance escrito por Thomas Mann, iniciado em 1943 e publicado em 1947.

O romance constitui uma leitura da lenda de Fausto no contexto da primeira metade do século XX e da convulsão na Alemanha naquele período, culminando na ascensão do Nacional Socialismo. O enredo segue a vida e obra do compositor fictício Adrian Leverkühn sendo narrado por Serenus Zeitblom, amigo de infância de Leverkühn, que descreve os acontecimentos na Alemanha entre 1943 e 1946.

O intelecto e criatividade extraordinários do jovem Leverkühn marcam-no como destinado ao sucesso, mas a sua ambição é a verdadeira grandeza. Para alcançar a maior produtividade criativa, inspirada só pelo delírio da doença, Adrian contrai intencionalmente sífilis através de Esmeralda, uma bela prostituta que encontra em Colónia — neste aspeto, o romance mantém-se fiel a um episódio análogo da vida de Friedrich Nietzsche. Posteriormente, ele é visitado por um ser mefistofélico que diz "que apenas tu me possas ver porque estás louco, não significa que eu realmente não existo",[1] e, renunciando ao amor, negocia a sua alma em troca de vinte e quatro anos de génio. Porém, contrariamente aos Faustos anteriores do legado textual, não existe verdadeiramente consentimento prévio nem um "contrato" com o Diabo: Adrian apenas descobre, muitos anos depois, que o seu destino estava selado após a união com a prostituta aos 21 anos, e que a conversa entre ele e o Diabo era apenas a confirmação desta conjuntura. A sua loucura – a sua inspiração demoníaca – leva-o a uma extraordinária criatividade musical, que, na sua fase final, é refletida em composições de carácter dodecafónico, ao modelo do serialismo atonal de Arnold Schoenberg.

Os últimos anos criativos de Leverkühn são cada vez mais assombrados pela sua obsessão com o Apocalipse e o Juízo Final. Ele sente o progresso inexorável da sua loucura de neuro-sifilítico que conduzirá à derrocada total. Além da decadência física, o amor que Adrian nutre pelo seu sobrinho pequeno Nepomuk (Echo), uma criança adorável e extrovertida, é rapidamente aniquilado pela morte horrenda e sofrida da criança, cumprindo-se assim a condição do Diabo de que o compositor nunca poderia amar.

Como em algumas das lendas de Fausto, ele reúne os seus amigos mais próximos para que testemunhem o seu colapso final. Ao som da sua cantata, A lamentação de Doutor Fausto, ele confessa enraivecido o seu pacto demoníaco e as suas terríveis consequências, antes de se tornar incoerente e cair numa profunda demência. A sua loucura leva-o a um estado infantil, em que vive sob os cuidados dos seus parentes por mais de dez anos. Leverkühn dá o seu último suspiro a 25 de Agosto de 1940, data do primeiro raid aéreo da RAF à cidade de Berlin.

Detalhe de O Juízo Final, na Capela Sistina, de Michelângelo.

A vida de Leverkühn desenrola-se no contexto do ambiente cultural e político alemão que levou à ascensão e queda dos Nazismo na Alemanha. Contudo, as condições que levam ao pacto de Leverkühn com o diabo são definidas pelo personagem e, na vida artística, pelos próprios processos artísticos, não meramente como uma alegoria política. Ademais, o romance deve também ser lido considerando-se a própria condição de Thomas Mann: um nacionalista exilado, sofrendo por esse desterro psicológico e procurando processar as suas preocupações com o alcance da arte moderna e da sua relação com a sociedade. A conjugação de níveis entre a situação histórica do narrador, o progresso da loucura de Leverkühn e as lendas medievais a que este conscientemente se liga geram uma impressionantemente e rica teia simbólica, de uma complexidade ambígua que não pode ser reduzida a uma única interpretação.

