Hímen – Wikipédia, a enciclopédia livre

Hímen

Órgãos sexuais externos femininos humanos
Identificadores
Gray pág.1264
MeSH Hymen

O hímen é uma película dérmica presente na entrada da vagina. É impermeável, e normalmente possui uma abertura anelar, por onde são eliminadas secreções e a menstruação. Em certos casos, a abertura é muito estreita ou pode não existir, requerendo intervenção cirúrgica para evitar a retenção de líquidos.

O hímen existe em certos mamíferos para proteger as fêmeas durante a sua infância dos riscos de infecções genitais. Daí durante esta fase da vida das meninas, ser uma membrana relativamente espessa e resistente, no entanto com o aproximar da puberdade essa membrana torna-se muito fina e pouco resistente.

O hímen é geralmente rompido de forma permanente quando a mulher pratica sua primeira relação sexual. Criaram-se no entanto mitos devido ao tabu "sexo", sobre a existência de dor e sangramentos abundantes na altura da defloração, o que vem prolongando ao longo de gerações os receios de muitas mulheres durante a primeira prática de coito, sendo inclusivamente muitas vezes este receio e as "pressas" do parceiro, ainda um dos maiores responsáveis por algum desconforto das mulheres na(s) sua(s) primeira(as) prática(s) de coito. Quando "as coisas são bem feitas" e acima de tudo com ambos conscientes e perfeitamente à vontade com o que estão a fazer, uma grande maioria das mulheres não só não sente nenhuma dor nem ardor na altura em que ocorre a defloração, como praticamente não ocorre grande sangramento e quando ocorre é de tal modo insignificante que é estancado pela própria pressão do pênis contra as paredes da vagina; percebendo-se só a mulher muitas vezes desse sangramento quando depois de vestir a sua roupa intima verifica ao tira-la uma pequena mancha de sangue.

É claro que em casos raros em que o hímen é mais espesso que o normal, mesmo com uma perfeita dilatação e lubrificação, pode ocorrer alguma dor ou ardor com a defloração. Havendo casos tais em que a espessura do hímen obriga a uma pequena intervenção médica para "facilitar" um futuro coito o menos problemático possível.

Durante muito tempo a presença do hímen foi erradamente considerada um símbolo de virgindade, honra e pureza entre os mais tradicionalistas. No entanto, há casos em que não há rompimento da membrana: quando o hímen é inexistente por razões congénitas (nascem sem hímen); quando existe um orifício único no hímen e este é largo; quando o hímen é complacente, ou seja, sua constituição é mais elástica do que o comum, ajustando-se ao diâmetro do pênis e após o coito volta ao estado original, podendo só se vir a romper num coito mais "apressado" em que a lubrificação e/ou dilatação não é a ideal ou mesmo só num parto.

Mamíferos que apresentam hímen

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Várias espécies de mamíferos, além do ser humano, podem ter a presença do hímen nas fêmeas. Estudos antigos davam conta de que era presente em animais como girafa, hiena, porco ou urso.[1] Alguns mamíferos que podem apresentar hímen:

Referências

  1. The Cincinnati lancet-clinic, Volume 99, pp 241 - google books: embora o resultado não mostre, o texto em questão traz o seguinte informe (em inglês): "Authorities give the hymen as occurring in the ape, bitch, bear, donkey, hyena, giraffe, horse, cow and pig, besides the human female." (acesso em novembro de 2009)
  2. Infertility associated with persistent hymen in an alpaca and a llama, Rachel H.H. Tan e John J. Dascanio, Canadian Veterinary Medical Association (em inglês) (acesso em novembro de 2009)
  3. Anatomy and Histology of the Penile and Clitorical Prepuce in Primates - An Evolutionary Perspective of the Specialised Sensory Tissue of the External Genitalia. COLD, Christopher J. MCGRATH, Kenneth A. (em inglês) (acesso em novembro de 2009)
  4. Reproduction online[ligação inativa], trata do hímen em aliás (fêmeas do elefante) (em inglês) - acesso novembro de 2009
  5. Equine reproduction, A. O. McKinnon, James L. Voss (acesso novembro 2009)
  6. Reproductive Anatomy of the Female Amazonian Manatee Trichechus inunguis Natterer, 1883 (Mammalia: Sirenia), por RODRIGUES Fernanda Rosa ; FERREIRA DA SILVA Vera Maria ; MARQUES BARCELLOS José Fernando ; LAZZARINI Stella Maris (em inglês), resumo (acesso em novembro de 2009)
  7. Reproduction in farm animals, Elsayed Saad Eldin Hafez, Lea & Febiger, 1962 (google books - acesso em novembro de 2009)

Ligações externas

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