Edmundo Campos Coelho – Wikipédia, a enciclopédia livre
Edmundo Campos Coelho | |
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Nascimento | 3 de março de 1939 Governador Valadares, MG, Brasil |
Morte | 08 de março de 2001 (62 anos) Rio de Janeiro, RJ, Brasil |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade Federal de Minas Gerais |
Instituições | Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro |
Campo(s) | Sociologia |
Edmundo Campos Coelho (Governador Valadares, 03 de março de 1939 – Rio de Janeiro (cidade), 08 de março de 2001) foi um sociólogo brasileiro com atuação em diferentes áreas da Sociologia, incluindo a sociologia das organizações e a sociologia das profissões. Foi pesquisador e professor no IUPERJ (atual IESP-UERJ), onde ingressou em 1969, e permaneceu até o fim de sua vida.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Trajetória acadêmica
[editar | editar código-fonte]Edmundo Campos Coelho iniciou sua trajetória acadêmica com a graduação em Sociologia, Política e Administração Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (1962)[1].
Em 1973, concluiu seu mestrado em Sociologia pela Universidade da Califórnia (UCLA), nos Estados Unidos, sob orientação de Oscar Grusky. Obteve o título de Notório saber na década de 1980, o que lhe permitia orientar teses de doutorado[2].
Contribuições para a sociologia
[editar | editar código-fonte]Nas décadas de 1960 e 1970, seu trabalho esteve ligado às temáticas das organizações e da burocracia. Através da publicação de seu primeiro livro, Sociologia da Burocracia, de 1966, Edmundo Coelho introduz no Brasil a abordagem weberiana sobre as teorias das organizações[3]. A partir dessa abordagem, o pesquisador dedica-se aos estudos dos militares e publica o livro Em Busca da Identidade: o Exército e a política na sociedade brasileira.
Na década de 1980, os estudos de Edmundo Coelho voltam-se para a temática da violência e da criminalidade. Suas análises sobre o tema são consideradas pioneiras no Brasil[2][3] e sua principal produção foi o livro A Oficina do Diabo: crise e conflitos no sistema penitenciário do Rio de Janeiro.
Seu último livro foi As Profissões Imperiais: Advocacia, Medicina e Engenharia no Rio de Janeiro. Edmundo Coelho analisa a formação dos grupos profissionais – os engenheiros, médicos e advogados – no contexto da formação do próprio Estado brasileiro. A obra é considerada um marco nos estudos sobre as profissões no país, por conta de sua sofisticação teórica, de sua pesquisa documental e pelo cuidado na escrita [4][5].
Obras
[editar | editar código-fonte]- Sociologia da burocracia (1966)
- Em busca de identidade: o Exército e a política na sociedade brasileira (1976)
- A oficina do diabo: crise e conflitos no sistema penitenciário do Rio de Janeiro (1987)
- A Sinecura acadêmica - a ética universitária em questão (1988)
- As Profissões Imperiais: Advocacia, Medicina e Engenharia no Rio de Janeiro, 1822-1930 (1999)
Referências
- ↑ Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS), A sociologia da burocracia, das profissões e da violência. Consultado em: 28 de fevereiro de 2021.
- ↑ a b Lima, Renato Sérgio de; Ratton, José Luiz (Organização). As ciências sociais e os pioneiros nos estudos sobre crime, violência e direitos humanos no Brasil. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública; Urbania; ANPOCS, 2011. 304 p. Disponível em PDF, acessado em 28 de fevereiro de 2021
- ↑ a b Schwartzman, Simon. “Edmundo Campos Coelho, Sociólogo Radical”. Depoimento na homenagem a Edmundo Campos Coelho, Rio de Janeiro, IUPERJ, 5 de outubro de 2001.
- ↑ Barbosa, Maria Ligia. Jobim e Quincas chez madame Labat: o imperador e suas profissões, 2000
- ↑ Freitas, Renan Springer de. “Edmundo Campos Coelho (1939-2001)”. Dados vol.44 no.1 Rio de Janeiro, 2001.