Estácio de Sá – Wikipédia, a enciclopédia livre
Estácio de Sá | |
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Fundação da cidade do Rio de Janeiro por Estácio de Sá. | |
1° Governador-geral do Rio de Janeiro | |
Período | 1565 a 1567 |
Sucessor(a) | Mem de Sá |
Dados pessoais | |
Nascimento | 1520 Santarém, Portugal |
Morte | 20 de fevereiro de 1567 (47 anos) São Sebastião do Rio de Janeiro, Capitania do Rio de Janeiro, Estado do Brasil |
Profissão | Militar |
Estácio de Sá (Santarém, 1520 — São Sebastião do Rio de Janeiro, 20 de fevereiro de 1567) foi um militar português, fundador da cidade do Rio de Janeiro, e primeiro governador-geral da Capitania do Rio de Janeiro, no período colonial.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de Gonçalo Correia (1510–1515) e Filipa de Sá (1515–1529), sua primeira esposa.[carece de fontes] Da segunda esposa, Maria Rodrigues (1529–1535), Gonçalo Correia teria outros filhos. Eram seu irmão Francisco de Sá e seu primo Salvador Correia de Sá nascido em 1540. Alguns historiadores dizem que da segunda esposa, Gonçalo Correia teve um filho, Manuel Correia Vasques;[carece de fontes] outros dizem ser este filho de Martim Silva de Sá e de D. Maria de Mendoza.
Seja como for, Estácio era sobrinho de Mem de Sá e chegou a São Salvador da Bahia de Todos os Santos, na atual Baía de Todos os Santos, em 1564 com a missão de expulsar definitivamente os franceses remanescentes na Baía de Guanabara e ali fundar uma cidade. Devido às dificuldades do início da colonização, somente em 1565, com reforços obtidos na então Capitania de São Vicente e com o auxílio dos jesuítas, conseguiu reunir uma força de ataque para cumprir a sua missão. Deixando o Espírito Santo em 20 de janeiro de 1565, em 1 de março, fundou a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, em terreno plano entre o Morro Cara de Cão e o Morro do Pão de Açúcar, sua base de operações. O objetivo da fundação foi dar início à expulsão dos franceses que já estavam na área há dez anos.[1]
Combateu os franceses e seus aliados indígenas por mais dois anos. Em 20 de janeiro de 1567, com a chegada da esquadra comandada por Cristóvão de Barros com reforços comandados pessoalmente por seu tio Mem de Sá (indígenas mobilizados pelos padres jesuítas José de Anchieta e Manuel da Nóbrega), lançou-se ao ataque, travando os combates de Uruçu-mirim (atual Praia do Flamengo) e Paranapuã (atual Ilha do Governador).
Gravemente ferido por uma flecha envenenada indígena, possivelmente uma técnica Puri, que lhe vazou um olho durante a Batalha de Uruçu-mirim (20 de janeiro), veio a falecer um mês mais tarde (20 de fevereiro), provavelmente por septicemia decorrente do ferimento.[2]
Existe uma capela na Igreja de São Sebastião dos Frades Capuchinhos do Rio de Janeiro, no bairro da Tijuca, onde está a sua campa tumular onde encontra-se a seguinte inscrição:
"Aqui jaz Estácio de Saa, 1o Capitam e Conquistador desta terra cidade, e a campa mandou fazer Salvador Correa de Saa, seu primo, 2o Capitam e Governador, com suas armas e essa Capela acabou o ano de 1583."
Atualmente, apenas a antiga lápide encontra-se na Igreja de São Sebastião dos Capuchinhos, pois seus restos mortais encontram-se no Monumento a Estácio de Sá, no Aterro do Flamengo, projetado por Lúcio Costa em 1973.[3]
- "Partida de Estácio de Sá" (Benedito Calixto mostrando o padre Manuel da Nóbrega benzendo a esquadra que vai combater os franceses na Baía de Guanabara
- Igreja de São Sebastião dos Capuchinhos, no Morro do Castelo, durante a transladação dos restos mortais de Estácio de Sá, em 1922, antes da sua demolição. Acervo do Instituto Moreira Salles
- Lápide tumular de Estácio de Sá, no interior da Igreja de São Sebastião dos Capuchinhos, na Tijuca
- Monumento a Estácio de Sá, no Flamengo, onde atualmente está seus restos mortais
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Invasões francesas do Brasil
- Forte Coligny
- Entrincheiramento de Uruçumirim
- Entrincheiramento de Paranapuai
Referências
- ↑ Macedo, J.M. de (1876). Brazilian biographical annual (em inglês). 2. Rio de Janeiro: Typographia e lithographia do Imperial Instituto Artistico. pp. 121–122
- ↑ Bueno, E. (2003). Brasil: uma história 2 ed. São Paulo: Ática. p. 80
- ↑ «Lixo enfeia paisagem no Monumento a Estácio de Sá, no Aterro do Flamengo». O Globo. 2 de agosto de 2011. Consultado em 17 de agosto de 2023
Precedido por Primeiro governador-geral | Governador do Rio de Janeiro 1565 – 1567 | Sucedido por Mem de Sá |