As origens do narrador e do herói na fictícia pequena cidade de Kaisersaschern na margem do Saale, o nome do pai do boticário Zeitblom, Wohlgemut, e a descrição de Adrian Leverkühn como um tipo de alemão antiquado, com um conjunto de características "de um tempo antes da guerra dos trinta anos", tudo isso faz evocar a Alemanha antiga pós-medieval. Nas origens deles, respectivamente católica e luterana, e nos estudos teológicos, são herdeiros do renascimento alemão e do mundo de Dürer e Bach, mas simpatizante também da "receptividade bem afamada dos círculos judaicos."

Eles são despertados para o conhecimento musical por Kretzschmar, um palestrante e musicólogo americano-alemão que visita Kaisersaschern. Depois de terem feito a escolaridade básica juntos, os dois jovens vão estudar na Universidade de Halle-Wittenberg. Adrian estuda teologia, (ao contrário de Zeitblom, que não obstante participa nas discussões com os estudantes de teologia), mas torna-se obcecado em harmonia, contraponto e polifonia musicais como uma chave para a metafísica e a mística dos números e segue Kretzschmar para Leipzig para estudar com ele.

Zeitblom descreve "com um estremecimento religioso" a união de Adrian com a mulher que lhe transmitiu a sífilis (a quem Adrian chama "Esmeralda", o nome da borboleta que fascina o seu pai), como ele incluiu o nome dela de forma cifrada nas suas composições musicais e como os médicos que procuravam curá-lo foram todos impedidos de efectuar uma cura devido a intervenções misteriosas e mortais. Zeitblom começa a perceber o carácter demoníaco à medida que Adrian ganha outras amizades.

Zeitblom insiste, no entanto, sobre a proximidade única da sua própria relação com Adrian, pois ele continua a ser a única pessoa a quem o compositor trata por tu, o pronome familiar.[2]

Durante algum tempo vive em Palestrina, na Itália,[3] onde Zeitblom o visita. É lá que Adrian, trabalhando na adaptação operática da peça Trabalhos de Amores Perdidos de Shakespeare, tem o seu longo diálogo com uma figura mefistofélica que parece surgir tanto objetivamente como saído da sua própria alma penada. Nestas páginas centrais, que são o fulcro da história, Zeitblom apresenta o manuscrito da conversa de Adrian. O demónio, falando em alemão arcaico, afirma que Esmeralda é o instrumento pelo qual ele prenderá Adrian ao oferecer-lhe em troca vinte e quatro anos de vida como um génio – o período de incubação suposto da sua sífilis – se ele renunciar ao calor do amor. O diálogo revela a anatomia do pensamento de Leverkühn.

Adrian muda-se a seguir para Pfeiffering e em conversas com Zeitblom confessa uma visão sombria da vida. Aparecem figuras de natureza demoníaca, como o Dr. Chaim Breisacher, para derrubarem os ídolos da geração mais velha.

Apesar do declínio da sua saúde, já frágil desde jovem pela propensão hereditária a enxaquecas, Adrian começa a compor música progressivamente mais inovadora e cromática, preparando o caminho para a sua grande obra, o oratório Apocalypsis cum Figuris (O Apocalipse com Figuras)[4], composição inspirada nas xilogravuras homónimas de Albrecht Dürer.

Quando Adrian concluiu o esboço de Apocalipse tinha um novo círculo de amigos intelectuais, nos quais se inclui um especialista em arte, um paleozoólogo, um historiador literário, um estudioso de Dürer e um poeta saturnino. Nas suas discussões, declaram a necessidade da renúncia da suavidade burguesa e da preparação para uma época de aspereza pré-medieval. Adrian escreve a Zeitblom que o coletivismo é a verdadeira antítese da cultura burguesa e Zeitblom observa que o esteticismo é o arauto do colapso social/barbarismo. Neste aspeto, a obra reflete a transição de Thomas Mann da sua oposição inicial à democracia e defesa do afastamento do artista, fugindo da esfera política para se refugiar na estética[5], à sua posterior "conversão ideológica", agora defendendo integralmente a República de Weimar e o envolvimento da arte na sociedade como forma de evasão das barbaridades do programa estético-racial do Nazismo[6]. Como afirmaria em 1953, Mann sentia "vergonha em relembrar a sua loucura política" no Período da Primeira Guerra[7], durante a qual publicaria o polémico volume Betrachtungen eines Unpolitischen [Reflexões de um Homem Apolítico] (1918).

