EN-100 – Wikipédia, a enciclopédia livre
Estrada Nacional nº 100 | |
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Angola | |
EN-100, nas proximidades da ponte sobre o rio Cuanza, em 2008. | |
Identificador | EN-100 |
Tipo | Rodovia estatal |
Inauguração | Século XV |
Extensão | 1858,00 km |
Orientação | Norte a Sul |
Extremos • Norte: • Sul: | Massabi (Cabinda) Posto administrativo da foz do rio Cunene no Parque Nacional do Iona (Namibe) |
Cruzamentos | Rio Congo Rodovia N11 (Congo-Quinxassa) |
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A Estrada Nacional nº 100, mais conhecida pelo seu prefixo EN-100, é uma rodovia do tipo longitudinal angolana, que atravessa o país de norte a sul. Segundo as disposições do plano nacional rodoviário, liga a comuna de Massabi, na província de Cabinda, ao posto administrativo da foz do rio Cunene no Parque Nacional do Iona, na província do Namibe.[1]
É a maior e mais importante rodovia angolana, com 1858 km de extensão, atravessando as mais ricas e povoadas áreas do território nacional, sendo pelo menos cinco capitais provinciais, a saber: Cabinda,[2] Luanda, Sumbe, Benguela[3] e Moçâmedes.[4] Dá acesso a todos os grandes portos da nação (Luanda, Lobito, Namibe, Soio, Porto Amboim e Cabinda), ainda servindo de conexão aos caminhos de ferro de Benguela, Luanda e Moçâmedes.
Uma das mais antigas estradas do país, seu primeiro trecho aberto, ainda no século XV, foi possivelmente entre Luanda, Ambriz e Soio, servindo como caminho de passagem de animais.[5] Depois o Império Português preocupou-se em ligá-la à Benguela, a partir do século XVI, por fim chegando ao Moçâmedes e ao deserto da Namíbia, no século XIX.
Não é pavimentada em toda a sua extensão. Grande parte do seu percurso ainda encontra-se com problemas herdados da Guerra Civil Angolana e da Guerra de Independência de Angola, como pavimentação asfáltica precária, pontes deterioradas e falta de sinalização. Outra questão que colabora para o seu atual estágio de degradação é o intenso fluxo veicular e volume de carga transportado.[4]
Conexões
[editar | editar código-fonte]No Soio a rodovia desconexa com sua seção norte, em virtude de barreiras geográficas impostas pelo rio Congo.[6] A travessia de balsa é feita do porto do Soio até o porto de Banana, na margem oposta do rio Congo, na cidade de Muanda (Congo-Quinxassa). Ali a EN-100 torna-se a rodovia quinxassa-congolesa N11, seguindo até a vila de Ndunji, que faz fonteira com a vila angolana de Iema, onde torna-se novamente EN-100. De lá segue até a comuna de Massabi, na fronteira com a cidade de Fouta, no Congo-Brazavile, tornando-se a rodovia RN 4.
Já no sul, após o posto administrativo da foz do rio Cunene no Parque Nacional do Iona, a rodovia liga-se com a uma rede de estradas na Namíbia que cortam o deserto da Namíbia.
Referências
- ↑ Estudo sobre o estado das rodovias de Angola. República de Angola - Ministério dos Transportes. 2018
- ↑ Porto do Caio condiciona obra em estradas em Cabinda. Portal Angop. 22 de maio de 2018.
- ↑ Estrada Benguela-Luanda será alargada até Agosto. AngoNotícas. 11 de fevereiro de 2017.
- ↑ a b Conclusão de duas estradas na província angolana do Namibe em concurso por 130 MEuro. DN Português. 22 de agosto de 2018.
- ↑ Ferreira, Roquinaldo. The conquest of Ambriz: Colonial expansion and imperial competition in Central Africa. Luanda: Mulemba - Revista Angolana de Ciências Sociais, 2015. p. 221-242.
- ↑ Troço Soyo-Nzeto pode encerrar. Jornal de Angola. 1 de janeiro de 2016.