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 Nota: Para toda a linha de consoles portáteis, veja Linha Game Boy.
Game Boy

Primeiro modelo do Game Boy
Desenvolvedor Nintendo Research & Development 1
Família do
produto
Game Boy
Tipo Console portátil
Geração 4ª geração
Lançamento
  • JP: 21 de abril de 1989
  • AN: 31 de julho de 1989
  • EU: 28 de setembro de 1990
  • BR: 14 abril de 1994[1]
Preço
inicial
US$ 89.95
Descontinuado 23 de janeiro de 2003
Unidades
vendidas
118,69 milhões (incluindo o Game Boy Color)
Mídia Cartuchos
CPU LR35902 ( baseado em 8080, com algumas instruções de Zilog Z80 )
Exibição 2.6 polegadas
Conectividade Cabo link
Dimensões 90 mm (largura)
148 mm (altura)
32 mm (profundidade)
Jogo mais
vendido
Tetris e Pokémon Red e Blue
Antecessor Game & Watch
Sucessor Game Boy Pocket (redesign)
Game Boy Light (redesign)
Game Boy Color (sucessor)

O Game Boy (ゲームボーイ Gēmu Bōi?) é um console portátil desenvolvido pela Nintendo, lançado em 21 de abril de 1989 no Japão, em 31 de julho de 1989 na América do Norte e em 28 de setembro de 1990 na Europa, é o primeiro console da linha Game Boy, foi criado por Gunpei Yokoi e pela Nintendo Research & Development 1, versões redesenhadas do console foram lançadas em 1996 e em 1998, o Game Boy Pocket e o Game Boy Light (somente para o Japão)

O Game Boy é o segundo portátil da Nintendo, criado após a linha Game & Watch lançada em 1980. A diferença é que o Game Boy rodava diferentes games bastando apenas trocar os cartuchos inseridos. Seus principais concorrentes eram o Game Gear da Sega, o Lynx da Atari e o TurboExpress, contudo teve uma aceitação muito maior que a dos concorrentes.

Traseira do Game Boy com o espaço para cartucho e as 4 pilhas AA.

O desenvolvimento do portátil foi iniciado em 1986 por Gunpei Yokoi e a equipe R&D1 da Nintendo japonesa.[2] O objetivo era combinar as características dos jogos do Famicom com a portabilidade do Game & Watch, também produzido por Yokoi.[2] O primeiro protótipo do console foi apresentado à diretoria da Nintendo em 1987, surpreendendo os empresários.[2] O presidente da empresa especulou 25 milhões de unidades vendidas em três anos, mas a quantidade foi de 32 milhões.[2] Foi lançado em 1989 e teve sua primeira alteração estética e tecnológica após oito anos.[2]

O aparelho tinha que ser um console de jogos realmente portátil (cabia no bolso de qualquer camisa ou calça), simples (o processador principal tinha apenas 4,19 MHz e o seu display era a preto e branco), eficiente (as pilhas duravam até 20 horas ininterruptas), barato (foi lançado por algo equivalente a 100 dólares) e que levaria até aos jogadores, onde quer que estivessem, a diversão que até então só poderia ser experimentada no conforto dos seus lares ou em salões de jogos.

O Game Boy foi lançado em abril de 1989 com um display de cristal líquido monocromático de fundo verde, jogos em preto e branco, gráficos de 8-Bits e com a possibilidade de ser jogado por mais de uma pessoa, utilizando o Cabo Game Link. Já vinha de fábrica com o jogo Tetris e a sua produção durou entre 1989 e 1995.

Em 1996 foi lançado o "Game Boy Pocket", com acabamentos prateados metalizados, 30% menor que o Game Boy normal e display monocromático mais nítido. Funcionava com duas pilhas AAA, o que lhe possibilitava caber na palma da mão, mantendo o mesmo tamanho do display, porém com mais brilho e nitidez.