Apocalypse é tocado em Frankfurt sob a condução de Otto Klemperer, descrevendo Zeitblom a obra repleta de saudade sem esperança, de riso infernal transposto e transfigurado até nos tons lancinantes das esferas e dos anjos.

Enquanto Adrian começa a planear o segundo oratório, A Lamentação do Doutor Fausto, o filho da sua irmã Nepomuk é enviado para viver com ele. O rapaz, "Echo", é amado por todos. Mas à medida que a obra de grande fôlego se desenvolve na mente de Adrian, a criança adoece e morre, e Adrian, desesperado, acredita que ao tratá-lo com amor, em violação do seu contrato, o matou com influências venenosas e infernais.

A Lamentação é concluída e quando Adrian convoca os seus amigos e convidados, ao invés de tocar a música, relata a história do seu contrato infernal e fica prostrado com a doença do cérebro que durará até à sua morte, dez anos mais tarde. Zeitblom visita-o Ocasionalmente e vive para testemunhar o colapso dos “triunfos dissolutos” da Alemanha, como ele conta na história do seu amigo.

Fontes e origens

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Fausto, água-forte de Rembrandt

Mann publicou a sua própria descrição da génese do romance em 1949.[8] O título e os temas do romance são inseparáveis na literatura alemã da sua mais alta expressão dramática no Fausto I e Fausto II do poeta Goethe, e expressa a intenção de Mann de abordar o assunto à luz dessa profunda e autêntica exploração e representação do carácter alemão. No entanto, a relação é indirecta, sendo o aspecto faustiano do caráter de Leverkühn paralelo às circunstâncias anormais que envolveram o nazismo. Helen Lowe-Porter, a primeira a traduzi-lo para inglês, escreveu acerca dos temas do romance:

"Os leitores de Fausto irão, e devem, estar envolvidos, com estremecimento, em todas as três vertentes do livro: o cenário alemão dentro das suas mais amplas origens universais; a apresentação de uma arte não apenas alemã, mas vital para toda a nossa civilização; a música como uma instância das artes e o estado em que se encontram as artes hoje [c. 1949]; e, finalmente, a invocação do demoníaco"[9]

A trajectória da carreira de Leverkühn é modelada em parte na vida de Friedrich Nietzsche (1844-1900). Desde a sua suposta contracção de sífilis até ao seu colapso mental em 1889, proclamando o Anti-Cristo, e a sua morte em 1900, a vida de Nietzsche apresenta um exemplo célebre imitado em Leverkühn. [Também se lembram as doenças de Frederick Delius e Hugo Wolf, bem como a morte do filho de Mahler após este ter desafiado o destino, como pensava a esposa dele, Alma Mahler, ao escrever as Kindertotenlieder (Canções sobre a morte de crianças)].

A obra de Nieztsche de 1871 O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música apresenta o tema de que a evolução da arte está ligada à dualidade dos impulsos helénicos apolínio e dionísiaco,[10] exemplificado pelo romance. Talvez o sereno Zeitblom e o trágico Leverkuhn personifiquem uma tal dualidade entre os impulsos no sentido de um progresso contemplativo, pensado, e os impulsos na direcção de um destino trágico e apaixonado, do carácter, ou da criatividade, no contexto da sociedade alemã.[11]

