Félix da Cunha – Wikipédia, a enciclopédia livre
Félix da Cunha | |
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Nascimento | 16 de setembro de 1833 Porto Alegre |
Morte | 21 de fevereiro de 1865 |
Sepultamento | Cemitério da Santa Casa de Misericórdia |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | jornalista, advogado, escritor, poeta, político |
Félix Xavier da Cunha (Porto Alegre, 16 de setembro de 1833 – Porto Alegre, 21 de fevereiro de 1865) foi um poeta, advogado, jornalista, escritor e político brasileiro.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho do brigadeiro Francisco Xavier da Cunha, que morreu em combate com os farroupilhas quando tinha 6 anos, e irmão de Francisco Xavier da Cunha.[1]
Formou-se em direito na Faculdade de Direito de São Paulo, em 1854.[2] Casou-se com Josefina Pinto Bandeira, filha de Vasco Pinto Bandeira e Ana Carolina da Silva Bandeira; sobrinha-neta de Rafael Pinto Bandeira e bisneta de Francisco Pinto Bandeira. Foi pai de Godofredo Xavier da Cunha, ministro do Supremo Tribunal Federal.
Enquanto estudante em São Paulo, colaborou com a Revista Mensal do Ensaio Filosófico Paulistano, na Revista Literária, na revista do Ateneu Paulista, no O Acaiaba e na revista A Propaganda.
Em Porto Alegre foi juiz municipal,[1] chefe de Polícia, advogado e presidente da Beneficência Porto-Alegrense em 1857.
Fundou o semanário O Guaíba (1856-1858), o primeiro periódico literário a ser publicado no Rio Grande do Sul. Também comprou o jornal O Mercantil,[1] substituindo João Cândido Gomes, escrevendo com Carlos Jansen e Pedro Antônio de Miranda e fazendo renome na imprensa provincial.[3]
Foi deputado provincial a partir de 1856. É considerado grande rearticulador do Partido Liberal no Rio Grande do Sul, ao lado de Manuel Luís Osório e Gaspar Silveira Martins.[1] Seu irmão Francisco também fez parte do partido, também tendo sido eleito deputado em 1877.
Um desentendimento com Lopes Teixeira, na câmara, levou à divisão do Partido Liberal: os liberais históricos, à que ele se uniu, e os liberais progressistas, com Lopes Teixeira.[3]
Faleceu vítima de tuberculose. É patrono da cadeira 3 da Academia Rio-Grandense de Letras. Está sepultado no Cemitério da Santa Casa de Misericórdia.[4] Segundo Aquiles Porto Alegre, "foi na tribuna e na imprensa politica, o que o seu pai, o brigadeiro Francisco Xavier da Cunha havia sido nos campos de combate: Valente, brioso, e patriota. [...] Morria aos trinta e dois anos de idade, tendo sido jornalista, orador, poeta e dramaturgo dos maiores que o Rio Grande do Sul já teve".[3] Sua obra literária foi toda publicada postumamente, destacando-se o volume Poesias.[1]
Referências
- ↑ a b c d e FRANCO, Sérgio da Costa. Porto Alegre: Guia Histórico. Porto Alegre: Editora da Universidade (UFRGS), 4ª edição, 2006, p. 127
- ↑ FRANCO, Sérgio da Costa. "Gaúchos na academia de direito de São Paulo no século 19". In: Revista Justiça & História, 1 (1-2)
- ↑ a b c PORTO-ALEGRE, Achylles. Homens Illustres do Rio Grande do Sul. Livraria Selbach, Porto Alegre, 1917, pp. 188-190
- ↑ "Os Roteiros do Cemitério da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre". Centro Histórico Santa Casa
- BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario bibliographico brazileiro. Typographia Nacional, Rio de Janeiro, 1893.