Eclíptica – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Se procura o álbum de Sonata Artica, veja Ecliptica.

Em astronomia, eclíptica é a projeção sobre a esfera celeste da trajetória aparente do Sol observada a partir da Terra. A razão do nome provém do fato de que os eclipses somente são possíveis quando a Lua está muito próxima do plano que contém a eclíptica. O eixo eclíptico, por sua vez, é a reta perpendicular à eclíptica que passa pelo centro da Terra.[1]

O plano que contém a eclíptica possui uma obliquidade (inclinação, indicada por ε0 na figura) em relação ao plano que contém o equador celeste de aproximadamente 23° 27′. As forças gravitacionais da Lua e do Sol produzem um torque sobre a Terra, cujo efeito é gerar um movimento de precessão do eixo de rotação da Terra ao redor do eixo eclíptico, esse movimento é conhecido como a precessão dos equinócios.[2]

Esfera celeste.

É creditado a Eratóstenes, a primeira medida da obliquidade da eclíptica, sendo que o valor por ele obtido foi de 23° 51′ 20″.[3][4]

Eratóstenes também é conhecido pela determinação da circunferência da Terra, através de medições que o levaram a calcular a distância em graus entre as cidades de Alexandria e Siena como sendo de 7,2° ou 1/50 de 360°. Como a distância entre as cidades era de aproximadamente 800 km, a circunferência da Terra deveria ser de aproximadamente 40 000 km.[5]

Sistema Solar

[editar | editar código-fonte]

As órbitas dos planetas do sistema solar estão muito próximas da eclíptica, em uma região de 18° centrada na eclíptica, conhecida como zodíaco.[6] Isto é coerente com a teoria de que o Sistema Solar foi formado a partir de um disco de matéria que se condensou em torno do Sol que se formava.

Referências

  1. Boczko, Roberto (1984). Conceitos de Astronomia. São Paulo: Edgard Blücher. p. 125-127 
  2. Kepler de Souza Oliveira Filho, Maria de Fátima Oliveira Saraiva (2004). «Cap.13 - Forças gravitacionais diferenciais». Astronomia e astrofísica 2 ed. São Paulo: Livraria da Física. p. 456-457. ISBN 85-88325-23-3 
  3. A. Jones (2002). «Eratosthenes, Hipparchus, and the obliquity of the ecliptic». Journal for the History of Astronomy (em inglês). 33 (110): 15-19. ISSN 0021-8286. Consultado em 13 de fevereiro de 2018 
  4. Robert Jameson,‎ David Brewster (janeiro de 1821). «Remarks on a passage in the mathematical collections of pappus, from which the obliquity of the ecliptic has been deduced». A. Constable & Company. The Edinburgh Philosophical Journal (em inglês). 5 (9). Consultado em 13 de fevereiro de 2018 
  5. Sagan, Carl (1982) [1980]. «Cap.1 - As fronteiras do oceano cósmico». Cosmos. Rio de Janeiro: Francisco Alves. p. 14-17 
  6. Kepler de Souza Oliveira Filho, Maria de Fátima Oliveira Saraiva (2004). «Cap.1 - Astronomia antiga». Astronomia e astrofísica 2 ed. São Paulo: Livraria da Física. p. 456-457. ISBN 85-88325-23-3 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]