Aconselhamento

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O filósofo Theodor Adorno atuou como conselheiro de Mann e inspirou-o a entrelaçar a filosofia e a musicologia no seu romance, nomeadamente através da influência da sua obra Filosofia da Música Moderna, cujo manuscrito Mann recebeu e leu em 1943.[12] Mann também leu capítulos para grupos de amigos convidados (um método também usado por Kafka) para testar o efeito do texto. Em preparação para o trabalho, Mann estudou musicologia e biografias dos grandes compositores, incluindo Mozart, Beethoven, Hector Berlioz, Hugo Wolf, Franz Schreker e Alban Berg. Muitos detalhes das suas existências sobrevivem no romance: a título de exemplo, a mecenas Mme. Tolna, a invisível protetora do trabalho de Adrian Leverkühn, é uma homenagem a Nadejda von Mekk, a mecenas que Tchaikovsky nunca conheceu.[12] Mann comunicava frequentemente com compositores contemporâneos, incluindo Igor Stravinsky, Arnold Schoenberg e Hanns Eisler.

No capítulo XXII, Leverkühn desenvolve o dodecafonismo (sistema musical em que as notas são organizadas em grupos de doze notas denominados séries) que foi efectivamente inventado por Arnold Schoenberg. Schoenberg viveu perto de Mann, em Los Angeles, quando o romance estava a ser escrito, e mostrou-se profundamente irritado por esta apropriação sem o seu consentimento.[13] Edições posteriores do romance incluíram uma Nota do Autor no fim a reconhecer que a técnica era propriedade intelectual de Schoenberg, e que passagens do livro que tratam a teoria musical muito devem em muitos detalhes ao livro Harmonielehre de Schoenberg.[14]

Modelos para o compositor lendário

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A projectada obra de Leverkühn, A lamentação do Dr Fausto, faz lembrar a Lamentatio Jeremiae prophetae (A Lamentação do profeta Jeremias) de Ernst Krenek, uma oratória escrita em 1941-1942, que combina o dodecafonismo de Schoenberg com o contraponto modal. Como modelo para o compositor lendário, Mann estava perfeitamente ciente da ópera Palestrina de Hans Pfitzner, que estreou em Munique em 1917. A preocupação de Leverkühn com a teoria polifónica inspira-se no tema desta ópera de como o compositor G. Palestrina procurou preservar a composição polifónica na sua Missa Papae Marcelli. O tenor Karl Erb (na altura famoso como o narrador Evangelista na Paixão segundo São Mateus de J.S. Bach) actuou na ópera de Pfitzner, e o cantor-narrador no Apocalysis cum Figuris de Leverkühn é chamado Erbe (o que significa herança, ou seja, herdeiro da tradição) em referência aquele tenor.

Duas outras óperas alemãs da época, o Doktor Faust de Ferruccio Busoni (deixada inacabada em 1924) e o Mathis der Maler de Paul Hindemith (sobre Matthias Grünewald), concluida esta em 1935,[15] exploram igualmente o isolamento do indivíduo criativo,[16] apresentando as crises éticas, espirituais e artísticas do início do século XX através das suas raízes na Reforma Protestante alemã.

Interior da Asamkirche em Munique.

Na obra, os nomes pessoais são usados de forma alusiva para reflectir o percurso da cultura alemã desde as suas raízes medievais. Por exemplo, o pai de Zeitblom, Wohlgemut, tem a ressonância do artista Michael Wohlgemuth, professor de Albrecht Dürer. Wendell Kretzschmar, o homem que desperta o personagem principal para a música, provavelmente refere-se a Hermann Kretzschmar, analista musical, cujos Guias para concertos eram amplamente lidos. O nome da criança condenada, Nepomuk, bastante popular na Áustria e sul da Alemanha no século XIX, recorda o compositor Johann Nepomuk Hummel e o dramaturgo Johann Nestroy. Refletindo o culto da Contra-Reforma de John Nepomuk (S. João Nepomuceno), também evoca o sublime Rococó da arquitetura da Igreja S. João Nepomuceno dos Irmãos Asam em Munique e provavelmente as descrições e interpretações da mesma por Heinrich Wölfflin.[17]

O personagem do violinista Schwerdtfeger é modelada em Paul Ehrenberg de Dresden, um amigo de Mann que este admirava. Mas, em geral, os personagens e nomes ecoam filosofias e perspectivas intelectuais sem intenção de retratar ou imitar pessoas reais. Eles servem as várias camadas e valores sugestivos do estilo de Mann para apoiar e reforçar a natureza simbólica da sua obra.