Em 1997 foi lançado o Game Boy Light, alguns milímetros maior do que o Game Boy Pocket, só que com uma extra - luz interna, o que lhe permitia ser jogado no escuro, e também perdeu o fundo esverdeado, que cansava bastante a vista. Este modelo é bastante raro, pois só foi lançado no Japão. Também há indícios de que foi lançado no Brasil.[3]

Em 1998 foi lançado o Game Boy Color, já com um display colorido e capaz de reproduzir os jogos antigos de seus antecessores. A nova tecnologia trouxe um display de LCD com baixo consumo de energia e transmissão de dados por infravermelho, porém apenas com alguns jogos compatíveis. Aproveitando o sucesso da série Pokémon, a Nintendo produziu uma versão especial do console com um Pikachu e um Pichu estampados, chamado de Game Boy Color: Pikachu Edition.

Em 2001, a Nintendo inova com o Game Boy Advance. Este foi criado com dois CPUs (um CPU RISC a 32-Bites e o comum Z-80 de 8-Bits) e um display de 2.9" com resolução de 240 x 160 pixels e paleta de 32.000 cores. O portátil possui um formato horizontal e recebeu a adição de mais dois botões, o L e R. A energia é obtida através de duas pilhas AA. Conta também com um gerador PCM de som estéreo, um cabo para ligação entre portáteis para jogos multiplayer de até 4 jogadores e, mais tarde, com o GameCube. Como continuava a ter um Z-80 em seu interior, o Game Boy Advance é compatível com todos os jogos anteriores dos Game Boy e Game Boy Color.

Em 2002 foi lançado o Game Boy Advance SP com apenas 142 gramas, foi uma revolução na indústria de portáteis. Existiram duas versões: A 001 que não possuía retro iluminação e a 101 que vinha com este recurso. Possuía uma bateria interna com duração de aproximadamente 10 horas. Vendeu 42,8 milhões de unidades em todo o mundo. O portátil tinha, no entanto, um ponto fraco: não permitia o uso de fones de ouvido que não fossem fornecidos pela Nintendo, uma vez que a entrada dele era semelhante à da bateria.

Em 2004, a empresa lança o Nintendo DS, um portátil com conexão sem-fio via Wireless Local, e à internet, duas telas (a inferior com uma tela sensível ao toque, praticamente pondo fim à linha de Game Boys. Ainda assim, no ano de 2005, a Nintendo lançou o Game Boy Micro, que possui a mesma tecnologia do Game Boy Advance, mas remodelado com linhas mais futuristas, frente destacável e display menor, mas bastante nítido e iluminado. Herdou do GBA SP a bateria de lítio. Mas com o sucesso do Nintendo DS, o GBM vendeu apenas 2,5 milhões de unidades por todo o mundo.

Cartucho de um Game Boy
  • Dimensões: 90mm × 148mm × 32mm
  • CPU: Custom 8-bit Sharp LR35902[20] 4.19 MHz[4] (similar ao Intel 8080)
  • RAM: 8 kB S-RAM
  • Vídeo RAM: 8 kB
  • ROM: On-CPU-Die 256-byte bootstrap. Cartuchos de 256kb, 512kb, 1 MB, 2MB, 4MB e 8MB
  • Som: 2 geradores de pulso
  • Tela: STN LCD, 160×144 pixels, 2,6 polegadas
  • FPS: 59,7 por segundo
  • Paleta de cores: Monocromática de 2 bits com quatro tons de cinza

Play It Loud!

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Lançado em 1 de janeiro de 1995 no Japão, as especificações eram as mesmas do aparelho original, foi o primeiro a incluir diferentes cores, o modelo transparente foi exclusivo para a América do Norte, no Reino Unido foi lançada uma versão especial do Manchester United.

Game Boy Pocket

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Uma grande revisão do Game Boy ocorreu em 1996, com a introdução do Game Boy Pocket, uma unidade mais fina que exigia apenas duas pilhas AAA, embora com a desvantagem de oferecer apenas 10 horas de jogo.[5] A outra grande mudança foi que a tela foi alterada para um LCD FSTN (film compensated super-twisted nematic). Essa camada de compensação de filme produziu uma tela verdadeiramente em preto e branco, em vez dos tons verdes do Game Boy original.[6] O Pocket também tem uma porta para o cabo Game Link, que requer um adaptador para ser conectada ao Game Boy original. Esse design de porta menor seria usado em todos os modelos de Game Boy subsequentes.[7] Internamente, o Game Boy Pocket tinha um novo SoC, o Nintendo CPU MGB, uma versão aprimorada do DMG-CPU. Uma das principais mudanças foi o fato de os 8 kB de RAM de vídeo do dispositivo terem sido transferidos da placa-mãe para o SoC para um acesso mais rápido.[8][9]

