Gabriela Canavilhas – Wikipédia, a enciclopédia livre

Gabriela Canavilhas
Gabriela Canavilhas
Retrato oficial de Gabriela Canavilhas, 2009
Ministro(a) de Portugal
Período XVIII Governo Constitucional
Antecessor(a) José Pinto Ribeiro
Dados pessoais
Nascimento 29 de março de 1961 (63 anos)
Sá da Bandeira, Angola
Partido Partido Socialista
Profissão Pianista e professora

Maria Gabriela da Silveira Ferreira Canavilhas[1] (Sá da Bandeira, Angola, 29 de março de 1961) é uma pianista e política portuguesa.

Antiga ministra da Cultura do XVIII Governo Constitucional de Portugal[2], foi diretora artística do Festival MusicAtlântico (1999-2009) nos Açores, presidente da Associação de Música, Educação e Cultura (2003-2008), responsável pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Academia Nacional Superior de Orquestra e o Conservatório Metropolitano de Música de Lisboa, diretora regional da Cultura do Governo Regional dos Açores (2008-2009), foi membro do Conselho Diretivo da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (2007-2009). É membro do Conselho de Administração da Fundação Oriente (não executiva) e membro da Academia Internacional de Cultura Portuguesa. Foi Deputada à Assembleia da República pelo Partido Socialista de 2011 a 2018.

Foi Diretora Artística do Festival de Sintra de 2018 a 2022, ano em que assumiu a presidência da Fundação Ricardo Espirito Santo Silva.

É a primeira doutorada em Portugal em Estudos de Género, o novo Doutoramento criado em 2018 pela conjugação das Universidades de Lisboa, do ISCSP e da Universidade Nova de Lisboa, com a tese “ Heroínas da Ópera do Primeiro Romantismo: as Vozes de um Discurso de Género”.[3] Tem o Curso Superior de Piano do Conservatório Nacional de Lisboa, é licenciada em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa.

Detentora de vários prémios nacionais e internacionais como pianista, manteve intensa atividade artística nos palcos das principais salas de concerto, instituições culturais e Festivais nacionais. Manteve vários programas de autor na Antena 2 (1999-2020). Como pianista dedicou-se à revelação de obras eruditas portuguesas, apresentando obras inéditas de compositores portugueses do século XIX, XX e contemporâneos, algumas das quais lhe foram dedicadas. Internacionalmente apresentou-se nos EUA (Nova Iorque) em Itália, no Brasil, em Macau, Alemanha e Canadá. Tem 7 CDs editados com obras de repertório erudito Português.

Tem o Diploma de Mérito pela Accademia Musicale Chigiana de Siena. Em 2014 foi-lhe atribuída pelo Governo Regional dos Açores a Insígnia Autonómica de Reconhecimento.

É Presidente da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva.  


Curriculum político

Desde 2002 colabora com o Partido Socialista, tendo sido candidata à AR pelo círculo eleitoral dos Açores nesse ano.

Considera que a atividade artística é também um ato político e social. A responsabilidade política que advém da intervenção social - e a arte é intervenção social – obriga ao compromisso com o serviço publico e à responsabilidade social. Dedica-se assim, desde 2004, às políticas culturais e ao serviço publico, remetendo atualmente a atividade pianística para 2º plano.

Eleita deputada em 2011, na Assembleia da República dedicou-se às políticas da Cultura, da Educação e dos Negócios Estrangeiros, tendo sido a introdutora da consignação de 0,5% do IRS individual dos contribuintes para as associações culturais (2017) e liderando a defesa da manutenção da coleção de arte Miró em Portugal; também o alargamento para 20 anos do período para a trasladação de personalidades para o Panteão Nacional; a isenção fiscal para doações a Museus da Rede Portuguesa de Museus ou a legislação para o alargamento da TDT.

A 31 de março de 2017 apresentou-se como candidata à Presidência da Câmara Municipal de Cascais, encabeçando a lista do Partido Socialista às Eleições Autárquicas 2017 nesse concelho, tendo obtido 29% dos votos e 4 mandatos, assumindo o lugar de Vereadora, do qual se demitiu posteriormente quando abandonou a atividade política e o mandato parlamentar.


