Estado vilão – Wikipédia, a enciclopédia livre
Estado vilão (em inglês: rogue state),[1][2][3][4][5] ou Estado delinquente,[6][7] é aquele Estado considerado como uma ameaça à paz mundial. Trata-se de um termo controverso usado por alguns teóricos internacionais. A ameaça é percebida a partir da satisfação de determinados critérios, como ser governado por regimes autoritários que restringem severamente os direitos humanos, patrocinam o terrorismo e buscam a criação e proliferação de armas de destruição em massa.[8] Esse termo é usado na maioria das vezes pelos Estados Unidos (embora o Departamento de Estado dos Estados Unidos tenha oficialmente parado de usar o termo em 2000[9]); entretanto, tem sido utilizado por outros países também.[10] Em 2017, num discurso à ONU, o presidente Donald Trump reiterou a expressão.[11] No entanto, o referido termo tem sido aplicado por outros países, como a Alemanha, assim como para o próprio Estados Unidos.
Um Estado vilão deve ser diferenciado dos "Estados párias", como a Birmânia (Myanmar) e o Zimbabwe que abusam dos direitos humanos de suas populações sem serem considerados uma ameaça concreta para além das suas próprias fronteiras, embora os termos sejam por vezes usados como sinônimos.
Classificações
[editar | editar código-fonte]Estados atualmente considerados "Estados vilões" pelos EUA:
Estados anteriormente considerados "Estados vilões" pelos EUA:
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Correa, Silva, Julio Henrique (24 de julho de 2013). «A responsabilidade de proteger enquanto proposta de código ético para as relações internacionais: o "sucesso" do caso líbio»
- ↑ Santos, Maria Helena de Castro. «Parcerias estratégicas do Brasil». 11 de novembro de 2015
- ↑ Outubro: revista do Instituto de Estudos Socialistas. [S.l.]: Instituto de Estudos Socialistas. 2007
- ↑ «- AUN USP». www.usp.br. Consultado em 17 de junho de 2018
- ↑ Chomsky, Noam (19 de maio de 2017). Quem Manda no Mundo?. [S.l.]: Editora Planeta do Brasil. ISBN 9788542210279
- ↑ Lowe, Norman (1 de outubro de 2016). História do Mundo Contemporâneo. [S.l.]: Penso Editora. ISBN 9788563899163
- ↑ «A razão do mais forte - Le Monde Diplomatique». diplomatique.org.br. Consultado em 17 de junho de 2018
- ↑ Rogue States?, Arms Control and Dr. A. Q. Khan.
- ↑ a b c d e f Post–cold War Policy – Isolating and punishing "rogue" states in the Encyclopedia of the New American Nation
- ↑ Minnerop, Petra. (2002). "Rogue States – State Sponsors of Terrorism?" Arquivado em 2007-12-12 no Wayback Machine. German Law Journal, 9.
- ↑ «US could destroy North Korea - Trump». BBC News. 19 de setembro de 2017
- ↑ a b Politics: Who are today's rogue nations?, Inter Press Service, 20 de maio de 2001
- ↑ a b c d e «Analysis: The new bogeymen». BBC News. 12 de dezembro de 2001
- ↑ «Trump eleva a Venezuela a la categoría de «Estado canalla»». DIARIO ABC
- ↑ Yugoslavia a `rogue state' - Deseret News, 5 de novembro de 1998
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Blum, William (2006). Rogue state: a guide to the world's only superpower. [S.l.]: Zed Books. ISBN 978-1-84277-827-2
- Chomsky, Noam (2000). Rogue States: The Rule of Force in World Affairs. [S.l.]: Pluto Press. ISBN 978-0-7453-1708-3
- Derrida, Jacques (2005). Rogues: Two Essays on Reason. [S.l.]: Stanford University Press. ISBN 978-0-8047-4951-0 (Translated by Pascale-Anne Brault, Michael Naas)
- Litwak, Robert (2000). Rogue states and U.S. foreign policy: containment after the Cold War. [S.l.]: Woodrow Wilson Center Press. ISBN 978-0-943875-98-9