HMS Argus (I49) – Wikipédia, a enciclopédia livre

HMS Argus
 Reino Unido
Operador Marinha Real Britânica
Fabricante William Beardmore and Company
Homônimo Argos Panoptes
Batimento de quilha 1914
Lançamento 2 de dezembro de 1917
Comissionamento 16 de setembro de 1918
Descomissionamento 6 de maio de 1946
Identificação I49
Destino Desmontado
Características gerais (como construído)
Tipo de navio Porta-aviões
Deslocamento 16 028 t (carregado)
Maquinário 4 turbinas a vapor
12 caldeiras
Comprimento 172,2 m
Boca 20,7 m
Calado 7,1 m
Propulsão 4 hélices
- 20 000 cv (14 700 kW)
Velocidade 20 nós (37 km/h)
Autonomia 3 600 milhas náuticas a 10 nós
(6 700 km a 19 km/h)
Armamento 6 canhões de 102 mm
Aeronaves 15 a 18
Tripulação 495

O HMS Argus foi o primeiro porta-aviões operado pela Marinha Real Britânica. Sua construção começou em 1914 nos estaleiros da William Beardmore and Company em Dalmuir, na Escócia, como o transatlântico italiano SS Conte Rosso, porém foi comprado pela Marinha Real em setembro de 1916 para conversão.[1] Foi lançado ao mar em dezembro de 1917 e comissionado na frota britânica em setembro do ano seguinte.[2][3] Ele era capaz de transportar até dezoito aeronaves,[4] era armado com uma bateria antiaérea de seis canhões de 102 milímetros[5] tinha um deslocamento de dezesseis mil toneladas e conseguia alcançar uma velocidade máxima de vinte nós (37 quilômetros por hora).[6]

O Argus foi o primeiro navio do mundo com um convés de voo em que aeronaves com rodas podiam decolar e pousar.[7] Ele passou seus primeiros anos de serviço ajudando a Marinha Real no desenvolvimento do melhor projeto para porta-aviões posteriores. O navio também avaliou vários tipos diferentes de equipamentos de retenção de aeronaves, procedimentos gerais para operação de aeronaves em conjunto e táticas em frota. A embarcação era muito pesada no topo, o que causava problemas de estabilidade, assim precisou ser modificada na década de 1920.[8] O Argus passou um breve período servindo na China,[9] sendo colocado na reserva em 1928 por motivos orçamentários.[10]

A embarcação foi modernizada antes da Segunda Guerra Mundial e serviu como navio de treinamento até 1940.[11] Pelo dois anos seguinte realizou várias viagens de transporte de aeronaves para Malta. O Argus também transportou aviões para a Murmansk na União Soviética, Sekondi-Takoradi na Costa do Ouro e Reykjavík na Islândia.[12] A Marinha Real ficou em 1942 com uma escassez de porta-aviões e assim o navio participou da Operação Arpão e da Operação Tocha, sendo levemente danificando nesta última.[13] Passou por reparos e voltou a atuar como navio de treinamento até setembro de 1944,[14] tornando-se então um alojamento flutuante. Foi tirado do serviço em 1946 e desmontado.[15]

Referências

  1. McBride 1994, pp. 73–75
  2. McBride 1994, p. 77
  3. Friedman 1988, p. 363
  4. Friedman 1988, p. 69
  5. McBride 1994, p. 76
  6. Friedman 1988, pp. 67, 365
  7. Milanovich 2008, p. 9
  8. Friedman 1988, pp. 67–69
  9. McCart 2001, pp. 21–23
  10. MacKay 2017, p. 88
  11. McBride 1994, pp. 79–80
  12. Nailer 1990, pp. 155–162
  13. Nailer 1990, p. 164
  14. McBride 1994, p. 86
  15. McBride 1994, p. 71
  • Friedman, Norman (1988). British Carrier Aviation: The Evolution of the Ships and Their Aircraft. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 0-87021-054-8 
  • MacKay, Charles E. (2017). HMS Argus 1914 to 1947: The World's First Flat-top Aircraft Carrier. Glasgow: A. MacKay. ISBN 978-0-9573443-5-8 
  • McBride, Keith (1994). «The 'Hatbox': HMS Argus». In: Roberts, John. Warship 1994. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 0-85177-630-2 
  • McCart, Neil (2001). HMS Hermes 1923 & 1959. Cheltenham: Fan Publications. ISBN 1-901225-05-4 
  • Milanovich, Kathrin (2008). «Hôshô: The First Aircraft Carrier of the Imperial Japanese Navy». In: Jordan, John. Warship 2008. Londres: Conway. ISBN 978-1-84486-062-3 
  • Nailer, Roger (1990). «Aircraft to Malta». In: Gardiner, Robert. Warship 1990. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 1-55750-903-4 

Ligações externas

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