Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade – Wikipédia, a enciclopédia livre
Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade | |
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Coelho de Prata e Coelho de Ouro | |
Descrição | Festival de Cultura LGBT+ |
Data | 9 a 20 de novembro (edição de 2022)[1] |
Organização | Associação Cultural Mix Brasil |
Local | São Paulo |
País | Brasil |
Primeira cerimónia | 1993 |
Diretor(es) | André Fischer |
[mixbrasil |
O Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade é um festival de cinema internacional da cidade de São Paulo voltado para diversidade. Criado em 1993. Originou, no ano seguinte, o mais antigo e maior portal de informações e cultura pop LGBT do Brasil, de mesmo nome, que ficou no ar até 2015[2]. A expressão GLS (gays, lésbicas e simpatizantes), antecessora da atual "LGBT+", foi criada em 1994 para identificar os frequentadores do Festival, tendo sido rapidamente assimilada pela mídia.
Histórico
[editar | editar código-fonte]Cinema |
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Informação geral |
Movimentos e estilos |
Equipamentos |
Portal • Categoria |
O Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade foi criado em 1993 por André Fischer[3] (que também criou o portal MixBrasil) através do convite realizado pelo New York Gay and Lesbian Experimental Film Festival[4]. que decidiu ampliar seus horizontes e convidar curadores estrangeiros para mostrar as diferentes formas de expressão da sexualidade em outros países. Esse festival, realizado em Nova Iorque, passou a se chamar "MIX New York". André Fischer foi o responsável pela seleção da programação brasileira desse festival, com o nome Brazilian Sexualities.[5] A partir dessa participação brasileira no festival de Nova Iorque, o Departamento de Cinema do Museu da Imagem e do Som decidiu fazer um convite para sediar uma edição brasileira do festival, que ganhou o nome "I Festival MiX Brasil", sendo realizado a partir da seleção, realizada por André Fisher, de 76 trabalhos exibidos no Festival de Nova Iorque, editados em 12 programas de curtas. O festival brasileiro estreou dia 5 de outubro de 1993.
Desde a primeira edição foram editadas versões para a apresentação do festival em várias capitais brasileiras. A exibição do primeiro Festival Mix Brasil no Rio de Janeiro, marcada para acontecer na Casa Laura Alvim foi cancelada a 4 dias do evento por Beatriz Nogueira que decidiu que o Rio de Janeiro não estava preparado para esse evento. A apresentação no Rio de Janeiro foi improvisada na Torre de Babel a convite de Ringo Cardia.[5] As edições do festival passaram a ser realizadas anualmente e são bem recebidas por vários segmentos da sociedade por encarar a diversidade sexual de forma aberta.
Inicialmente exibia curtas-metragens com temática LGBT. Atualmente exibe teatro, música, literatura, conferências, laboratórios de cinema e filmes sobre a diversidade. Atualmente o Festival conta com João Federici na curadoria de filmes, Josi Geller como diretora administrativa, Vinícius Yamada com gerenciamento de conteúdo para web.
A 28º edição do Festival Mix Brasil ocorrereu entre os dias 11 a 22 de novembro de 2020 em formato híbrido devido a pandemia de COVID-19, presencial e de forma limitada em São Paulo, e online no site do festival.[6] A edição de 2021, também em formato híbrido, começou no dia 10 de novembro.[7]
Importância
[editar | editar código-fonte]O Festival Mix Brasil foi pioneiro ao exibir filmes para um grande público falando abertamente da sexualidade gay e lésbica, além da primeira mostra de vídeos sobre tatuagem e piercing, estando sintonizado com uma demanda por filmes onde as identidades dos segmentos LGBT fossem abordadas, contribuindo para uma maior aceitação e visibilidade.
Premiação
[editar | editar código-fonte]A primeira premiação do Festival Mix Brasil aconteceu em 1994, um ano após sua criação[8]. Tida como umas das primeiras premiações LGBTQIAP+ do Brasil, a cerimônia acontece anualmente em novembro com entrega de troféus, discursos e show musical.
São distribuídos oito prêmios pelo Júri oficial do Festival, são eles: Melhor Curta-Metragem Brasileiro, Melhor Longa-Metragem Brasileiro, Melhor Direção para Curta-Metragem Brasileiro, Melhor Direção para Longa-Metragem Brasileiro, Melhor Roteiro para Curta-Metragem Brasileiro, Melhor Roteiro para Longa-Metragem Brasileiro, Melhor Interpretação para Curta-Metragem Brasileiro, Melhor Interpretação para Longa-Metragem Brasileiro. Ainda existem as menções honrosas e prêmios especiais.
Além dos prêmios do júri, existe a premiação através do voto popular que elege quatro categorias: Melhor Curta-Metragem Nacional, Melhor Curta-Metragem Internacional, Melhor Longa-Metragem Nacional e Melhor Longa-Metragem Internacional.
Há também os prêmios especiais: Prêmio Ícone Mix, Prêmio Suzy Capó, Prêmio Canal Brasil de Curtas, Prêmio SescTV, Prêmio Show do Gongo.
