Draga – Wikipédia, a enciclopédia livre

Draga

A draga é um tipo especial de embarcação, projetado para executar várias funções que digam respeito ao fundo de qualquer curso de água, não muito profundo e para limpar a água.

Sua função mais comum é a de aprofundar portos e vias navegáveis removendo parte do fundo do mar ou do leito dos rios e canais. Geralmente junto à draga operam uma chata e um rebocador, para recolhimento e descarte do material extraído.

Uma draga móvel é uma embarcação para desassoreamento dos leitos dos rios e mares, tendo capacidade própria para transportar e bascular os dejetos e/ou minérios. Há dragas móveis de diversas capacidades e tamanhos.

Técnica de engenharia utilizada para remoção de materiais, solo, sedimentos e rochas do fundo de corpos de água, através de equipamentos denominados “dragas”. Estes equipamentos operam em sistemas adequados ao material a ser dragado e a sua forma de disposição.[carece de fontes?]

Dragas de sucção

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Dragas de Sucção e Recalque com Bombas Submersíveis de Dragagem
Dragas de Sucção e Recalque

As dragas de sucção estão incluídas na categoria de dragas hidráulicas que são mais adequadas para a dragagem de lodos, areias, siltes, sedimentos contaminados ou não contaminados. Seu funcionamento se dá através de bombas centrífugas, acionadas por motores a diesel, montadas sobre barcas que descarregam o material dragado por meio de tubulações mantidas sobre a água com auxílio de flutuadores. A sucção é feita por meio de um bocal de aspiração, chamado escarificador, equipado com lâminas que desagregam o material para que este possa ser aspirado para o interior do tubo de sucção que se insere no núcleo do rotor.[carece de fontes?]

Draga de Gibbs

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​A draga de Gibbs é um equipamento de amostragem sedimentar amplamente utilizado (ANJACO, 2025). Utilizado em pesquisas geológicas e ambientais para coletar sedimentos superficiais em ambientes aquáticos. Caracteriza-se por sua simplicidade e eficiência na obtenção de amostras do fundo de corpos d'água.

Características e Funcionamento

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Consiste em um tubo metálico de diâmetro variável, com uma extremidade conectada a um saco de lona ou tecido destinado a recolher a amostra. A outra extremidade possui uma abertura com borda cortante, à qual é fixado o cabo de arrasto. Durante a operação, a draga é lançada na água e arrastada pelo fundo por alguns minutos antes de ser recolhida. Esse processo permite a coleta de sedimentos superficiais, embora a amostra possa sofrer lavagem durante o recolhimento, o que pode comprometer a precisão dos dados coletados. Ainda assim, quando utilizada adequadamente, a draga de Gibbs tem se mostrado bastante útil.

Devido à sua versatilidade, a draga de Gibbs pode ser empregada em diversos tipos de embarcações, sendo necessário apenas um comprimento de cabo equivalente a duas ou três vezes a profundidade do local a ser amostrado. Em embarcações maiores, destinadas à coleta de material em águas mais profundas, recomenda-se o uso de um comprimento de cabo entre quatro e cinco vezes a profundidade, aliado ao uso de pesos para garantir a eficiência da operação.

O desenvolvimento da draga de Gibbs remonta a 1967, quando o pesquisador Ronald J. Gibbs (GIBBS, 1987), durante estudos no Rio Amazonas a bordo de um navio hidrográfico da Marinha Brasileira, improvisou um equipamento de amostragem utilizando um tubo de ferro de aproximadamente 30 cm de comprimento e 15 cm de diâmetro, com um saco de pano amarrado em uma das extremidades. Essa solução simples e eficaz deu origem ao que hoje é conhecido como draga de Gibbs.

Referências

  • Bray, R.N., Bates, A.D. e Land, J.M. 1997. Dredging, a Handbook for Engineers. John Wiley & Son, Inc. Second edition. New York. 434p.
  • CALAZANS, Danilo (Org.). Estudos oceanográficos: do instrumental ao prático. 1. ed. Rio Grande: Editora Textos, 2011. 461 p.
  • ANJACO. O que é draga? Entenda sua função e tipos. Disponível em: https://anjaco.com.br/glossario/o-que-e-draga-entenda-sua-funcao-e-tipos. Acesso em: 01 abr. 2025.
  • GIBBS, Ronald J. The Sediment Transport Mechanism in Rivers, Estuaries, and Coastal Seas. Coastal and Estuarine Studies, v. 29, Springer, 1987.
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