Francisco Calheiros da Graça – Wikipédia, a enciclopédia livre
Francisco Calheiros da Graça (Maceió, 3 de junho de 1849[nota 1] — Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 1906) foi um militar da marinha brasileira, tendo chegado ao posto máximo de almirante.[2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Quarto filho de Guilherme José da Graça[nota 2], Francisco Calheiros da Graça nasceu em 3 de junho de 1849.
Aos 15 anos de idade, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde se inscreveu como praça aspirante da Marinha, em 29 de fevereiro de 1864.
Em 1866 ascendeu a Guarda-marinha e participou da Guerra do Paraguai no Vapor Princesa.
Em 1870 foi licenciado para tratamento de saúde, depois de lutar contra o Paraguai, e recebeu Voto de Louvor e Gratidão aprovado pela Câmara dos Deputados.
Recebeu, depois, os títulos de:
- Cavalheiro Imperial Ordem da Rosa e Cavalheiro da Ordem de Cristo;
- Medalha Geral da Campanha do Paraguai.[2]
Em 1879 foi promovido a capitão-tenente.[2]
Realizou diversos levantamentos hidrográficos:[1]
- em Santa Catarina em 1882;
- na enseada de Jurujuba em 1884;
- na baía de Guanabara em 1888;
- no Pará em 1889-90;
- na baía de Sepetiba em 1891;
- em Sergipe em 1894;
- em Pernambuco em 1894;
- na baía de Jacuecanga em 1895.
Desses levantamentos, Calheiro da Graça publicou vários mapas, como os:[3]
- Planta da Barra de S. Christóvão foz do Rio Vaza Barris[4]
- Planta do Porto de Tamandaré[5]
- Planta Hydrographica da Barra e Porto de Aracajú[6]
- Planta Hydrographica do Porto de Itacurussa[7]
Também foi incumbido a realizar outros levantamentos, na Comissão de Longitudes do senado.[8] Segundo o Barão de Teffé, eram trabalhos para
""resolver a questão ainda problematica da verdadeira posição geographica dos pontos principaes do nosso littoral."
Publicações
[editar | editar código-fonte]Além das publicações cartográficas, Calheiros da Graça publicou:[9]
- Memoria sobre á determinaçao das linhas magneticas do Brazil
- A bahia de Jacuacanga
- O Porto de Tamandaré, pelo Capitão de Mar e Guerra
- Preferencia do porto da Laguna sobre a enseada de Imbitua
- Primeiros trabalhos da Commissao de longitudes
- Estudios sobre a Barra da Laguna...
Naufrágios
[editar | editar código-fonte]Calheiros da Graça foi vítima de 3 naufrágios:[2]
- em 1881, em uma comissão científica que buscava determinar as linhas magnéticas da costa brasileira, quando naufragou o navio que conduzia a equipe que explorava a foz do Rio Preguiças no litoral maranhense;
- em 1887, a bordo do Imperial Marinheiro, que navegava pela barra do Rio Doce na costa do Espírito Santo;
- em 1906, após explosão do encouraçado Aquidabã, quando faleceu.
Morte em acidente
[editar | editar código-fonte]Em 21 de dezembro de 1906, estava a bordo do encouraçado Aquidabã, quando houve um incêndio seguido de explosões. Mesmo aconselhado a jogar-se na água, Calheiros da Graça permaneceu em seu posto, salvando outras pessoas. Ao fim, afundou com o encouraçado, em um naufrágio que causou a morte de 112 pessoas.[2]
Homenagens póstumas
[editar | editar código-fonte]Seu nome serve de identificação em vários ramos da atividade:
- Navio Hidrográfico Calheiros da Graça - anteriormente denominado de Vapor Itajubá;[10]
- Rua Almirante Calheiros da Graça, no Rio de Janeiro;[11]
- Alameda Calheiros da Graça, em Duque de Caxias[12]
- Rua Calheiros da Graça, em Laguna, Santa Catarina;[13]
Notas e referências
Notas
- ↑ Alguma biografia sua cita o mês de julho como mês de seu nascimento.[1]
- ↑ Guilherme José da Graça era empresário em Maceió e foi deputado provincial em várias legislaturas[2]
Referências
- ↑ a b c d e f «Almirante Calheiros da Graça e a explosão do encouraçado Aquidabã». História de Alagoas. Consultado em 16 de setembro de 2023
- ↑ Biblioteca Nacional de Chile. «Calheiros da Graça, Francisco». Biblioteca Nacional Digital. Consultado em 16 de setembro de 2023
- ↑ «Planta da Barra de S. Christovao foz do Rio Vaza Barris». Consultado em 16 de setembro de 2023
- ↑ «Planta do Porto de Tamandará». Consultado em 16 de setembro de 2023
- ↑ «Planta Hydrographica da Barra e Porto de Aracajú». Consultado em 16 de setembro de 2023
- ↑ «Planta Hydrographica do Porto de Itacurussa». Consultado em 16 de setembro de 2023
- ↑ «Primeiro trabalho da Comissão de Longitudes». Senado. Consultado em 16 de setembro de 2023
- ↑ «Biblioteca Nacional de España». Consultado em 16 de setembro de 2023
- ↑ Marinha. «Navio Hidrográfico Calheiros da Graça» (PDF). Consultado em 16 de setembro de 2023
- ↑ «Rua Almirante Calheiros da Graça». Consultado em 16 de setembro de 2023
- ↑ «Alameda Calheiros da Graça». Consultado em 16 de setembro de 2023
- ↑ «Rua Calheiros da Graça». Consultado em 16 de setembro de 2023