Guerrinha – Wikipédia, a enciclopédia livre
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Jorge Guerra | |
Data de nasc. | 21 de junho de 1959 (65 anos) | |
Local de nasc. | Franca, (SP), Brasil | |
Apelido | Guerrinha | |
Informações profissionais | ||
Clube atual | Bauru | |
Times que treinou | ||
Anos | Clubes | Jogos (V - D) |
1997–1998 1998–2003 2003–2004 2005–2007 2007–2015 2016–2021 2021–2024 2024–atual | COC/Ribeirão Preto (SP) Bauru (SP) Automóvel Clube (RJ) Rio Claro (SP) Bauru (SP) Mogi das Cruzes (SP) Bauru (SP) São Paulo (SP) |
Jorge Guerra, mais conhecido como Guerrinha (Franca, 21 de junho de 1959) é um ex-jogador e atual treinador brasileiro de basquetebol.[1]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Clubes
Guerrinha começou a jogar basquete aos 10 anos no Franca Basquete, à época chamado Clube dos Bagres. Após se federar, defendeu o Yara Clube, de Franca, na categoria infantil e o Clube Recreativo, de Orlândia, no infanto. Retornou ao Franca Basquete, para jogar no adulto do então Amazonas Franca em 1975. A passagem no Franca durou até o ano de 1991. Atuou também em clubes como Monte Líbano (SP), Dharma/Yara/Franca (SP) e COC/Ribeirão Preto (SP), onde encerrou a carreira no ano de 1997.[2]
Pelo time da Capital do Basquete foram quatro Sul-Americanos (1977, 1980, 1990 e 1991), quatro Campeonatos Brasileiros (1980, 1981, 1990 e 1991), cinco Paulistas (1975, 1976, 1977, 1988 e 1990) e três Campeonatos do Interior (1975, 1976 e 1977). Também foi vice-campeão do Mundial Interclubes (1980), cinco vezes vice-campeão brasileiro (1979, 1981, 1982, 1986 e 1988-89) e quatro vezes vice-campeão paulista (1978, 1979, 1980 e 1991).[3]
Seleção Brasileira
Era integrante da equipe titular da Seleção Brasileira de Basquetebol Masculino que conquistou o título pan-americano de 1987, disputado na cidade de Indianápolis, nos Estados Unidos. No jogo final, a equipe enfrentou o time anfitrião e os venceu por 120 a 115. Foi a primeira vez que a seleção norte-americana masculina de basquete perdeu um jogo como anfitrião,[4] e a primeira vez que foi derrotada em um jogo final,[5] além de ter sido a primeira vez que um adversário fez mais de cem pontos diante de seus torcedores.[6] Na ocasião, o Brasil levou o ouro após uma virada épica sobre os Estados Unidos, após estar perdendo no intervalo por 14 pontos. Além disso, o Brasil quebrou uma invencibilidade de 34 partidas oficiais do time norte-americano de basquete.[3]
"Foi uma emoção muito grande. Uma conquista assim marca uma geração, marca um jogador. Era um grupo de atletas que começou a se formar em 1983 e foi até 1992. Foram 10 temporadas juntos, disputando Olimpíadas e Mundiais. Era um grupo coeso, tinha aquela paixão de jogar pela Seleção, tinha qualidade em nível internacional. Era uma época mais romântica. Hoje é muito profissional, então são coisas que a gente guarda, lembra, vai curtir ainda por muitos anos", contou Guerrinha em uma entrevista à Rádio Poliesportiva.[3]
Além disso, já havia sido vice-campeão Pan-Americano em 1983 com a Seleção. Também faturou um Pré-Olímpico das Américas (1988) e dois Sul-Americanos (1985 e 1989).[3]
Técnico
A carreira de técnico de Guerrinha começou em 1997, no COC/Ribeirão Preto (SP), time pelo qual foi um dos principais responsáveis por fundar no final de 1996. Já no primeiro ano como treinador, levou a equipe ao vice-campeonato do Paulista de 1997[7] e do Nacional de 1998. No segundo semenstre de 1998, se transferiu para o Bauru (SP), onde teve grande sucesso. O primeiro feito foi levar o esquadrão bauruense à sua primeira participação em uma competição brasileira: o Campeonato Nacional de 1999. Mais tarde naquele mesmo ano, foi vice-campeão do Sul-Americano de Clubes e campeão paulista, seu primeiro título na carreira. Em 2000, ficou em segundo lugar com o Bauru no Campeonato Paulista. Porém, em 2002, conquistou o Nacional de 2002 com o time bauruense. Em meados de 2003, a primeira passagem de Guerrinha pelo Bauru se encerrou, após a equipe pedir licença das principais competições da temporada 2003-04.[8]
