GfK – Wikipédia, a enciclopédia livre

GfK
GfK
Sociedade europeia
Atividade Pesquisa de mercado
Fundação 1934
Sede
Pessoas-chave Peter Feld (CEO)[1]
Lars Nordmark (CFO)
Thomas Ebeling
Empregados +8 000 (2021)[2]
Website oficial gfk.com

A GfK (Gesellschaft für Konsumforschung, atualmente Growth from Knowledge; Crescimento pelo Conhecimento, em português), é uma empresa de estudos de mercado de origem alemã, criada em 1934, com sede em Nuremberg. É a maior empresa do ramo na Alemanha, e a quinta em termos mundiais.

Foi fundada em 1934, por uma associação de professores universitários, dos quais se destaca Ludwig Erhard, que seria, mais tarde, Ministro da Economia e Chanceler da Alemanha.

A empresa entrou no Brasil em 2002, e desde 2015, mediava a audiência da televisão brasileira e formou concorrência ao Ibope que medirá 35% a mais do que a empresa brasileira oferece. As redes SBT, Rede Record, RedeTV! e Rede Bandeirantes assinaram o contrato de 100 milhões de dólares.[3] Com essa nova medição, encerrará um monopólio do Ibope que durou por mais de 30 anos.[4] Dentre as maiores emissoras, apenas a Rede Globo se recusou a assinar com a GFK, mantendo acordo com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística.[5] Mais tarde, a Rede Bandeirantes deixou a parceria com a GFK, por causa do valor alto. Em 21 de setembro de 2017, o instituto anunciou o encerramento de suas atividades no Brasil, com a demissão de 150 funcionários. O motivo se deve a situação econômica do Brasil, além de uma disputa judicial com as emissoras que formam o grupo Simba Content (RecordTV, RedeTV! e SBT).

Em Portugal, ficou a medidora oficial do país em meados de 2011, envolto em alguma polêmica com os canais TVI e RTP1, que continuaram a usar os dados da antiga medidora Marktest. Porém a partir de 2014, todos os canais generalistas adotaram a GFK como a medidora oficial, depois de ter sido feito uma auditoria.

A GfK foi fundada como GfK-Nürnberg Gesellschaft für Konsumforschung e. V. em 1934 por professores universitários de Nuremberg, entre eles Ludwig Erhard, futuro ministro de assuntos econômicos e Chanceler Federal da Alemanha O conceito foi desenvolvido pelo cofundador Wilhelm Vershofen.[6]

Inicialmente, a associação realizou 71 estudos diferentes, entre eles:

  • Conscientização de marcas comerciais
  • Cuidados pessoais e consumo de sabão na Alemanha
  • Estrutura do consumo de cerveja na Alemanha
  • Pacientes e farmacêuticos
  • Avaliação por motoristas de mapas rodoviários de empresas de combustível

Após a guerra, as atividades da GfK durante os anos de 1934 a 1945 foram investigadas pelas forças de ocupação norte-americanas. Após a investigação, a GfK recebeu uma licença para retomar suas atividades em 1947.[7]

Nos anos 1950, a GfK deu início ao seu primeiro painel doméstico e o expandiu internacionalmente. Nos anos 1970, a GfK lançou um painel de varejo para rastrear dados de consumos nas categorias de tecnologia e duráveis. A partir de 1984, a GfK também começou a acompanhar dados de audiência de TV. 

Em 1984, as atividades comerciais deram origem à GfK GmbH, a qual foi renomeada para GfK AG em 23 de janeiro de 1990.[10] Na época, a "GfK Association" limitava-se a promover pesquisas de mercado e vendas.

