Esmirna – Wikipédia, a enciclopédia livre
Esmirna İzmir • Smyrna • Smirne | |
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Área metropolitana (büyükşehir) | |
De cima para baixo e da esquerda para a direita: 1) Praça Konak; 2) Edifício do Asansör (elevador), em Karataş, Konak; 3) ; 4) Torre do Relógio (Saat Kulesi), na Praça Konak; 5) Alsancak ; 6) Arranha-céus de Bayraklı | |
Apelido(s) | Pérola do Egeu |
Localização | |
Mapa da província de Esmirna com a cidade em destaque | |
Localização de Esmirna na Turquia | |
Coordenadas | 38° 26′ N, 27° 09′ L |
País | Turquia |
Região | Egeu |
Província | Esmirna |
Características geográficas | |
Área total [1] | 1 517 km² |
População total (dezembro de 2021) [2] | 3 152 584 hab. |
Densidade | 2 078,2 hab./km² |
Altitude | 30 m |
Código postal | 35000 |
Prefixo telefónico | 232 |
Sítio | www |
Esmirna[3][4][5] (em turco: İzmir; em grego: Σμύρνη; romaniz.: Smýrni; também conhecida noutras línguas como Smyrna e Smirne) é uma cidade do sudoeste da Turquia situada na região do Egeu. É capital da área metropolitana (büyükşehir belediyesi) e da província homónima. A cidade tem 1 517 km² de área[1] e em dezembro de 2021 tinha 3 152 584 habitantes (densidade: 2 078,2 hab./km²),[2][a] o que faz dela a terceira maior cidade da Turquia, a seguir a Istambul e Ancara.[b] A altitude média da cidade é 30 metros.
Mitologia
[editar | editar código-fonte]De acordo com Estrabão, Esmirna era o nome antigo de Éfeso, e o nome deriva de uma amazona que conquistou Éfeso.[6] Porém, outros autores mencionam Esmirna como a mãe de Adônis: sua mãe teria dito que ela era mais bela que Afrodite e a deusa a amaldiçoou, fazendo com que ela se apaixonasse pelo próprio pai; desta união nasceu Adónis.[7][8][9] Segundo William Smith, o nome da cidade deriva da mãe de Adônis, mas omite a história sobre o incesto entre Esmirna e seu pai.[10]
História
[editar | editar código-fonte]A cidade de cinco mil anos é uma das cidades mais antigas da bacia de Mediterrâneo. A cidade original foi estabelecida por volta do 3,º milênio a.C., quando compartilhou com Troia a cultura mais importante da Anatólia. Por volta de 1 500 a.C. tinha caído na influência do Império Hitita da Anatólia Central.
De acordo com historiadores e mitógrafos gregos, as cidades da costa asiática do mar Egeu, Mirina, Cime, Esmirna e Éfeso, haviam sido conquistadas pelas amazonas; Archibald Sayce interpreta este mito como se estas amazonas fossem as sacerdotisas das deusas asiáticas, cujo culto se espalhou a partir de Carquemis com as conquistas hititas.[11]
Segundo o historiador grego Heródoto, a cidade foi primeiro estabelecida pelos eólios, mas foi logo depois tomada pelos jônios, que a tornaram um dos maiores centros culturais e comerciais do mundo na época. No 1,º milênio a.C., Esmirna era uma das cidades mais importantes da Liga Jônia. Acredita-se que Homero lá residiu durante este período.[carece de fontes]
A conquista da cidade pelos lídios por volta de 600 a.C. trouxe fim a este período. Esmirna permaneceu como pouco mais que uma aldeia da Lídia e depois caiu sob o domínio persa. Antes do século IV a.C., uma nova cidade foi construída nas encostas do monte Pagos (Kadifekale), durante o reino de Alexandre, o Grande. O período romano de Esmirna, que começa antes do século I a.C., foi a sua segunda grande era. Esmirna ficou depois conhecida como uma das Sete Igrejas da Ásia, à qual o Livro da Revelação (Apocalipse) foi enviado pelo apóstolo João. Também é local de destino da Epístola aos Esmirniotas, de Santo Inácio de Antioquia. O domínio bizantino chegou no século IV d.C. e durou até à conquista seljúcida no século XI.
Em 1415, sob o poder do sultão Maomé I, o Cavalheiro, Esmirna tornou-se parte do Império Otomano. A cidade ficou conhecida como um dos portos mais importantes do mundo entre os séculos XVII e XIX, quando os comerciantes de várias origens (especialmente Franceses, Italianos, Neerlandeses, armênios, judeus e gregos) transformaram a cidade em um centro de comércio cosmopolita. Durante este período, a cidade foi famosa pela sua própria marca da música (Smyrneika) bem como pela sua larga variedade de produtos que exportou para a Europa (passas de Esmirna, figos secos, tapetes, etc.).
