Eiko Ishioka – Wikipédia, a enciclopédia livre
Eiko Ishioka | |
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Nome completo | 石岡 瑛子 |
Nascimento | 12 de julho de 1938 Tóquio, Japão |
Nacionalidade | japonêesa |
Morte | 21 de janeiro de 2012 (73 anos) Tóquio, Japão |
Ocupação | Figurinista, editora de arte e graphic designer |
Cônjuge | Nicholas Soultanakis (2011–2012) |
Oscares da Academia | |
Melhor Figurino: Bram Stoker's Dracula (1992) |
Eiko Ishioka (石岡 瑛子) (Tóquio, 12 de Julho de 1938 – 21 de Janeiro de 2012) foi uma figurinista e diretora de arte e designer gráfica japonesa.[1][2] Ganhou o Oscar de melhor figurino na edição de 1993 por Drácula de Bram Stoker.[3] e foi postumamente indicada na mesma categoria pelo filme de 2012 de Tarsem Singh, Mirror Mirror.[4][5]
Conhecida por seu estilo único, onde ela casava os estilos do Ocidente com o do Oriente,[4] Eiko morou em Manhattan por vários anos. Abusava de temas góticos, com tons de erotismo e sensualidade. Seu estilo provocativo foi um dos fatores que atraiu a atenção de Coppola para sua produção de Drácula.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Eiko nasceu em Tóquio, em 1938, filha de um designer gráfico e uma dona de casa. Apesar de ser encorajada para as artes pelo pai, ele a desencorajou a seguir no ramo.[6] Formou-se na Universidade de Artes de Tóquio.[7] Eiko ignorou os conselhos do pai e abriu caminho através da propaganda.[6]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Propaganda
[editar | editar código-fonte]Eiko começou a carreira na divisão de propaganda da companhia de cosméticos Shiseido, em 1961 e ganhou um dos prêmios de publicidade mais prestigiados do Japão 4 anos depois. Foi descoberta por Tsuji Masuda, criador da loja Parco, uma das principais redes de lojas de departamento do Japão, no distrito de Ikebukuro. A loja faturou na localidade e começou sua expansão em 1973, tendo sido Eiko a responsável pelo comercial de 15 segundos da marca, o que a tornou responsável pela imagem da rede. Em 1971, ela se tornaria diretora de arte chefe da empresa e em seu trabalho para a empresa ela ficou conhecida pelos comerciais sensuais e pela contratação de Faye Dunaway como garota-propaganda. Em 1983, ela saiu da Parco e abriu sua própria empresa.[2][6]
Em 2003, ela foi a responsável pelo design do logo dos Houston Rockets.[8][9]
Cinema
[editar | editar código-fonte]Em 1985, Eiko foi escalada por Paul Schrader para trabalhar como figurinista no filme Mishima: A Life in Four Chapters. Seu trabalho lhe rendeu um prêmio especial por contribuição artística no Festival de Cannes do mesmo ano.[1] Eiko trabalhou com Francis Ford Coppola no pôster japonês de Apocalypse Now, o que a levou a trabalhar no figurino de Drácula de Bram Stoker, o que lhe rendeu um prêmio da Academia.[1][4] Ela trabalhou com Tarsem Singh em vários outros filmes, como em A Cela, de 2000, The Fall, de 2006, Imortais, de 2011 e em Mirror Mirror.[1][4]
Trabalhou também com figurinos de teatro e de circo. Em 1999, ela foi responsável pelos figurinos de Der Ring des Nibelungen, de Richard Wagner, para o teatro alemão. Foi responsável também pelos figurinos do espetáculo do Cirque du Soleil, Varekai, de 2002. Dirigiu o videoclipe Cocoon, da Björk, em 2002 e criou os figurinos da turnê "Hurricane", de Grace Jones, em 2009.[4][5][6]
Pela capa do álbum Tutu, de Miles Davis, de 1986, Eiko ganhou um Grammy, onde há uma foto em preto e branco do músico, capturada pelo fotógrafo Irving Penn.[1][2]
Jogos Olímpicos
[editar | editar código-fonte]Em 2008, ela foi a responsável pelo figurino da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, onde se inspirou em obras de arte gregas e africanas e na iconografia asiática.[10] Eiko criou dez mil figurinos para a cerimônia, que deram movimento, textura e atmosfera para os atos da apresentação.[4][10]
Livros
[editar | editar código-fonte]Em 1990, foi lançado Eiko by Eiko, uma coleção de seus trabalhos com arte e design gráfico.[11] Um segundo livro, Eiko on Stage, foi publicado em 2000, com trabalhos novos.[12]
Morte
[editar | editar código-fonte]Eiko morreu em Tóquio, em 21 de Janeiro de 2012, devido a um câncer de pâncreas, aos 73 anos.[1][4][6]
Filmografia
[editar | editar código-fonte]- Mishima: A Life in Four Chapters (1985)
- Closet Land (1991)
- Drácula de Bram Stoker (1992)
- A Cela (2000)
- The Fall (2006)
- Theresa: The Body of Christ (2007)
- Imortais (2011)
- Mirror Mirror (2012)
Referências
- ↑ a b c d e f g Margalit Fox, ed. (26 de janeiro de 2012). «Eiko Ishioka, Multifaceted Designer and Oscar Winner, Dies at 73». The New York Times. Consultado em 27 de janeiro de 2012
- ↑ a b c George Fuller (ed.). «Who was Eiko Ishioka and what are the designs that made her famous?». The Telegraph. Consultado em 11 de maio de 2019
- ↑ «88th Academy Awards». Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Consultado em 3 de março de 2017
- ↑ a b c d e f g Kayleigh Donaldson (ed.). «FORGOTTEN WOMEN OF GENRE: EIKO ISHIOKA». Syfy Wire. Consultado em 11 de maio de 2019
- ↑ a b «The genius of Eiko Ishioka». HT Mint. Consultado em 22 de fevereiro de 2013
- ↑ a b c d e Veronica Horwell (ed.). «Eiko Ishioka obituary». London: The Guardian. Consultado em 22 de fevereiro de 2013
- ↑ «The Image Maker». W Magazine. Consultado em 22 de fevereiro de 2013
- ↑ «The Next BIG Thing». Houston Rockets. Consultado em 16 de agosto de 2012
- ↑ «Red's in fashion again / Web sales put Rockets' sleek new look before public». Houston Chronicle. Consultado em 16 de agosto de 2012
- ↑ a b Rose Miranda (ed.). «Trailblazer, Provocateur, Visionary». UCLA Library News. Consultado em 11 de maio de 2019
- ↑ «Eiko by Eiko». Goodreads. Consultado em 11 de maio de 2019
- ↑ «Eiko on Stage». Consultado em 11 de maio de 2019