Expedição 51 – Wikipédia, a enciclopédia livre

Expedição 51
Insígnia da missão
Expedição 51
Informações da missão
Estação espacial Estação Espacial Internacional
Espaçonave Soyuz MS-03
Soyuz MS-04
Número de tripulantes 5
Início 10 de abril de 2017, 07:57:26 UTC[1]
Término 02 de junho de 2017, 10:47:04 UTC[1]
Duração 53d 2h 49m
Imagem da tripulação
Da esquerda para a direita: Fischer, Yurchikhin, Pesquet, Whitson e Novitskiy
Da esquerda para a direita:
Fischer, Yurchikhin, Pesquet, Whitson e Novitskiy
Navegação
Expedição 50
Expedição 52

Expedição 51 foi uma expedição à Estação Espacial Internacional realizada entre 10 de abril e 2 de junho de 2017. Ela contou com cinco tripulantes, dois norte-americanos, dois russos e um francês. Foi a primeira vez em muitos anos que uma expedição contou apenas com cinco integrantes ao invés dos tradicionais seis. Isso se deveu à decisão da Agência Espacial Russa de diminuir o número de cosmonautas russos no espaço simultaneamente por questões de custos, fazendo com que a segunda metade da expedição, lançada na Soyuz MS-04, contasse apenas com dois astronautas, que se juntaram aos três já existentes na estação, vindos da expedição anterior.[2]

Esta expedição assistiu a vários feitos espaciais femininos. A norte-americana Peggy Whitson tornou-se a primeira mulher a comandar duas expedições na ISS, tendo previamente comandado a Expedição 16, a mulher mais velha em órbita – 56 anos – e a mulher com mais tempo no espaço.[3] Também é a primeira mulher a participar de três expedições sucessivas na ISS, as expedições 50, 51 e 52. Em 24 de abril de 2017, ela quebrou o recorde de tempo de permanência no espaço por qualquer astronauta americano, de qualquer sexo, num total acumulado de 534 dias.[4]

Posição Primeira parte
(Abril de 2017)
Segunda parte
(Abril até junho de 2017)
Comandante Estados Unidos Peggy Whitson[5]
Engenheiro de voo 1 Rússia Oleg Novitskiy
Engenheiro de voo 2 França Thomas Pesquet
Engenheiro de voo 3 Rússia Fyodor Yurchikhin
Engenheiro de voo 4 Estados Unidos Jack Fischer

Desde o século XI brasões de armas tem sido usados como emblemas para designar grupos humanos tão pequenos quanto famílias ou tão grandes quanto nações inteiras. A insígnia desta expedição foi desenhada como um moderno brasão internacional, mesclando a tradicional forma de escudo com o nosso moderno símbolo de conquista, a Estação Espacial Internacional. O desenho de fundo representa o nosso mundo-lar e seus habitantes à esquerda e o espaço exterior à direita. A ISS em duas cores faz a ponte entre os dois mundos, simbolizando os benefícios colhidos na Terra pela pesquisa espacial e ao mesmo tempo indica a nossa missão de explorar cada vez mais profundamente o espaço, num caminho constante para novas descobertas e conhecimentos. Ela traz na borda os nomes e as bandeiras nacionais dos tripulantes e sobre o fundo azul escuro do espaço, o número desta expedição.[6]

Entre as dezenas de experiências científicas feitas nesta missão, as principais foram a exploração de microorganismos presentes dentro da ISS, a medição da intensidade de raios cósmicos e o estudo da maneira como a comida e os medicamentos reagem à liofilização na microgravidade. Outras experiências nas áreas de astrofísica, microbiologia e fluidos também foram realizadas.[6] Em abril, um painel de uma das janelas da Cúpula da ISS foi reparado, usando um novo método de conserto que não põe em risco a queda da pressurização no local, devido a um novo desenho destes painéis. A espaçonave não-tripulada de carga Cygnus acoplou-se à estação, levando equipamentos e suprimentos para a tripulação. Duas caminhadas espaciais para manutenção externa e instalação de novas antenas foram feitas por Whitson e Jack Fischer.[7]

Em 24 de abril, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou desde o Salão Oval na Casa Branca com a astronauta Peggy Whitson, comprimentando-a pelo recorde de permanência no espaço que ela conquistava naquele dia. Em maio, estudantes secundários de escolas do estado de Utah também conversaram e fizeram perguntas ao vivo aos astronautas Whiston e Fischer.[8] A missão encerrou-se no dia 2 de junho de 2017, com a troca de comando entre Whitson o e o cosmonauta russo Fyodor Yurchikhin, dando início à Expedição 52.

Referências

  1. a b «ISS: Expedition 51» 
  2. Irene Klotz. «NASA, Russia Set Flights for Trimmed-Down Space Station Crew». space.com. Consultado em 21 novembro 2016 
  3. Chiara Palazzo Associated Press. «Nasa veteran Peggy Whitson becomes the oldest woman in space as she blasts off for ISS». Telegraph.co.uk. Consultado em 19 de novembro de 2016 
  4. «Astronaut Peggy Whitson Sets NASA Record For Most Days In Space». Consultado em 25 abril 2017 
  5. «NASA, Space Station Partners Announce Crew Members for Missions in 2017». NASA. 6 de agosto de 2015. Consultado em 16 de fevereiro de 2016 
  6. a b «Mission Summary» (PDF). NASA. Consultado em 27 junho 2017 
  7. «ISS: Expedition 51». spacefacts.com. Consultado em 27 junho 2017 
  8. «Utah Students to Speak to NASA Astronauts on International Space Station». NASA. Consultado em 27 junho 2017