Francisco de Paula Ferreira da Costa – Wikipédia, a enciclopédia livre
Francisco de Paula Ferreira da Costa | |
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Nascimento | 2 de abril de 1788 Lisboa |
Morte | 31 de dezembro de 1859 |
Cidadania | Reino de Portugal |
Ocupação | escritor, bibliógrafo, numismata |
Francisco de Paula Ferreira da Costa (Lisboa, 2 de Abril de 1788[1] - Lisboa, 31 de Dezembro de 1859), foi um bibliógrafo,[2] numismata[3] e escritor memorialista[4] português que pertenceu à fação miguelista.
O seu gosto literário e patriota é notado cedo ao ser um dos subscritores do poema épico Brazilíada, editado em 1815, escrito por Tomás António dos Santos e Silva e acompanhado de uma epístola laudatória de José Maria da Costa e Silva.[5]
Era escriturário da Inspecção dos Quartéis e Obras Militares e da Junta da Bula da Cruzada.[1]
Como partidário do rei D. Miguel que era abandonou a capital em 1833 para se juntar ao seu exército e que o acompanhou até à Convenção de Évora Monte.[1] Após esse trágico acontecimento ele passou a viver semi-escondido e dos serviços de particulares.[6]
Era filho de Jorge Ferreira da Costa e de Francisca Rosa, Casou em 10 de Abril de 1809 com Maria Margarida da Encarnação Ferreira.
Morreu na miséria[7] e de "congestão cerebral".[3]
Obra
[editar | editar código-fonte]Escreveu:
- «Memórias de um Miguelista» (1833-1834), prefácio, transcrição, actualização ortográfica e notas de João Palma-Ferreira. Lisboa: Editorial Presença, 1982[8] (manuscrito adquirido em leilão pela Biblioteca Nacional,[9] acontecimentos desde 24 de Julho de 1833[10]).
- Uma Memória acerca dos acontecimentos de Portugal desde 30 de Abril de 1824 até 24 de Julho de 1833[11] (manuscrito desaparecido,com acontecimentos anteriores).
- «Tractado genealógico do Reis de Portugal», ornado com seus retractos, reproduzido à forma de árvore genealógica de 6 palmos de altura, existe reduzido pelo autor no Palácio de Queluz.
- «Traducção da Ilíada de Homero«, do livro IX em diante, feita sobre uma versão espanhola, em 3 tomos.[11]
Pela imprensa publicou os seguintes opúsculos:
- «Exposição genuína da Constituição de 1826, na qual do mesmo texto se justificam e se desfazem as apparentes contradições e barbarismos que n´ela se contém». Traduzida do espanhol, Imprensa Regia, 1828.[11]
- «A Recepção de Hum Maçon, farça», Imp. de Eugénio Augusto, Lisboa, 1827.[12][11][13]
- «Carta dirigida ao sábio auctor da Contramina, que pode servir de supplemento do n.º 47 da mesma», Lisboa, Imprensa Régia, 1832.[11]
- «Descripção da Torre de Beja», Panorama n. 52, 1842.[11]
Eram também seus os extractos que saíram das "Seções da Corte", que se imprimiram no Diário do Governo, desde 1 de Fevereiro até 29 de Agosto de 1821.[11]
Referências
- ↑ a b c Diccionario bibliographico portuguez, Volume 3, por Innocencio Francisco da Silva, Na Imprensa Nacional, 1859, pág. 22
- ↑ Coleccionador de livros raros e dos amigos, sobretudo do seu intimo amigo José Agostinho de Macedo - Historiografia, Cultura e Política na Época do Visconde de Santarém (1791-1856), por Daniel Estudante Protásio, Centro de História da Universidade de Lisboa,Sersilito – Empresa Gráfica, Lda., 2019, pág. 201
- ↑ a b Diccionario bibliographico portuguez: (1-6 do supplemento), Innocencio Francisco da Silva, Na Imprensa Nacional, 1870, pág. 355
- ↑ Historiografia, Cultura e Política na Época do Visconde de Santarém (1791-1856), por Daniel Estudante Protásio, Centro de História da Universidade de Lisboa, Sersilito – Empresa Gráfica, Lda., 2019, pág. 201
- ↑ Brazilíada: ou, Portugal immune, e salvo: poema epico em doze cantos, por Thomaz Antonio dos Santos e Silva, Impressão Regia, 1815, pág. 382
- ↑ Ler história, Edições 1-3, Centro de Estudos de História Contemporânea Portuguesa, 198, pág. 119
- ↑ O almocreve de petas: e outras prosas : selacção, por José Daniel Rodrigues da Costa, Estúdios Cor, 1974, pág. 11
- ↑ Memórias de Um Miguelista de Francisco de Paula Ferreira da Costa ISBN: 9789722302258
- ↑ O 25 de Julho de 1833 em Torres Vedras, Blogue de História e Estórias, Rui Prudêncio, 18.11.2007
- ↑ Santarém (e não só) nas Memórias de um Miguelista, por José do Carmo Francisco, Transporte Sentimental, 17.06.16
- ↑ a b c d e f g Diccionario bibliographico portuguez, Volume 3, por Innocencio Francisco da Silva, Na Imprensa Nacional, 1859, pág. 23
- ↑ Catalogo da rica e preciosa livraria que faz parte do espolio da fallecida --- Condessa de Azambuja, por Francisco Arthur da Silva, Imprensa Libanio da Silva, 1909, pág. 53
- ↑ ubsidios para a historia do teatro Português, teatro de Cordel (catálogo da colecção do autor) - 1884-1949, por Albino Forjaz de Sampaio, Imprensa Nacional de Lisboa, 1920, pág. 108