Depois de deixar o Bauru foi contratado pelo ACF/Campos (RJ), onde foi campeão carioca em 2003 e vice em 2004. Após a equipe fluminense declinar a participação no Campeonato Nacional do ano seguinte, foi contratado pelo Rio Claro Basquete (SP) que estava retornando às atividades, no primeiro semestre de 2005. Ficou no projeto rioclarense até o final da temporada 2006-2007. Com a negativa do Rio Claro em participar do Paulista de 2007, deixou a agremiação da Cidade Azul e voltou à cidade de Bauru no segundo semestre do ano de 2007 e foi o principal responsável por refundar a equipe bauruense juntamente com antigos dirigentes. Neste recomeço do Dragão, Guerrinha acumulou funções além das de treinador, atuando também como diretor e assessor de imprensa. A segunda passagem durou oito anos e foi recheada de títulos: Campeonato Paulista de 2013 e 2014, Liga Sul-Americana de 2014, Liga das Américas de 2015, além dos vices no NBB 14-15 e na Copa Intercontinental de 2015.[8] Depois de dirigir o Bauru nos amistosos que o time realizou na NBA, o segundo período de Jorge Guerra no comando do time se encerrou em outubro de 2015. Em 10 de junho de 2016, foi apresentado como o novo técnico do Mogi das Cruzes. Pela equipe mogiana, conquistou o Campeonato Paulista de 2016 e a Liga Sul-Americana de 2016. Na temporada 2017/2018, foi vice-campeão do NBB e da Liga das Américas de 2018. Em junho de 2021, foi contratado pelo Bauru, indo assim para a terceira passagem pelo time bauruense. Em dezembro de 2022 conquistou mais um título no comando do Bauru Basket, a Liga Sulamericana de 2022.
Títulos como jogador
[editar | editar código-fonte]Franca
[editar | editar código-fonte]- Campeonato Sul-Americano de Clubes: 4 vezes (1977, 1980, 1990 e 1991).
- Campeonato Brasileiro: 4 vezes (1980, 1981, 1990 e 1991).
- Campeonato Paulista: 5 vezes (1975, 1976, 1977, 1988 e 1990).
- Campeonato Interior: 3 vezes (1975, 1976 e 1977).
- Vice-campeão Mundial Interclubes: 1980.
- Vice-campeão Brasileiro: 5 vezes (1979, 1981, 1982, 1986 e 1988-89).
- Vice-campeão Paulista: 4 vezes (1978, 1979, 1980 e 1991).
Seleção Brasileira
[editar | editar código-fonte]- Jogos Pan-Americanos: 1987.
- Vice-campeão Jogos Pan-Americanos: 1983.
- Pré-Olímpico das Américas: 1988.
- Campeonato Sul-Americano: 2 vezes (1985 e 1989).
Títulos como técnico
[editar | editar código-fonte]Bauru
[editar | editar código-fonte]- Liga das Américas: 2015.
- Liga Sul-Americana: 2 vezes (2014 e 2022).
- Campeonato Brasileiro: 2002.
- Campeonato Paulista: 3 vezes (1999, 2013 e 2014).
Automóvel Clube/Campos
[editar | editar código-fonte]Mogi das Cruzes
[editar | editar código-fonte]- Liga Sul-Americana: 2016.
- Campeonato Paulista: 2016.
Referências
- ↑ CBB (13 de julho de 2007). «Perfil de Guerrinha no CBB». Consultado em 2 de fevereiro de 2015
- ↑ Terceiro Tempo. «Guerrinha, ex-jogador e atualmente treinador de basquete». Consultado em 2 de fevereiro de 2015
- ↑ a b c d Filardi, Eric (15 de maio de 2020). «Top 5 maiores armadores do basquete brasileiro». Rádio Poliesportiva. Consultado em 24 de setembro de 2020
- ↑ esportes.terra.com.br/ Indianápolis 1987
- ↑ estadao.com.br/ Basquete comemora os 20 anos da conquista do Pan de 1987
- ↑ rio2011.mil.br/[ligação inativa] Basquete: confira a histórica vitória do Brasil sobre os EUA em 1987
- ↑ «Acervo Digital - Folha de S.Paulo». Acervo Digital - Folha de S.Paulo. Consultado em 21 de junho de 2021
- ↑ a b «Fábio Balassiano - Personagens do Basquete Brasileiro: Guerrinha». balanacesta.blogosfera.uol.com.br. Consultado em 21 de junho de 2021
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Túnel do Tempo: há 27 anos, Brasil vence os Estados Unidos na final masculina de basquete