Enéas Castor Ferreira – Wikipédia, a enciclopédia livre

Enéas Castor Ferreira
Vereador de Fundão
Período 1936
Dados pessoais
Nascimento ca. 1893
Morte 1983 (90 anos)
Nacionalidade brasileiro
Partido ARENA
Profissão comerciante[1]

Enéas Castor Ferreira ([onde?], ca. 1893[onde?], 1983) foi um comerciante e político brasileiro. Apesar ter sido vereador de Fundão durante apenas seis meses em 1936[2], deteve grande influência no município por cerca de quarenta anos. É considerado o último representante do coronelismo no Espírito Santo.[1]

Desde meados da década de 1930 a da década de 1970, todos os prefeitos de Fundão, empossados através do voto direto ou não, foram impostos pelo coronel Ferreira, que era filiado à ARENA[2]. Nesse período, foram prefeitos seu genro Jasson Rodrigues Sarmento (duas vezes) e seu filho Jeovah Miranda Ferreira. A escalada do coronel só foi interrompida em 1973[1], com a eleição do então emedebista[3] Sebastião Carreta (1934–).[4][2]

Enéas Ferreira tinha laços com o ministro da Justiça Eurico Sales e os então governadores do Espírito Santo Jones dos Santos Neves e Carlos Lindenberg, este, padrinho de uma filha do coronel, que era pai de oito filhos.[2][1] A proximidade com o governo do estado garantiu que Ferreira pudesse nomear diretores de escolas e delegados. Segundo seu adversário político Sebastião Carreta, o grupo do coronel não era corrupto, mas não visava melhorar as condições de vida no município de Fundão e era coercivo contra quem Ferreira quisesse.[2]

Após a vitória de Carreta nas eleições de 1972, o poder de influência do coronel Ferreira decaiu. Faleceu em 1983, quando já estava com a saúde debilitada.[2]

Referências

  1. a b c d MEDEIROS, Rogério (1976). «O Coronelismo». Século Diário. Consultado em 15 de setembro de 2012 
  2. a b c d e f RANGEL, Sávio Pulcheira (2012). «A influência da política estadual na organização política do município de Fundão nas décadas de 1970, 1980 e 1990». Caderno de resumos & Anais do 6º. Seminário Brasileiro de História da Historiografia – O giro-linguístico e a historiografia: balanço e perspectivas. Consultado em 26 de novembro de 2012. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  3. «Eleições 1972». Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo. Consultado em 17 de agosto de 2011 [ligação inativa]
  4. «Detalhes do Registro de Candidatura - Vice-Prefeito -Sebastião Carreta». Tribunal Superior Eleitoral. Consultado em 17 de fevereiro de 2012. Arquivado do original em 3 de março de 2016