Foday Sankoh – Wikipédia, a enciclopédia livre

Foday Sankoh
Líder da Frente Revolucionária Unida
Período 1991–2000
Dados pessoais
Nascimento 17 de outubro de 1937
Masang Mayoso, Tonkolili, Serra Leoa
Morte 29 de julho de 2003 (65 anos)
Freetown, Serra Leoa
Serviço militar
Serviço/ramo Serra Leoa Exército Serra-leonês
Anos de serviço 1956-1971
Graduação Cabo
Comandos FRU
Conflitos Guerra Civil de Serra Leoa

Foday Saybana Sankoh (17 de outubro de 1937Freetown, 29 de julho de 2003) foi o líder e fundador do grupo paramilitar de Serra Leoa chamado Frente Revolucionária Unida. Ele liderou esta organização durante os onze anos da Guerra Civil de Serra Leoa, entre 1991 e 2002. Sankoh chegou a servir como vice-presidente de Serra Leoa de 1999 até o ano 2000, período que também controlou legalmente as minas de diamantes. Estima-se que 50 mil pessoas foram mortas durante a guerra, e mais de 500 mil pessoas foram deslocadas para países vizinhos.[1]

Durante a guerra civil contra o governo de Serra Leoa, ele manteve controle sobre as minas de diamante do leste para financiar o conflito. Em muitos casos os rebeldes sob seu comando usaram trabalho escravo para executar a extração. Seus combatentes eram muito violentos contra a população local, torturavam, executavam assassinatos, saqueavam, praticavam mutilações, sequestravam e forçavam crianças a combater obrigando-as a consumir álcool e drogas para encoraja-las.[2]

Após uma década comandando a Frente Revolucionária Unida e presidindo sobre incontáveis massacres e abusos, Sankoh foi preso pelo governo serra-leonês no ano 2000 e logo depois foi entregue para um tribunal sob jurisdição da ONU. Chegou a ser autuado por dezessete acusações de crimes contra a humanidade e de guerra por um tribunal especial de Serra Leoa mas morreu na prisão antes de ser julgado. Considerado um cruel assassino, sua morte foi comemorada pela população do país.[2]

Sankoh morreu no hospital devido a complicações decorrentes de um acidente vascular cerebral enquanto aguardava julgamento na noite de 29 de julho de 2003.[3] Em uma declaração do tribunal de crimes de guerra apoiado pela ONU, o promotor-chefe David Crane disse que a morte de Sankoh lhe deu "um fim pacífico que negou a tantos outros”.[4] Ele foi enterrado em sua cidade natal, Magbruka, na província de Serra Leoa.

Referências

  1. Foday Sankoh: The Cruel Rebel. Página acessada em 2 de abril de 2016.
  2. a b "Morre Foday Sankoh, ex-líder rebelde de Serra Leoa". Página acessada em 11 de maio de 2013.
  3. «"Morre o líder rebelde de Serra Leoa Sankoh"». O Independente. 30 de julho de 2003. 
  4. «"Foday Sankoh: O rebelde cruel"». via news.bbc.co.uk. 30 de julho de 2003