Geografia da Groenlândia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Groenlândia Gronelândia
Kalaallit Nunaat
Grønland
Geografia física
País  Dinamarca
Localização Entre o Oceano Ártico e o Oceano Atlântico
Ponto culminante Serra de  Gunnbjørns Fjeld (3 693 m) m
Área 2 166 086  km²
Geografia humana
População 56 344 habitantes
88% Inuítes
12% Dinamarqueses
(2016)

A Groenlândia está coberta de gelo na sua maior parte
Espessura da camada de gelo na Gronelândia
Mapa da Groenlândia
Os municípios da Groenlândia

A Gronelândia (em dinamarquês: Grønland; em groenlandês/gronelandês: Kalaallit Nunaat) é uma região autónoma da Dinamarca, ocupando a ilha do mesmo nome e ilhas adjacentes, ao largo da costa nordeste da América do Norte, na região ártica e perto do Pólo Norte. Juntamente com as Ilhas Faroé e a própria Dinamarca, forma a Comunidade do Reino da Dinamarca (Rigsfællesskabet). Embora pertencendo geograficamente à América do Norte, está ligada politicamente à Europa.[1][2][3][4]

A gigantesca ilha da Groenlândia é banhada por dois grandes oceanos: o Oceano Glacial Árctico e o Oceano Atlântico, assim como por vários mares pertencentes a estes oceanos: o Mar da Gronelândia, o Mar do Labrador, o Mar da Noruega e a Baía de Baffin.[5][6]
A terra mais próxima é a ilha Ellesmere, a mais setentrional das ilhas do Arquipélago Árctico Canadiano, da qual está separada pelo Estreito de Nares. Outros territórios próximos são: no mesmo arquipélago do Canadá, a oeste, a Ilha de Devon e a Ilha de Baffin; a sueste, a Islândia; a leste, a ilha de Jan Mayen, e a nordeste o arquipélago de Spitzbergen, ambos possessões da Noruega.[1][2][3]

A Gronelândia é a maior ilha do mundo, com uma superfície de 2 180 000 km² e uma linha costeira com mais de 44 000 km. Tem um comprimento máximo de 2 670 km e uma largura média de 1 060 km. 81% da Groenlândia está permanentemente coberta por gelo, sendo assim a segunda maior reserva de gelo do mundo, apenas ultrapassada pela Antárctica.[1][2][3]

A população é de aproximadamente 55 847 habitantes, dos quais 89% são Inuítes e 11% Dinamarqueses e de outras nacionalidades, habitando pequenas localidades ao longo da costa da ilha - com destaque para Nuuk, Sisimiut, Ilulissat, Maniitsoq, Aasiaat e Qaqortoq, todas localizadas na costa oeste.[1][2][3]

Geografia física

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O território é geralmente acidentado, sendo a Serra de Gunnbjørns Fjeld (3 693 m) o ponto mais alto. A costa é maioritariamente rochosa e com falésias. O extremo norte da ilha é o Cabo Morris Jesup, descoberto pelo Almirante Robert Peary em 1909.
Uma camada de gelo de declive gradual cobre uns 81% da ilha. Chegando a atingir os 3 000 m, essa calota glaciar tem uma espessura média de 1 500 m. Uma faixa costeira equivalente a uns 16% do território não tem gelo permanente.

A Groenlândia tem um clima polar, com grandes variações locais devido à extensão e carácter acidentado do terreno. Um ramo da Corrente do Golfo passa ao largo da costa oeste amenizando o clima e permitindo normalmente a ausência de gelo na região. A capital Nuuk tem temperaturas médias que oscilam entre – 5 °C e +7 °C.[4]

A vegetação é em geral esparsa, sob a forma de tundra e taiga. Existe uma pequena zona de floresta no município de Nanortalik no extremo sul, perto do Cabo Farvel.