Como uma reelaboração do mito de Fausto, o romance está preocupado com temas tais como o orgulho, a tentação, o custo de ser grande, a perda de humanismo, e assim por diante. Outra preocupação é com a queda intelectual da Alemanha na época que antecedeu a segunda guerra mundial. O estado de espírito e ideologia do próprio Leverkühn imita a mudança do humanismo para o niilismo irracional que se encontra na vida intelectual da Alemanha na década de 1930.

Leverkühn torna-se cada vez mais decadente de corpo e de espírito, atingido pela sífilis e pela loucura. No romance, todos estes fios temáticos – a queda intelectual da Alemanha, a queda espiritual de Leverkühn e o decaimento físico do seu corpo – correspondem directamente ao desastre nacional de Alemanha fascista. Na versão publicada de Mann da sua série de palestras nos EUA em 1938, The Coming Victory of Democracy (A Vitória Próxima da Democracia), ele referiu, "Eu devo reconhecer com pesar que quando era mais jovem partilhei esse perigoso hábito do pensamento alemão que considera a vida e o intelecto, a arte e a política como mundos totalmente separados." Ele percebe depois que eram inseparáveis. No Doktor Faustus, a história pessoal de Leverkühn, o seu desenvolvimento artístico e a mudança no clima político alemão são ligados pelo narrador Zeitblom à medida que ele sente e se preocupa com a saúde moral do seu país (tal como ele se tinha preocupado com a saúde espiritual do seu amigo Leverkühn).

  • Franz Seitz dirigiu em 1982 uma adaptação do romance, Doktor Faustus, para a cadeia de televisão Bayerischer Rundfunk tendo como actor principal Jon Finch no papel de Adrian Leverkühn.[18]

Edições em português

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  • Edição/reimpressão: 2010, Páginas: 696, Editor: Dom Quixote, ISBN 9789722043311, Colecção: Ficção Universal.
  • Edição/reimpressão: 1996, Páginas: 588, Editor: Dom Quixote, ISBN 9789722000246, Colecção: Ficção Universal.

O Doutor Fausto de Mann foi incluído na lista de Os melhores romances em alemão do século XX, lista de livros compilada em 1999 pela Literaturhaus (Casa da Literatura) de Munique e pela editora Bertelsmann, no qual 99 proeminentes autores alemães, críticos literários e estudiosos da língua alemã classificaram os mais significativos romances em alemão do século XX.

  1. Adorno, Theodor W. Philosophy of Modern Music. Traduzido por Anne Mitchell e Wesley Blomsten, Bloomsbury, 2007.
  2. Bergsten, Gunilla. Thomas Mann’s “Doctor Faustus”: The Sources and Structure of the Novel. Traduzido por Krishna Winston, University of Chicago Press, 1969.
  3. Carnegy, Patrick. Faust as Musician: A Study of Thomas Mann’s Novel “Doctor Faustus”. Chatto and Windus, 1973.
  4. Giordano, Diego. Thomas Mann’s Doctor Faustus and the twelve-tone technique. From the Myth to the Alienation, in Calixtilia (n.3), Lampi di Stampa, 2010. ISBN 9-788848-811507.
  5. Mann, Thomas. Doktor Faustus. Das Leben des deutschen Tonsetzers Adrian Leverkühn erzählt von einem Freunde. S. Fischer Verlag, 1947.
  6. Mann, Thomas. Doctor Faustus: The Life of the German Composer Adrian Leverkühn, as Told by a Friend. Traduzido por Helen Tracy Lowe-Porter. Alfred A. Knopf, 1948. ISBN 0-679-60042-6.
  7. Mann, Thomas. Doctor Faustus: The Life of the German Composer Adrian Leverkühn, as Told by a Friend. Traduzido por John E. Woods, Alfred A. Knopf, 1997. ISBN 0-375-40054-0.
  8. Mann, Thomas. Reflections of a Nonpolitical Man. Introdução por Mark Lilla, New York Review Books, 1983. ISBN 9781681375311
  9. Mann, Thomas. T.he Story of a Novel: The Genesis of Doctor Faustus. Alfred A. Knopf, 1961.
  10. Montiel, Luis (2003). «Más acá del bien en el mal. Topografía de la moral en Nietzsche, Mann y Tournier» (PDF) 
  11. Reed, T.J. Thomas Mann: The Uses of Tradition. Oxford University Press, 1974. ISBN 0-19-815742-8 (cased). ISBN 0-19-815747-9 (paperback).
  12. Vaget, Hans Rudolph. «Thomas Mann: Enlightenment and Social Democracy.» Publications of the English Goethe Society, vol. 83, no. 3, 2017, pp. 193-204, DOI:10.1080/09593683.2017.1368931.

