Harpa paraguaia – Wikipédia, a enciclopédia livre
A harpa paraguaia é um instrumento musical típico do Paraguai e similar a outros instrumentos da América do Sul, particularmente da Venezuela.
É uma harpa diatônica com 32, 36, 38 ou 40 cordas, feita com madeira tropical, com um exagerado arco de pescoço e tocada com as unhas e dedos. É comum na execução de músicas da língua guarani[1] e recebeu a influência da música espanhola.[2]
Histórico
[editar | editar código-fonte]A harpa chegou ao Paraguai pelos jesuítas e suas missões religiosas. A música, como instrumento de evangelização, é parte do conjunto de ferramentas culturais e tecnológicas e, no contexto da missão religiosa, a harpa paraguaia foi empregada. O resultado foi uma mescla de tradições ao aliar o recurso musical europeu com outras tradições, especialmente dos índios guaranis.[2]
Houve algumas modificações em quase de 500 anos de desenvolvimento do instrumento. Antes das cordas serem de náilon, as cordas mais baixas eram feitas de couro do ventre de cavalos e as cordas mais altas, de aço.[2]
Possibilita tons claros, cálidos e muito distintos. É adequado para arpejos, glissandos e acordes de oitavas, terças e sextas.[2]
O instrumento tornou-se mundialmente conhecido no século XX graças ao músico paraguaio Luis Bordon, um de seus maiores solistas, a quem deu à ela técnicas e arranjos mais arrojados. [3]
Referências
- ↑ BBC. (6 de julho de 2001). The Harp: A Latin American Re-invention, acesso em 1 de junho de 2010
- ↑ a b c d Hamilton, Roger. (dezembro de 2005). Um instrumento que se recusou a mudar. Banco Interamericano de Desenvolvimento, acesso em 1 de junho de 2010
- ↑ «Luis Bordon». Recanto Caipira