Esmirna e a Guerra Fria no século XX
[editar | editar código-fonte]Entre 1961 e 1963, foram instalados em uma base militar em Çiğli. perto de Esmirna, quinze mísseis balísticos móveis de médio alcance (IRBM) Jupiter dos Estados Unidos. Os mísseis foram espalhados entre cinco sítios de lançamento nas montanhas perto de Esmirna. A Força Aérea Turca veio depois a controlar os mísseis, mas o pessoal de Força Aérea dos Estados Unidos manteve o controle do armamento das ogivas nucleares. A consequência dessa instalação de mísseis na Turquia foi a crise dos mísseis de Cuba, um dos mais críticos eventos da Guerra Fria, em outubro de 1962. Como a parte do acordo da crise, eles foram retirados em abril de 1963. As posições exatas dos cinco sítios, com três mísseis cada um, são ainda secretas, mais de quarenta anos depois.
Esmirna hoje
[editar | editar código-fonte]A cidade era conhecida até ao princípio do século XX por ser uma das cidades mais cosmopolitas no mundo, com uma grande população de gregos e armênios.[carece de fontes] Com 2 500 pessoas, a comunidade judia de Esmirna é a segunda maior da Turquia, a seguir à de Istambul.[12] Depois da guerra de independência turca a população grega foi mudada para a Grécia. A população atual é predominantemente turca.
Esmirna é muitas vezes chamada a "pérola do Egeu". É considerada a cidade mais ocidentalizada da Turquia quanto a valores, ideologia, estilo de vida e papéis de gênero.[parcial]
Personalidades
[editar | editar código-fonte]- Giórgos Seféris (1900-1971), prémio Nobel da Literatura de 1963
Notas
- ↑ Os dados de área e população apresentados são os do conjunto dos distritos urbanos que constituem usualmente se consideram constituir a cidade de Esmirna: Balçova, Bayraklı, Bornova, Buca (Turquia) Çiğli, Gaziemir, Güzelbahçe, Karabağlar, Karşıyaka, Konak, Menemen e Narlıdere.
- ↑ Embora a população da cidade seja inferior à de Ancara, Esmirna aparece referida em muitas fontes como sendo a segunda cidade da Turquia em termos de população.
Referências
- ↑ a b «Áreas de províncias e distritos» (XLS). www.harita.gov.tr (em turco). Direção Geral de Cartografia. Ministério da Defesa da Turquia. 2014. Cópia arquivada em 19 de janeiro de 2025
- ↑ a b «31 Aralik 2021 Tarİhlİ adrese dayali nüfus kayit sıstemı (ADNKS) sonuçlari beledıye nüfuslari» [Resultados do sistema de registo da população baseado em endereços (ADNKS) datado de 31 de dezembro de 2021. Populações de distritos] (XLS) (em turco). Instituto de Estatística da Turquia. www.tuik.gov.tr. Consultado em 8 de janeiro de 2025. Cópia arquivada em 18 de novembro de 2024
- ↑ Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e Gentílicos. I. Porto: Editora Educação Nacional, Lda.
- ↑ Gradim, Anabela (2000). «9.7 Topónimos estrangeiros». Manual de Jornalismo. Covilhã: Universidade da Beira Interior. p. 167. ISBN 972-9209-74-X. Consultado em 27 de março de 2020
- ↑ Correia, Paulo (Outono de 2022). «Turquia — apontamentos para ficha de país» (PDF). a folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. Consultado em 2 de fevereiro de 2023
- ↑ Estrabão, Geografia, Livro XIV, Capítulo 1, 4 [fr] [en] [en] [en]
- ↑ Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 3.14.4
- ↑ Pseudo-Plutarco, Parallela Minora, 22. Esmirna e Valéria Tusculanaria
- ↑ (Pseudo-)Higino, Fabulae, LVIII, Esmirna
- ↑ William Smith, Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology, Smyrna [1]Arquivado em 18 de maio de 2013, no Wayback Machine. [em linha]
- ↑ Sayce, Archibald, The Hittites: The Story of a Forgotten Empire (1925)
- ↑ «Ysrail'deki Yzmyr». www.yeniasir.com.tr (em turco). Yeni Asir. 6 de fevereiro de 2009. Consultado em 6 de outubro de 2010. Arquivado do original em 14 de setembro de 2007
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Informação turística de Esmirna (em turco). www.izmirturizm.gov.tr
- Feira Internacional de Esmirna (em turco e inglês). www.izmirfair.com.tr