Fisiologia vegetal – Wikipédia, a enciclopédia livre
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Julho de 2015) |
Em botânica, a fisiologia vegetal é a área de estudo que se dedica à análise das funções intrínsecas das plantas. Esta disciplina, profundamente enraizada na compreensão dos processos vitais, investiga uma ampla gama de fenômenos e tópicos fundamentais, entre os quais se destacam:
- Fotossíntese
- Respiração celular
- Nutrição vegetal
- Hormônio vegetal
- Tropismos
- Nastismos
- Fotoperiodismo
- Fotomorfogénese
- Ritmos circadianos
- Fisiologia do stress
- Germinação de sementes
- Dormência
- Função dos estomas e transpiração (relações hídricas)
Conceito[editar | editar código-fonte]
A fisiologia vegetal concentra-se na análise dos processos vitais inerentes às plantas. Estes fenômenos englobam aspectos do metabolismo vegetal, do desenvolvimento das plantas, dos movimentos que realizam e da sua reprodução.
Os fenômenos relacionados à herança genética constituem uma parcela tão substancial da fisiologia vegetal que deram origem a uma disciplina independente: a genética vegetal.
Este campo abarca todos os processos e estruturas que contribuem para a vitalidade de uma planta, estabelecendo-se como uma disciplina interdisciplinar que progride com notável celeridade como uma ciência. A compreensão das relações íntimas entre a estrutura e a função é de primordial importância, dado que as plantas se manifestam como organismos intrinsecamente dinâmicos.
Conceito de Planta[editar | editar código-fonte]
A fisiologia vegetal abrange tanto as plantas superiores quanto as inferiores, contemplando as variações contínuas que decorrem de um mesmo tema comum.
Composição dos Vegetais[editar | editar código-fonte]
A célula é a unidade elementar subjacente aos vegetais. Essas células contêm uma variedade de componentes, incluindo proteínas, ácidos nucleicos, lipídios, carboidratos e outros elementos essenciais.
Membrana Plasmática[editar | editar código-fonte]
A membrana plasmática, uma camada dupla composta principalmente de fosfolipídios, reveste as células vegetais. Esta estrutura altamente fluida é impermeável à maioria das moléculas polares e engloba diversas proteínas que desempenham papéis cruciais em funções estruturais e de transporte.
Vacúolos[editar | editar código-fonte]
Exclusivos das plantas e fungos, os vacúolos são vesículas internas volumosas, envolvidas por uma membrana conhecida como tonoplasto. Desempenham múltiplas funções, desde a manutenção da pressão de turgor até o armazenamento, modelagem do citoplasma e regulação do ambiente citoplasmático.
Núcleo[editar | editar código-fonte]
O núcleo, contendo o material genético da célula (DNA), atua como o centro de controle das operações celulares.
Sistemas de Endomembranas[editar | editar código-fonte]
As organelas ligadas por membranas, como o retículo endoplasmático (RE), desempenham papéis vitais na síntese e processamento de proteínas. O retículo endoplasmático pode ser liso ou rugoso (este último possui ribossomos aderidos), enquanto o complexo de Golgi (dictiossomos) está envolvido no processamento de glicoproteínas.
Mitocôndrias[editar | editar código-fonte]
As mitocôndrias, localizadas no interior das células, são responsáveis pela respiração celular e pelo metabolismo do carbono. Essas organelas possuem uma membrana dupla e são os principais locais de produção de energia na forma de ATP. Elas também apresentam um grau de autonomia, possuindo seu próprio DNA.
Plastídios[editar | editar código-fonte]
Exclusivos das plantas, os plastídios constituem uma família de organelas com membranas duplas derivadas de pré-plastídios. Os exemplos incluem os cloroplastos, leucoplastos e cromoplastos, cada um com funções específicas. Assim como as mitocôndrias, os cloroplastos possuem seu próprio DNA e operam de forma semiautônoma.
Microcorpos[editar | editar código-fonte]
Os microcorpos englobam uma variedade de organelas especializadas, como os peroxissomos, que se ocupam do metabolismo da catalase e do glicolato, e os glioxissomos, que estão envolvidos na conversão de gorduras em açúcares. Além disso, os hidrogenossomos constituem outra classe de microcorpos.
Citoesqueleto[editar | editar código-fonte]
Composto por microfibrilas de celulose, microtúbulos de tubulina e microfilamentos de actina, o citoesqueleto confere estrutura à célula. Estas estruturas dinâmicas desempenham funções variadas, como a formação de fusos mitóticos, orientação da parede celular e movimentação citoplasmática.
Parede celular[editar | editar código-fonte]
A parede celular, uma estrutura crucial nas plantas, é dividida em parede primária e parede secundária. A parede primária, elástica e composta principalmente por celulose e hemicelulose, permite o crescimento da célula. Por outro lado, a parede secundária, altamente lignificada, confere resistência.
Plasmodesmos[editar | editar código-fonte]
Os plasmodesmos são canais que atravessam as membranas entre as células, facilitando a comunicação e a transferência de materiais.
Células e tecidos[editar | editar código-fonte]
A fisiologia vegetal considera diferentes tipos celulares, como o parênquima, colênquima e esclerênquima. O sistema vascular, situado no cilindro central da raiz (estelo) e nos tecidos vasculares de caules e folhas, desempenha o papel de sistema de bombeamento.
Tipos celulares[editar | editar código-fonte]
A fisiologia vegetal considera diferentes tipos celulares, como o parênquima, colênquima e esclerênquima. O sistema vascular, situado no cilindro central da raiz (estelo) e nos tecidos vasculares de caules e folhas, desempenha o papel de sistema de bombeamento.
Xilema[editar | editar código-fonte]
O xilema é composto por traqueídes ocas e elementos de vasos condutores. Estas estruturas, já mortas na maturidade funcional, são responsáveis pelo transporte de água e sais minerais (seiva bruta).
Floema[editar | editar código-fonte]
O floema, ao contrário do xilema, mantém suas células vivas na maturidade. Apesar da ausência de núcleo nessas células, o floema é vital para o transporte da seiva elaborada, composta principalmente de glicose.
Órgãos[editar | editar código-fonte]
A fisiologia vegetal abrange os órgãos essenciais das plantas: raízes, folhas e caules. A vasta diversidade observada nessas estruturas é fundamental para a adaptação das plantas aos ambientes em que crescem.
Referências Bibliográficas[editar | editar código-fonte]
APPEZZATO-DA GLÓRIA, Beatriz; CARMELLO-GUERREIRO, Sandra Maria (ed). Anatomia Vegetal. 4ª ed. Viçosa (MG): Editora UFV, 2022.