O Game Boy Pocket foi lançado no Japão em 20 de julho de 1996 e na América do Norte em 2 de setembro de 1996, por US$69,99 ($136 em 2024).[10] O Game Boy Pocket revitalizou as vendas de hardware e seu lançamento foi oportuno, pois coincidiu com o lançamento do primeiro jogo Pokémon, que catapultou o Game Boy para um reino desconhecido de triunfo comercial.[11] Os críticos elogiaram o tamanho pequeno do dispositivo,[12] e disseram que a visibilidade da tela e o tempo de resposta dos pixels haviam sido aprimorados, eliminando principalmente o efeito fantasma.[13] No entanto, outros críticos não gostaram do dispositivo, com o Los Angeles Times dizendo que a Nintendo estava "reembalando o mesmo material preto e branco antigo e vendendo-o como novo".[14]

A primeira versão vinha apenas em prata e não tinha um LED de energia. Uma revisão no início de 1997 adicionou um LED de energia, diferentes cores da carcaça (vermelho, verde, amarelo, preto, metal dourado, transparente e azul) e baixou o preço para US$54,95 ($104 em 2024).[15] Em meados de 1998, poucos meses antes de o Game Boy Color ser colocado à venda, os preços haviam caído para US$49,95 ($93 em 2024).[16]

Game Boy Light

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Lançado em 14 de abril de 1998 apenas no Japão, o modelo continha luz de fundo na tela, a duração de jogatina também estendida para 20 horas com a luz de fundo apagada e 12 horas com a luz de fundo acesa.

Referências

  1. «Playtronic lança em abril Game Boy da Nintendo». Folha de S. Paulo. 30 de março de 1994. Consultado em 19 de outubro de 2016 
  2. a b c d e Eduardo Trivella (Maio de 2004). «Game Boy 15 anos». São Paulo: Conrad Editora. Nintendo World (69): 32-33. ISSN 1516-1892 Verifique |issn= (ajuda) 
  3. «Game Boy Advance: March 21, 2001 Brazil» 
  4. [1]
  5. «The Incredible Shrinking Game Boy Pocket». Electronic Gaming Monthly (84). Ziff Davis. Julho de 1996. p. 16 
  6. «Game Boy Relaunched». Next Generation (20). Imagine Media. Agosto de 1996. p. 26 
  7. «Link Cable Adapter». Nintendo of Europe (em inglês). Consultado em 11 de maio de 2024. Cópia arquivada em 27 de agosto de 2024 
  8. Copetti, Rodrigo (21 de fevereiro de 2019). «Game Boy / Color Architecture – A Practical Analysis» (em inglês). Consultado em 29 de abril de 2024. Cópia arquivada em 13 de abril de 2024 
  9. Javanainen, Joonas (18 de julho de 2023). «MGB-xCPU schematic» (PDF). Consultado em 22 de maio de 2024 
  10. «1998 Sears Christmas Book, Page 161 – Christmas Catalogs & Holiday Wishbooks». christmas.musetechnical.com. Consultado em 1 de dezembro de 2019. Cópia arquivada em 31 de julho de 2020 
  11. McFarren, Damien (2016). Videogames Hardware Handbook. 1 2.ª ed. Bournemouth: Imagine Publishing. pp. 157–163. ISBN 978-1-78546-239-9 
  12. Cameron, Mike (19 de setembro de 1996). «A game that's small enough to score where it counts»Subscrição paga é requerida. Hamilton Spectator. p. 11. Consultado em 22 de maio de 2024 – via NewsBank 
  13. «Pocket Cool». Electronic Gaming Monthly (89). Ziff Davis. Dezembro de 1996. p. 204 
  14. Curtiss, Aaron (30 de maio de 1996). «The Expo Challenge: Dodging the Pretenders». Los Angeles Times. Consultado em 22 de maio de 2024 
  15. «Tidbits...». Electronic Gaming Monthly (94). Ziff Davis. Maio de 1997. p. 19 
  16. «Nintendo unchallenged as big Boy in town»Subscrição paga é requerida. USA Today. 29 de julho de 1998. p. 4D. Consultado em 22 de maio de 2024 – via NewsBank 

Ligações externas

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