Ganga Zumba (filme) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Ganga Zumba | |
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Brasil 1964 • p&b • 100 min | |
Género | drama |
Direção | Cacá Diegues |
Roteiro | Cacá Diegues João Felício dos Santos Rubem Rocha Filho Leopoldo Serran Paulo Gil Soares |
Elenco | Zózimo Bulbul Léa Garcia Eliezer Gomes Luíza Maranhão Antonio Pitanga |
Idioma | português |
Ganga Zumba é um filme brasileiro de 1964, realizado por Cacá Diegues. Ele retrata a vida do líder do Quilombo dos Palmares, Ganga Zumba.Quando este chegou ao poder o Quilombo já teria aproximadamente cem anos. Com música de Moacir Santos e interpretação de Nara Leão, com dança e rituais africanos realizados pelos Filhos de Gandhi,[1] filmados em locações como era a proposta do Cinema Novo. No elenco, a participação do músico Cartola e Dona Zica da Mangueira.
Baseado no livro homônimo de João Felício dos Santos, Ganga Zumba, a história se inicia num engenho de cana-de-açúcar, no nordeste brasileiro no século XVI, quando negros fugiam dos senhores portugueses e fundavam aldeias, com destaque para o Quilombo de Palmares, situado na Serra da Barriga. Entre eles, se encontrava o jovem Ganga Zumba, neto do rei dos Palmares e futuro líder daquela comunidade.[2]
Elenco
[editar | editar código-fonte]- Antônio Pitanga...Ganga Zumba / Antão (creditado como Antonio Sampaio)
- Léa Garcia...Cipriana
- Eliezer Gomes...Anoroba ou Sororoba
- Luíza Maranhão...Dandara
- Jorge Coutinho
- Zózimo Bulbul
- Cartola...Salustiano
- Procópio Mariano
- Waldir Onofre
- Ruy Polanah
- Álvaro Pérez
- Tereza Raquel...participação como Senhora do Pieró
- José Scandal
- Rui Solberg
Sinopse
[editar | editar código-fonte]Num engenho de cana-de-açúcar na Capitania de Pernambuco, no século XVII, Antão é um jovem escravo concebido nos porões do navio negreiro que trouxe sua mãe cativa para a colônia portuguesa do Brasil. Quando cresce, é lhe contado que sua mãe (já falecida) era rainha e que ele está destinado a ser Ganga Zumba, rei africano. O escravo veterano e sábio Sororoba lhe conta também sobre Palmares, um reino livre escondido na serra e protegido pelo orixá Oxóssi, formado por escravos fugitivos. O rei daquele lugar, Zambi, que está em guerra constante contra os brancos, acabara de perder o filho e agora quer que Ganga Zumba venha para ocupar o lugar de novo líder. Sororoba e Terêncio preparam a fuga com a ajuda de um guia enviado por Zambi, e Antão vai com eles levando a amante Cipriana, que o ajudara a matar um malvado feitor. No caminho, são vistos pelos senhores brancos da vizinha fazenda Pieró, que são mortos quando atiram em Terêncio. Apenas a mucama da senhora, a mulata Dandara, é poupada por atrair Antão. Mas quando chegam ao rio, o grupo não encontra o barco dos guerreiros de Zambi que serviria para a travessia. Agora eles devem construir uma jangada para continuar enquanto os perseguidores, comandados pelo capitão-do-mato Tolentino da Rosa, se aproximam para o confronto.[3][4]
Referências
- ↑ Cinemateca Acessado em 6-4-14
- ↑ Rafael Garcia Madalen Eiras; Anna Paula Soares Lemos; Joaquim Humberto Coelho de Oliveira (2020). «"Ganga Zumba" e "Quilombo" de Cacá Diegues: duas utopias para o amplo presente». Cinemas amazônicos em tempos de luta. 1 (38-39)
- ↑ Amaral de Paiva, C. E.; Diego da Costa Vitorino (2023). «Ganga Zumba e Xica da Silva: regimes de representação no cinema negro brasileiro». Revista Trama Interdisciplinar. 14 (1): 17–29
- ↑ Gabriel Medeiros Alves Pedrosa (2020). «Escravidão e Resistência em Dois Filmes Brasileiros: Ganga Zumba (1964) e Quilombo (1984)». As Múltiplas facetas da alimentação na história. 9 (2). doi:10.18223/hiscult.v9i2.2986