Em sua jornada de transformação digital, e ao recrutar alguns dos maiores especialistas do mundo em inteligência artificial (IA), design e produtos, a GfK deu início em 2017 ao desenvolvimento de produtos digitais e analíticos. Em 2020, a GfK lançou a gfknewron, uma plataforma baseada em IA em que os clientes podem acessar dados e insights relevantes em tempo real e receber recomendações de ação com base em previsões.[8]

Organização

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Administração

A equipe de administração da GfK SE é composta por seis pessoas (em 1º de fevereiro de 2021):[9]

  • Peter Feld (CEO)
  • Sean O’Neill (CPO)
  • Lars Nordmark (CFO)
  • Jutta Suchanek (CHRDO)
  • Joshua Hubbert (COO)
  • Benjamin Jones (CTO)

Direção estratégica

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Além de coletar e processar dados do comportamento de consumidores, os negócios principais da GfK também incluem fornecer recomendações para empresas usando aplicações baseadas em tecnologia.

A GfK atende aos seguintes setores no mundo inteiro: industria de tech & durables, varejo, bens de consumo, automotivo, serviços financeiros, mídia e entretenimento.[9]

A empresa coleta dados de mais de 180 milhões de SKUs e realiza pesquisas com mais de dois milhões de pessoas em 15 países, sempre trabalhando de acordo com as regras aceitas de marketing e as práticas e diretrizes de pesquisas de opinião produzidas pelo mercado e por associações de pesquisas sociais (como os padrões ESOMAR) que contêm requisitos obrigatórios. Ao fornecer insights em tempo real sobre a atividade do mercado, a GfK permite que os clientes tomem decisões de negócios importantes em áreas como marketing e vendas.[9]

Desde 2020, a GfK oferece a seus clientes uma plataforma baseada em IA que usa dados relevantes para fornecer previsões e produzir recomendações para facilitar a tomada de decisões de negócios críticas.[10]

GfK Entertainment

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As paradas da GfK Entertainment (anteriormente denominada como Media Control Charts) é a principal parada musical da Alemanha. Ela está dividida em diversas categorias, sendo que as mais importantes são "German Top 100 Singles" e "Top Albums". As estatísticas são produzidas e divulgadas pela Media Control GfK International. É apresentada por diversas emissoras de televisão, como por exemplo a VIVA.[11]

  • Top 100 Singles
  • Top 100 Álbuns
  • Top-50 ODC (Official Dance Charts)
  • Classic Top-20 Charts
  • Jazz Top-30 Charts
  • Compilation Charts
  • Schlager TOP-20 Longplay-Charts
  • Music DVD Top-20 Charts
  • TOP-5 New Entries per SMS

Referências

  1. «Legal – GfK Global». www.gfk.com. Consultado em 11 de setembro de 2021 
  2. «About GfK – Growth from Knowledge – GfK». Gfk.com. Consultado em 11 de setembro de 2021 
  3. «Gfk, rival do Ibope, assina pré-contrato com 4 emissoras». veja.abril.com.br. Consultado em 17 de dezembro de 2013 
  4. «GfK e emissoras, enfim, assinam acordo». meioemensagem.com.br. Consultado em 17 de dezembro de 2013 
  5. «'Fiel' ao IBOPE, Globo não deve assinar contrato com Gfk». rd1.ig.com.br. Consultado em 17 de dezembro de 2013 
  6. «Gründung». NIM - Nürnberg Institut für Marktentscheidungen e.V. (em alemão). 30 de dezembro de 2014. Consultado em 27 de setembro de 2021 
  7. «Entwicklung». NIM - Nürnberg Institut für Marktentscheidungen e.V. (em alemão). 8 de julho de 2010. Consultado em 27 de setembro de 2021 
  8. «GfK: Wo lauert der nächste Trend?». https://www.horizont.net (em alemão). Consultado em 27 de setembro de 2021 
  9. a b c «GFK Growth from Knowledge - Data analytics for knowledgeable action». www.gfk.com (em inglês). Consultado em 27 de setembro de 2021 
  10. «Business Reporter: The power of evidence-based forecasting». FinanzNachrichten.de (em alemão). Consultado em 27 de setembro de 2021 
  11. "Official_Charts_Presented_by_VIVA" Arquivado em 13 de julho de 2008, no Wayback Machine..viva.tv.

Ligações externas

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