Cargos exercidos

  • Presidente da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva[4]
  • Membro da equipa da Educação Estética e Artística da SEE (2018/2022)
  • Vereadora sem pelouros da Câmara Municipal de Cascais (2017/2018);[5]
  • Deputada à Assembleia da República na XIII Legislatura (2015/2018);[6]
  • Deputada à Assembleia da República na XII Legislatura (2011/2015);[6]
  • Membro da Assembleia Municipal de Avis (2011/2015);
  • Ministra da Cultura do XVIII Governo Constitucional (2009/2011)[7]
  • Diretora Regional da Cultura do X Governo Regional dos Açores (2008/2009);[6]
  • Presidente da Orquestra Metropolitana de Lisboa (2003/2008);[6]
  • Presidente da Academia Superior de Orquestra (2003/2008);[6]
  • Membro do Conselho Diretivo da FLAD[6]
  • Diretora Artística do Festival MusicAtlântico dos Açores (1999/2008).[7]
  • Professora do Quadro do Conservatório Nacional de Lisboa; [6]
  • Membro do Conselho Geral da Universidade Aberta.

Prémios e Distinções

  • Prémio FEMINA 2023, atribuído pela Matriz Portuguesa pelo Estudo e Divulgação da Cultura, História e Sociedade de Matriz Portuguesa;[8]
  • Insígnia Autonómica de Reconhecimento do Governo Regional dos Açores – 2014;[9]
  • Membro da Academia Internacional de Cultura Portuguesa;
  • Diploma de Mérito pela Accademia Musicale Chigiana (Siena, Itália) – 1991;[6]
  • 1º Prémio no V Concurso Internacional "Città di Moncalieri" em Turim, Itália – 1990;[6]
  • 1º Prémio em Música Erudita no Concurso Nacional Cultura e Desenvolvimento promovido pelo Clube Português de Artes e Ideias – 1989;[6]
  • 1º Prémio Dame Ruth Railton – 1976.[6]

Obra publicada

  • A Política como Palco de Decisão, Coleção "O Fio da Memória", Guerra e Paz (2023)
  • Série Documental na SIC Notícias “OBRA PRIMA”, sobre obras de arte dos Museus Portugueses - 2013
  • CD Song and Piano Pieces de Alfredo Keil;
  • CD Música para Clarinete e Piano do séc. XX;
  • CD Evocação, obras portuguesas e brasileiras dos séculos XVIII e XIX;
  • CD Vocalizos, obras portuguesas do século XX;
  • CD Quintetos para Piano e Quarteto de Cordas de J. D. Bomtempo;
  • CD Sonatas para Piano de J. Domingos Bomtempo;
  • CD com obras do repertório histórico do Palácio da Ajuda: Natal na Ajuda;

É casada com o Coronel Engenheiro Militar José Manuel Pinheiro Lopes Canavilhas, o qual, sendo Tenente-Coronel, foi agraciado a 9 de Outubro de 1998 com a Medalha da Missão das Nações Unidas para o referendo no Saara Ocidental (MINURSO) da Organização das Nações Unidas,[10] e mãe de Joana da Silveira Ferreira Canavilhas, nascida em 1984.

Referências

  1. «Página do Parlamento» (html). Assembleia da República. 20 de junho de 2011. Consultado em 7 de junho de 2015. Cópia arquivada em 7 de junho de 2015 
  2. «Página pessoal de Gabriela Canavilhas». Consultado em 22 outubro 2009 
  3. administrador. «Doutoramento em Estudos de Género: Universidade de Lisboa - Universidade NOVA - CIEG - Centro Interdisciplinar de Estudos de Género». cieg.iscsp.utl.pt. Consultado em 22 de junho de 2024 
  4. «Estas são as quatro mulheres distinguidas nos prémios Femina». Delas. 20 de fevereiro de 2023. Consultado em 29 de outubro de 2023 
  5. «António Costa nomeia Gabriela Canavilhas para a FLAD». Jornal Expresso. Consultado em 29 de outubro de 2023 
  6. a b c d e f g h i j k «Biografia». www.parlamento.pt. Consultado em 29 de outubro de 2023 
  7. a b «Gabriela Canavilhas». Festival Música Júnior. Consultado em 29 de outubro de 2023 
  8. «Prémios Femina divulgam quatro distinguidas de 2023 | e-cultura». www.e-cultura.pt. Consultado em 29 de outubro de 2023 
  9. «Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores n.º 19/2014/A, de 4 de julho». Diário da República. Consultado em 29 de outubro de 2023 
  10. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras». Resultado da busca de "José Manuel Pinheiro Lopes Canavilhas". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 31 de maio de 2015 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]

Precedida por
José Pinto Ribeiro
Ministra da Cultura
XVIII Governo Constitucional de Portugal
2009 – 2011
Sucedida por
Francisco José Viegas
(como secretário de Estado da Cultura)
Ícone de esboço Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.