Guerra contra as gangues em Honduras – Wikipédia, a enciclopédia livre
Guerra contra as gangues em Honduras | |||||
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Participantes do conflito | |||||
gangues criminosas | governo hondurenho | ||||
Líderes | |||||
Liderança descentralizada |
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A guerra contra as gangues (em castelhano: Guerra contra las pandillas)[1] ou repressão das gangues hondurenhas, referida em Honduras como Régimen de Exception, começou em dezembro de 2022 depois que as autoridades suspenderam partes da constituição hondurenha para combater os grupos criminosos no país.
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[editar | editar código-fonte]Em 24 de novembro de 2022, o governo de Honduras declarou estado de emergência em relação à violência das gangues no país.[2] Em 3 de dezembro de 2022, o governo anunciou que alguns direitos constitucionais seriam suspensos nas cidades de Tegucigalpa e San Pedro Sula para reprimir gangues criminosas nesses locais, particularmente a Mara Salvatrucha (MS-13) e a Mara Barrio 18. Nessas cidades, as gangues são acusadas de extorquir moradores em troca de proteção contra a violência e de matar pessoas que se recusam a pagar. De acordo com a Associação para uma Sociedade Mais Justa, as gangues ganham cerca de US$ 737 milhões por meio de extorsão.[3] Gustavo Sánchez, comissário da Polícia Nacional, afirmou que o estado de exceção duraria 30 dias.[4]
Xiomara Castro, presidente de Honduras, condenou o uso de extorsão pelas gangues, afirmando: "[a extorsão] é uma das principais causas de insegurança, migração, deslocamento, perda de liberdade, mortes violentas e fechamento de empresas de pequeno e médio porte. Com a estratégia abrangente contra a extorsão e crimes relacionados anunciada hoje pela polícia nacional, este governo do socialismo democrático declara guerra à extorsão."[5] Segundo Leandro Osorio, ex-comissário da Polícia Nacional, as autoridades "realizariam ações repressivas" e "penetrariam" nas quadrilhas para capturar seus líderes. Raúl Pineda Alvarado, analista de segurança hondurenho, afirmou que a repressão seria uma "imitação" das medidas similares contra gangues em El Salvador, iniciada em março de 2022.[6]
Repressão
[editar | editar código-fonte]As medidas severas contra a criminalidade tiveram inicio no dia 6 de dezembro de 2022 às 18h00. quando 2.000 policiais entraram em áreas controladas pelas gangues em Tegucigalpa e San Pedro Sula.[4]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Mara (criminalidade)
- Guerra contra as gangues em El Salvador
- Crise de segurança no Equador de 2021-2022
Referências
- ↑ «Honduras dispuso el estado de excepción en su guerra contra las pandillas y desplegó cientos de policías en las calles». Infobae. 7 de dezembro de 2022
- ↑ González, Marlon (25 de novembro de 2022). «Honduras Declares State of Emergency Against Gang Crime». ABC News. Tegucigalpa, Honduras
- ↑ Palencia, Gustavo (3 de dezembro de 2022). Torres, Noé; Maler, Sandra, eds. «Honduras to Suspend Some Constitutional Rights to Fight Gang Violence». Reuters (em inglês). Tegucigalpa, Honduras
- ↑ a b Hilaire, Valentine; Madry, Kylie (6 de dezembro de 2022). Feast, Lincoln, ed. «Honduras Enters Partial State of Emergency Amid Gang Crackdown». Associated Press (em inglês). Tegucigalpa, Honduras
- ↑ «Honduras Partially Suspends Constitutional Rights to Tackle Gangs». The Guardian (em inglês). 6 de dezembro de 2022
- ↑ «Honduras Suspends Rights in 2 Big Cities Amid Gang Crackdown». Associated Press (em inglês). 5 de dezembro de 2022