Federação Ibérica de Juventude Libertária – Wikipédia, a enciclopédia livre
Juventude Libertária Federação Ibérica de Juventude Libertária Federación Ibérica de Juventudes Libertarias | |
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Fundação | 1932 |
Ideologia | Anarquismo Antiautoritarismo Socialismo libertário Anarcafeminismo Antimilitarismo |
Página oficial | |
juventudeslibertarias.com | |
A Federação Ibérica de Juventude Libertária[1] (Espanhol: Federación Ibérica de Juventudes libertarias (FIJL)), às vezes abreviada como Juventude Libertária (Juventudes libertarias), é uma organização socialista libertária[2] criada em 1932 em Madrid.[3] Existe até hoje.
História
[editar | editar código-fonte]A FIJL foi criada em 1932 em Madrid.[3] Em Fevereiro de 1937, a FIJL organizou um plenário de organizações regionais (segundo congresso da FIJL). Em Outubro de 1938, de 16 a 30 de Março em Barcelona, a FIJL participou num plenário nacional do movimento libertário, na qual participaram também membros da Confederação Nacional do Trabalho (CNT) e da Federação Anarquista Ibérica (FAI).[4]
Durante a purga nas jornadas de maio do Partido Operário de Unificação Marxista (POUM) e outroa organizações anti-stalinistas, que teve lugar em Barcelona no final da Guerra Civil Espanhola, muitos membros da FIJL foram assassinados por aqueles que agiam sob as ordens de Josef Stalin. [5] Após a Guerra Civil, a FIJL atuou em duas filiais: uma no exílio em Paris e uma organização doméstica secreta e ilegal sob o regime de Franco. Alguns membros da FIJL foram associados ao Grupo do Primeiro de Maio.[6] A FIJL foi proibida na França em 1963.[7]
O membro mais famoso da organização foi Federico Borrell García, o tema da fotografia mais conhecida de Robert Capa, The Falling Soldier. A imagem, tirada em 1936, retrata o momento da morte de García durante a Guerra Civil Espanhola.
Século 21
[editar | editar código-fonte]Durante o início dos anos 2000, a FIJL começou a evoluir para posições insurrecionistas e as suas diferenças com o anarco-sindicalismo tornaram-se mais evidentes; isto deveu-se à influência do black bloc nos protestos de altermundialismo e à influência dos desenvolvimentos da Itália e da Grécia. Depois disso, sofreu um período de repressão estatal significativa, resultando em inatividade.[8]
Em 2006, uma nova geração de jovens anarquistas decidiu estabelecer uma nova FIJL. A nova organização diferenciava-se da FIJL insurrecionista, defendendo criticamente o anarco-sindicalismo.[9] Em 2007, após um período sem comunicação da FIJL original, o novo grupo restabeleceu-se como FIJL, mas ao tomar conhecimento de um comunicado da organização insurrecionista[8] nomeou-se Federação Ibérica de Juventude Anarquista (Espanhol: Federación Ibérica de Juventudes Anarquistas (FIJA) ), mas afirmou representar o patrimônio ideológico da FIJL.[10] Eles publicam um jornal chamado El Fuelle.
Em Março de 2012, o insurgente FIJL separou-se,[11] levando a FIJA a reivindicar novamente o nome.[12] Actualmente, esta FIJL está presente nas Astúrias, em Cádis, em Donosti, em Granada, em Lorca (Múrcia) e em Madrid.[13]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ A FIJL é referida como a "Federação Ibérica de Juventude Libertária" em, entre outros:
- George Richard Esenwein, The Spanish Civil War: a Modern Tragedy, 2005, pág 269.
- Alexandre Skirda, Facing the Enemy: a History of Anarchist Organization from Proudhon to May 1968, 2002, pág 158.
- Peter Marshall, Demanding the Impossible: A History of Anarchism, 2010, pág 466.
- Graham Kelsey, Anarchosyndicalism, Libertarian Communism, and the State: the CNT in Zaragoza and Aragon, 1930-1937, 1991, pág 250.
- ↑ José Peirats & Chris Ealham, The CNT in the Spanish Revolution, Volume 2, 2001, pág. 76. "O movimento anarquista de jovens havia sido fundado logo após o nascimento da Segunda República ... Mais tarde, eles se espalharam por toda a Espanha até virem representar o terceiro ramo da grande família libertária ... A FIJL tinha concordado com a seguinte declaração de princípios: "... Esta Associação deve se esforçar para investir os jovens com uma convicção libertária, de forma a equipá-los individualmente para lutar contra a autoridade em todas as suas formas, seja em questões sindicais ou ideológicas, de modo a alcançar um arranjo social libertário'"
- ↑ a b Esenwein, pág.269
- ↑ Gómez Casas, p.237
- ↑ Beevor(1982) The Spanish Civil War, London, Cassell, pág. 275; photograph p.304.
- ↑ Meltzer, Albert (1996). I Couldn't Paint Golden Angels. Edimburgo: AK Press. ISBN 1-873176-93-7
- ↑ Alted Vigil, Alicia, and Lucienne Domergue. El exilio republicano español en Toulouse (1939 - 1999). Madrid: Univ. Nacional de Educación a Distancia, 2004. pág. 116
- ↑ a b Comunicado da FIJL
- ↑ Juventudes Anarquistas de León, "La Teoría de Cuerdas del Sindicalismo" o Grupo Bandera Negra "Lo que es y no es el 19 de julio" «Archived copy». Consultado em 2 de Julho de 2019. Arquivado do original em 22 de Fevereiro de 2014
- ↑ «Nace la Federación Ibérica de Juventudes Anarquistas». alasbarricadas.org. 11 de Agosto de 2007. Consultado em 2 de Julho de 2019
- ↑ Comunicado de disolución de la Federación Ibérica de Juventudes Libertarias (FIJL)
- ↑ «Federación Ibérica de Juventudes Libertarias – F.I.J.L». nodo50.org. 5 de Abril de 2012. Consultado em 2 de Julho de 2019. Arquivado do original em 4 de Junho de 2012
- ↑ Directorio de la Federación Ibérica de Juventudes Libertarias Arquivado em 2012-06-04 no Wayback Machine
Fontes
[editar | editar código-fonte]- Esenwein, George Richard. The Spanish Civil War: A Modern Tragedy, Routledge, 2005.
- Gómez Casas, Juan (1986). Anarchist Organisation: The History of the F.A.I., Black Rose Books Ltd., ISBN 0-920057-38-1.