Filipe de Valadares Sotomaior – Wikipédia, a enciclopédia livre
Filipe de Valadares Sotomaior[1] (Tavira, 15 de agosto de 1691 — Goa, 4 de maio de 1775) foi um administrador colonial português.
Trajetória
[editar | editar código-fonte]Fez parte do 12.º Conselho do Governo da Índia, junto com Dom António Taveira da Neiva Brum da Silveira, Arcebispo de Goa e João de Mesquita Matos Teixeira, chanceler da Relação de Goa e conselheiro de Estado, entre 1756 e 1758. Durante esse período, segundo Manuel José Gabriel Saldanha, autor de História de Goa: História política, junto com o conselheiro Teixeira, "andavam sempre em desinteligência por causa dos interesses próprios, em que só cuidavam..."[2] necessitando, por muitas vezes, que Dom António tivesse que intervir para que ambos não viessem às "vias de fato"[2]. Com tantos desmandos, abuso de autoridade e prevaricações, tão logo assumiu o governo da Índia o 1.º Conde da Ega, ambos foram chamados à Metrópole, a mando do Marquês de Pombal, sendo presos, tendo os bens confiscados e as honras tiradas[2].
Após hábeis negociações reais e com o uso de seu ouro levao à Índia como forte argumento, Sotomaior conseguiu ser libertado e regressou a Goa em 1764, sendo-lhe restituído tudo que lhe haviam retirado[2]. Com a morte de João José de Melo, foi nomeado em 1774 o 76.º Governador da Índia, ficando alguns meses no cargo. Durante esse período, foi expedido em Lisboa alvará "dando nova organização à administração política, civil e econômica da Índia"[2].
Casou-se com Luisa Francisca de Melo, sem deixar descendência.
Referências