Fyodor Raskolnikov – Wikipédia, a enciclopédia livre
Fyodor Raskolnikov | |
---|---|
Nascimento | Фёдор Ильин 28 de janeiro de 1892 São Petersburgo |
Morte | 12 de setembro de 1939 (47 anos) Nice |
Cidadania | Império Russo |
Cônjuge | Larisa Reisner |
Irmão(ã)(s) | Alexander Ilyin-Genevsky |
Ocupação | diplomata, revolucionário, político, militar |
Distinções | |
Lealdade | União Soviética |
Fyodor Fyodorovitch Raskolnikov (em russo: Фёдор Фёдорович Раско́льников) (São Petersburgo, 28 de janeiro de 1892, – Nice, França, 2 de setembro de 1939) foi um militar, diplomata e político bolchevique, comandante da frota do Báltico e embaixador soviético. Foi um dos mais destacados comandantes militares comunistas durante a Guerra Civil Russa.[1][2] Era irmão do xadrezista Alexander Ilyin-Genevsky.
Durante o período do Governo Provisório Russo depois da queda da monarquia em inícios de 1917, encarregou-se da organização dos bolcheviques da base naval de Kronstadt e foi um dos dirigentes dos protestos durante as Jornadas de Julho.[1] Depois da Revolução de Outubro foi comissário político.[1]
Durante a guerra civil enviou um destacamento de marinheiros da frota do Báltico para a frente do rio Volga e mais tarde — a partir de junho de 1919 — destacou-se como comandante da frota do Volga e Cáspio, cujo controlo recuperou.[3] Em maio de 1920, capturou os restos da frota «branca» que atuava no Cáspio.[3] Mandou a frota do Báltico durante oito meses em final da guerra civil, a partir de junho[3] de 1920.[1] A sua missão era melhorar o estado da frota e acabar com os problemas políticos que surgiam no Báltico.[3]
Apoiou Trotski na disputa sobre o papel dos sindicatos em 1920-1921,[1] defendendo o estrito controlo destes.[4] Foi embaixador no Afeganistão entre 1921 e 1924.[1] Entre 1924 e 1930 desempenhou um papel destacado na burocracia literária soviética.[1] Entre 1930 e 1938 foi de novo diplomata.[1]
Denunciou Stalin e em março de 1938 foi chamado de Sófia a Moscovo, mas em 1 de abril recusou-se a regressar. Em 1939 publicou uma famosa Carta aberta a Stalin, e morreu pouco depois, de uma queda de uma janela. De acrodo com o historiador Roy Medvedev, poderá ter sido assassinado por agentes da NKVD.[2] Há teorias de que o assassino terá sido Sergei Efron, marido da poetisa Marina Tsvetáieva.[5]
Foi reabilitado em 1963, após a morte de Stalin.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Mawdsley, Evan (1973). «The Baltic Fleet and the Kronstadt Mutiny». Soviet Studies 24 (4): 506-521.
Referências
- ↑ a b c d e f g h Mawdsley (1973), p. 513
- ↑ a b Zalessky K.A. Stalin Imperia Moscow, Veche, 2002 citing by «Archived copy». Consultado em 1 de maio de 2007. Arquivado do original em 26 de junho de 2007 (em russo)
- ↑ a b c d Mawdsley (1973), p. 514
- ↑ Mawdsley (1973), p. 517
- ↑ Online biography Arquivado em 2007-06-26 no Wayback Machine baseado na obra de Zaytsev V.S. Voprosy Istorii KPSS N12 1963, etc. (em russo)