Jenipapeiro – Wikipédia, a enciclopédia livre
Jenipapeiro | |||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||
Genipa americana |
O jenipapeiro (Genipa americana) é uma espécie de árvore da família Rubiaceae. É nativa das florestas tropicais da América do Norte e do Sul, bem como do Caribe.
Descrição
[editar | editar código-fonte]O jenipapeiro possui uma altura de até 30 metros e um diâmetro de até 60 centímetros.[1][2][3] Sua casca é lisa, com pequenas fissuras.[3] As folhas são opostas, obovadas ou obovadas oblongas, com 10-35 centímetros de comprimento, 6-13 centímetros de largura, de cor verde escura e brilhante. [1][4][2] As inflorescências são cimeiras de até 10 centímetros de comprimento.[1] As flores são brancas a amareladas, levemente perfumadas, com o cálice tendo forma de sino, a corola possuindo 2–4,5 cm de comprimento, em forma de trombeta e com cinco ou seis lóbulos.[1][4][2] O fruto é uma baga acinzentada comestível, tendo casca grossa, com 10–12 cm de comprimento e 5-9 cm de diâmetro.[1][4]
- Frutos do jenipapeiro
- Frutos cortados
- Exemplar de jenipapeiro
Distribuição e habitat
[editar | editar código-fonte]Genipa americana é nativa das florestas tropicais das Américas, desde o sul tropical da Flórida até a Argentina.[1][5][6] Está presente desde o nível do mar até 1.200 metros de altitude,[3] embora alguns argumentem que a distribuição nativa original seja o norte da América do Sul.[7]
Nomes vernaculares
[editar | editar código-fonte]Em inglês, a árvore é conhecida como genip (/ˈdʒɛnɪp/) e o fruto como genipap (/ˈdʒɛnɪpæp/).[8]
Na Colômbia, como jagua, caruto, huito;[3][5] no Brasil, como jenipapo, antigamente genipapo;[3] na Costa Rica, guaitil e tapaculo;[3] na Nicarágua, tapaculo e yigualtí;[3] no México, shagua, xagua e maluco;[3][9] no Perú, huito, vito e jagua;[5] na Argentina, ñandipá;[5] em Porto Rico, jagua; e na Bolívia, como bí.[10]
Seu nome foi reconstruído como we'e (weʔe) em proto-tucano.[11]
Compostos químicos
[editar | editar código-fonte]Os seguintes compostos foram isolados de G. americana: ácido genipico,[9] ácido genipínico,[9] genipina[12] (todos os três no fruto) e o ácido geniposídico (nas folhas).[9]
Usos
[editar | editar código-fonte]O fruto verde da G. americana produz um líquido usado como corante para tatuagens, pintura de pele e repelente de insetos.[6]
Esta espécie também é cultivada por seus frutos comestíveis, que são consumidos em conservas ou transformados em bebidas, geleias ou sorvetes.[6]
A madeira é considerada resistente, forte e facilmente trabalhada; é usado na fabricação de utensílios e na construção e carpintaria.[2][3]
Referências
- ↑ a b c d e f Liogier, Alain H. (1985). Descriptive Flora of Puerto Rico and Adjacent Islands (em inglês). [S.l.]: La Editorial, UPR. 97 páginas. ISBN 9780847723386
- ↑ a b c d Francis, Macbride, J.; E., Dahlgren, B. (1936). «Flora of Peru /». Fieldiana (em inglês). v.13:pt.6:no.1 [Rubiaceae]. 106 páginas
- ↑ a b c d e f g h i López, René; Montero, Martín (2005). «27 - Genipa americana». Manual de identificación de especies forestales con manejo certificable por comunidades (em espanhol). [S.l.]: Instituto Amazónico de Investigaciones Científicas "SINCHI". ISBN 9789589759745
- ↑ a b c Food and Fruit-bearing Forest Species: Examples from Latin America (em inglês). [S.l.]: FAO. 1986. pp. 141. ISBN 9789251023723
- ↑ a b c d Grandtner, M. M.; Chevrette, Julien (2013). Dictionary of Trees, Volume 2: South America: Nomenclature, Taxonomy and Ecology (em inglês). [S.l.]: Academic Press. 263 páginas. ISBN 9780123969545
- ↑ a b c Hanelt, Peter; Research, Institute of Plant Genetics and Crop Plant (2001). Mansfeld's Encyclopedia of Agricultural and Horticultural Crops: (Except Ornamentals) (em inglês). [S.l.]: Springer Science & Business Media. 1775 páginas. ISBN 9783540410171
- ↑ Duarte, Odilo; Paull, Robert (2015). Exotic Fruits and Nuts of the New World (em inglês). [S.l.]: CABI. pp. 284–285. ISBN 9781780645056
- ↑ «genip, genipap». Oxford University Press Online ed. Oxford English Dictionary
- ↑ a b c d Connolly, J.D.; Hill, R.A. (1991). Dictionary of Terpenoids (em inglês). 1. [S.l.]: CRC Press. pp. 49–50. ISBN 9780412257704
- ↑ Coimbra Sanz, Germán (2014). Diccionario enciclopédico cruceño, 3rd edition. Santa Cruz de la Sierra: Gobierno Autónomo Municipal de Santa Cruz. 54 páginas
- ↑ Chacon, Thiago (2013).
- ↑ Bajaj, Y. P. S. (2012). Medicinal and Aromatic Plants IV (em inglês). [S.l.]: Springer Science & Business Media. 164 páginas. ISBN 9783642770043