Referências

  1. A cena lembra nitidamente o colapso de Ivan Karamazov no romance Os Irmãos Karamazov de Dostoiévski.
  2. O uso de 'tu' (em vez de 'você') significava uma amizade íntima.
  3. Thomas Mann viveu de facto em Palestrina por volta de 1930 com o seu irmão Heinrich Mann.
  4. Figurae em latim possivelmente no sentido de veículos de alusão, ou de espíritos, ou de representações; ou de tipos teológicos
  5. Mann, Thomas (1983). Reflections of a Nonpolitical Man. Nova Iorque: New York Review Books. p. 10 
  6. Vaget, Hans Rudolph. «Thomas Mann: Enlightenment and Social Democracy». Publications of the English Goethe Society. 83 (3): 195. doi:DOI:10.1080/09593683.2017.1368931. Verifique |doi= (ajuda) 
  7. Carnegy, Patrick (1973). Faust as Musician: A Study of Thomas Mann's Novel Doctor Faustus. Londres: Chatto & Windus. p. 31 
  8. Mann, Thomas. Die Entstehung des Doktor Faustus, Roman eines Romanes (A génese do Doutor Fausto, o romance de um romance), S. Fischer Verlag, Frankfurt am Main 1949.
  9. T. Mann, Doctor Faustus, Secker and Warburg, Londres 1949, Nota do Tradutor, p. vi.
  10. a partir de '... die Fortentwickelung der Kunst an die Duplicität des Apollonischen und des Dionysischen gebunden ist': Nietzsche, Friedrich. Die Geburt der Tragödie aus dem Geiste der Musik (1871), Nietzsche's Werke. Taschen-Ausgabe, C.G. Naumann Verlag, Leipzig, 1906, p. 51.
  11. Compare-se com os papéis de Settembrini e Naphta no romance de Mann A Montanha Mágica.
  12. a b Mann, Thomas (1961). The Story of a Novel: The Genesis of Doctor Faustus. Nova Iorque: Alfred A. Knopf. p. 43 
  13. Schoenberg, E. Randol (2018). The Doctor Faustus Dossier: Arnold Schoenberg, Thomas Mann and their Contemporaries, 1930-1951. Califórnia: University of California Press. pp. 147–149. ISBN 9780520296824 
  14. A. Schoenberg, Harmonielehre (primeira edição 1911). 3a. edição, Vienna, Universal Edition 1922.
  15. Claire Taylor-Jay, The Artist-Operas of Pfitzner, Krenek, and Hindemith: Politics and the Ideology of the Artist, Aldershot: Ashgate, 2004.
  16. D. Fischer-Dieskau, Reflections on "Palestrina, em Hans Piftzner, Palestrina, Raphael Kubelik (Polydor International, 1973).
  17. H. Wölfflin, Principles of Art History 1915, Ch. 1, Architecture.
  18. [1]