Na terra firme abunda a lebre, o arminho, a raposa polar, o lobo polar, a rena, o boi-almiscarado e o urso polar. Nas áreas costeiras existem focas, baleias e ”baleias com dentes”. O cão da Grenlândia é típico da ilha.[7]
Entre as aves há a destacar a Escrevedeira-das-neves, o corvo, a águia-rabalva e a coruja-das-neves. No mar há muito bacalhau e camarão.

Recursos naturais

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Os principais recursos naturais tradicionais são o bacalhau e o camarão - base da pesca, assim como as focas e as baleias - base da caça.
Recursos minerais abundam, como o zinco, chumbo, minério de ferro, carvão, molibdénio, ouro, platina e urânio. O processo de aquecimento global em curso provoca um derretimento sucessivo da calota de gelo cobrindo a Groenlândia. Isso implica um deslocamento para Norte do camarão, e a descoberta e possibilidade de exploração de minérios e pedras preciosas.[3][8][9]

Geografia humana

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A Groenlândia tem uma população de cerca de 56 000 habitantes, dos quais 89% são Inuítes e 11% Dinamarqueses e de outros grupos. ¼ desses habitante vivem na capital Nuuk. A maioria dos Groenlandeses vive em localidades na costa oeste. [3]

A capital da Groenlândia é Nuuk/Godthåb, uma pequena cidade do sul da costa oeste, com uns 16 000 habitantes. A segunda cidade é Sisimiut e a terceira Ilulissat. Ao todo existem 18 localidades com mais de 500 habitantes.

A Groenlândia está dividida em 4 comunas (kommuner):[2]

A economia tradicional da Groenlândia está sobretudo baseada na pesca do bacalhau e do camarão, e na caça às focas e baleias. A nova economia baseia-se na extracção dos recursos minerais (zinco, chumbo, minério de ferro, cobre, molibdénio, alumínio, urânio, carvão, ouro, platina). O turismo tem certo potencial, mas ainda não desempenha um papel importante. O Fiorde de gelo de Ilulissat está classificado como Património Mundial da UNESCO. O principal parceiro económico é a Dinamarca, seguida pela Noruega.[3][10][11]

Referências

  1. a b c d Finn. «Grønland (Groenlândia (em dinamarquês). Den Store Danske Encyklopædi – Grande Enciclopédia Dinamarquesa. Consultado em 30 de abril de 2018 
  2. a b c d e «Grønland - geografi (Geografia da Groenlândia (em dinamarquês). Den Store Danske Encyklopædi – Grande Enciclopédia Dinamarquesa. Consultado em 30 de abril de 2018 
  3. a b c d e f g Roger Pihl. «Grønland» (em norueguês). Store norske leksikon - Grande Enciclopédia Norueguesa. Consultado em 1 de maio de 2018 
  4. a b «Groenlândia». TodaMatéria. Consultado em 21 de maio de 2018 
  5. https://www.todamateria.com.br/oceano-atlantico/
  6. https://www.todamateria.com.br/oceano-glacial-artico/
  7. «Nannut Kalaallit Nunaata kitaaniittut tatisimaneqarput (Os ursos-polares da Groenlândia Ocidental estão debaixo de pressão. Sermitsiaq. Consultado em 28 de maio de 2018 
  8. «Degelo acelerado na Groenlândia cria indústria de mineração no Ártico». O Globo. 8 de outubro de 2012 
  9. «Sermitsiaq rummer uran (A Montanha de Sermitsiaq tem urânio. Sermitsiaq. Consultado em 28 de maio de 2018 
  10. Roger Pihl. «Økonomi og næringsliv på Grønland (Economia da Groenlândia (em norueguês). Store norske leksikon - Grande Enciclopédia Norueguesa. Consultado em 1 de maio de 2018 
  11. «Grönland idag». Grönland mer än isberg (em sueco). Estocolmo: Arena/Norden Föreningen. 2004. p. 70. 227 páginas. ISBN 9789185276776 

Ligações externas

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