Filhote – Wikipédia, a enciclopédia livre
Um filhote ou cria é um animal na sua primeira fase de vida, a qual normalmente perdura por alguns meses.
Trata-se de uma fase bastante sensível da vida dos animais, sobretudo quando se trata de mamíferos, pois eles são totalmente dependentes dos recursos, proteção e alimentos fornecidos pelos animais adultos.[1]
Desta forma, os filhotes se encontram no momento mais dependente dentre todas as fases de sua vida. Sem o auxílio dos animais mais experientes (normalmente seus pais ou demais membros de sua comunidade) dificilmente os filhotes conseguirão atingir a fase adulta[2].
Filhotes de mamíferos
[editar | editar código-fonte]Quase todos os filhotes de mamíferos nascem diretamente do corpo da mãe e em estágio avançado de desenvolvimento, ou seja, já nascem com uma forma semelhante à que terão quando forem adultos. Enquanto o filhote está se desenvolvendo dentro do útero materno, recebem nutrientes e oxigênio, através da placenta. Estas substâncias, necessária à sua sobrevivência, chegam ao feto pelo cordão umbilical[1].
Nem todos os mamíferos possuem placenta. Como exemplos, podem citar o ornitorrinco e a équidna, pertencentes a um grupo de mamíferos que põem ovos. Um outro caso especial é o grupo dos cangurus. As fêmeas destes animais possuem uma bolsa chamada marsúpio, onde o filhote fica protegido desde o seu nascimento até o seu completo desenvolvimento[1].
Instinto de proteção
[editar | editar código-fonte]Pesquisas indicam que os traços fisionômicos dos bebês mamíferos são considerados fatores benéficos para a preservação das espécies, uma vez que os animais estão instintivamente condicionados à se simpatizar e proteger os filhotes[3]. Essa afeição e sentimento de proteção causado ao ver um filhote garante que os adultos se mantenham responsáveis pela provisão de proteção e alimento das crias, mesmo que não sejam seus descendentes diretos. [3][4][5]
Ao ver um filhote, uma parte do cérebro conhecida como núcleo accumbens é ativada, sendo liberada grande quantidade de dopamina[4][5], substância relacionada à sensação de bem estar e prazer. Isso faz com que o nível de estresse e agressividade diminuam significativamente, dando lugar ao desejo de proteger esses pequenos seres[4].
Estudos garantem que a reação que temos ao nos deparar com filhotes, tem a função de atrair nossa atenção a tais criaturas tão indefesos. Deste modo, a simples visualização de um filhote inspira nosso instinto de cuidado e de carinho, despertando a vontade de ficar perto deles[5].
Referências
- ↑ a b c «Neonatologia veterinária: o que é isso?». Meus Animais. 3 de março de 2018. Consultado em 30 de novembro de 2019
- ↑ Antenor Andrade, Márcia Cristina Ribeiro Andrade, Antônio da Mota Marinho e Josane Ferreira Filho (2011). Biologia, manejo e medicina de primatas não humanos na pesquisa biomédica. [S.l.]: Fiocruz. ISBN 9788575411919
- ↑ a b «Por que gostamos de fotos de filhotes?». Superinteressante. Consultado em 30 de novembro de 2019
- ↑ a b c «Fator fofura: O porquê da nossa obsessão com fotos de bebês e animais». Shutterstock Blog Português. 12 de dezembro de 2014. Consultado em 30 de novembro de 2019
- ↑ a b c CRBio/RJ 96514/02-D, Karlla Patrícia-Bióloga; UFRJ, com Mestrado e Doutorado pela; Biologia, Administradora do Diário de (25 de outubro de 2012). «A ciência explica porque gostamos tanto de coisas fofas». Diário de Biologia. Consultado em 30 de novembro de 2019