Show do Gongo
[editar | editar código-fonte]O Show do Gongo é uma das premiações mais difíceis e almejadas do festival de cinema, já que os filmes são julgados pelo auditório em tempo real. A premiação é apresentada pela atriz Marisa Orth.[9]
Premiados
[editar | editar código-fonte]- . 2008
- Coelho de Ouro (melhor curta nacional): Para Que Não Me Ames (2008) de Andradina Azevedo e Dida Andrade; Coelho de Prata (melhor diretor): Para Que Não Me Ames (2008) de Andradina Azevedo e Dida Andrade
- . 2009
- Coelho de Ouro (melhor curta nacional): Garoto de Aluguel (2009) de Tarcisio Lara Ouiati; Coelho de Prata (melhor diretor): Duda Goter por "Na Madrugada"[10]
- . 2010
- Coelho de Ouro (melhor curta nacional): Eu não quero voltar sozinho (2010) de Daniel Ribeiro; Coelho de Prata (melhor diretor): Bailão (2009) de Marcelo Caetano[11]
- . 2011
- Coelho de Ouro (melhor curta nacional): Na sua companhia (2011) de Marcelo Caetano; Coelho de Prata (melhor diretor): Na sua companhia (2009) de Marcelo Caetano[12]
26º Festival Mix Brasil (2018)[13]
[editar | editar código-fonte]Ano | Categoria | Voto | Filme | Indicado | Resultado |
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2018 | Show do Gongo | Júri + Público | "Carnavrauu.ppt" | Vinícius Yamada[14] | Venceu |
2018 | Competitiva Brasil, pelo júri | Júri | "Sócrates" | Alex Moratto | Venceu |
2018 | Melhor Direção de Longa Nacional | Júri | "Sócrates" | Alex Moratto | Venceu |
2018 | Melhor Interpretação de Longa Nacional | Júri | "Sócrates" | Christian Malheiros | Venceu |
2018 | Melhor Longa-Metragem Nacional | Público | "Bixa Travesty"[15] | Linn da Quebrada, Claudia Priscilla e Kiko Goifman | Venceu |
2018 | Melhor Curta-Metragem Brasileiro | Júri | "Reforma" | Fábio Leal | Venceu |
2018 | Melhor Curta-Metragem Nacional: | Público | "Do Lado Dillah" | Washington Calegari | Venceu |
2018 | Melhor Longa-Metragem Internacional | Público | "Conquistar, amar e viver intensamente" | Christophe Honoré | Venceu |
2018 | Ícone Mix | Júri | - | João W. Nery | Venceu |
27º Festival Mix Brasil (2019)[16]
[editar | editar código-fonte]Ano | Categoria | Votação | Filme | Indicado | Resultado |
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2019 | Ícone Mix | Júri | - | Marina Lima[17] | Venceu |
2019 | Prêmio Canal Brasil de Curtas | Júri | "Swinguerra" | Barbara Wagner e Benjamin de Burca | Venceu |
2019 | Melhor Longa-Metragem Internacional | Público | "Retrato de Uma Jovem em Chamas" | Céline Sciamma | Venceu |
2019 | Competitiva Brasil | Júri + Público | "Uma garota chamada marina" | Candé Salles | Indicado |
2019 | Melhor Curta-Metragem Internacional | Público | "Les Saints de Kiko" | Manuel Marmier | Venceu |
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Festival Mix Brasil 2021: Confira a lista dos longas nacionais que estarão na programação da 29ª edição». Máxima. Consultado em 25 de outubro de 2021
- ↑ «Portal de notícias Mix Brasil encerra atividades depois de mais de 20 anos no ar». Revista Lado A. 17 de agosto de 2015. Consultado em 3 de junho de 2021
- ↑ «André Fischer comanda portal e festival de cinema GLS». Folha de SP
- ↑ «Histórico Festival Mix Brasil». Mix Brasil
- ↑ a b «Histórico: I Festival MiX Brasil». MixBrasil. 28 de julho de 2005. Consultado em 26 de abril de 2008
- ↑ «Mix Brasil :: Festival divulga programação de 2020. Confira a lista de filmes!». Papo de Cinema. Consultado em 10 de novembro de 2021
- ↑ «CELEBRANDO A DIVERSIDADE, FESTIVAL MIX BRASIL ACONTECERÁ EM FORMATO HÍBRIDO». Portal Exibidor. Tonks. Consultado em 10 de novembro de 2021
- ↑ Miller, Victor (26 de janeiro de 2022). «Conheça a história do "Troféu Triângulo Rosa", premiação LGBTQIA+ do Brasil que acontece desde 1991». GAY BLOG BR @gayblogbr. Consultado em 26 de janeiro de 2022
- ↑ «Show do Gongo encerra o Festival Mix Brasil 2018». Gay Blog Br
- ↑ http://mixbrasil.uol.com.br/cultura-gls/cinema/17ordm-festival-mix-brasil-e-encerrado-com-noite-cheia-de-premiados.html#rmcl
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 20 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 24 de novembro de 2010
- ↑ http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1008514-filme-frances-tomboy-e-o-vencedor-do-festival-mix-brasil.shtml
- ↑ «LISTA DE PREMIADOS 2018». 26ª Festival Mix Brasil. 26 de novembro de 2018. Consultado em 31 de dezembro de 2019
- ↑ «Festival Mix Brasil elege Vinícius Yamada como grande vencedor do Show do Gongo». Exame
- ↑ «'BIXA TRAVESTY', documentário de Linn da Quebrada, estreia em 21 de novembro». Gay Blog Br
- ↑ «PREMIAÇÃO 2019». 27º Festival Mix Brasil. 20 de novembro de 2019. Consultado em 31 de dezembro de 2019
- ↑ «Marina Lima é a homenageada com o prêmio 'Ícone Mix Brasil' na edição 2019». Gay Blog Br