Herbert Richers – Wikipédia, a enciclopédia livre
Herbert Richers | |
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Herbert em 2009 | |
Nascimento | 11 de março de 1923[1] Araraquara, SP[1] |
Morte | 20 de novembro de 2009 (86 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Causa da morte | insuficiência renal |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação |
Herbert Richers (Araraquara, 11 de março de 1923 – Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2009) foi um produtor de cinema e empresário brasileiro. Radicado no Rio de Janeiro desde 1942, fundou oito anos mais tarde a empresa homônima Herbert Richers S.A., que começou no ramo de distribuição de filmes e depois se tornou o principal estúdio de dublagem da América Latina.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascido em Araraquara, São Paulo, filho de Guilherme Richers e Maria Luísa Wulfes,[2] ambos de ascendência alemã,[3] Herbert Richers se mudou para o Rio de Janeiro na década de 1940 para cursar a faculdade de engenharia. Para complementar sua renda, começou a trabalhar como fotógrafo em um estúdio de cinema, e isso levou-o em 1946 a conhecer Walt Disney, que veio gravar um documentário na cidade e contratou Richers como cinegrafista. Logo se tornou amigo de Disney, e passou a frequentemente ir visitar seus estúdios em Los Angeles, inspirando-o a também se tornar produtor de cinema no Brasil.[4] Inicialmente colaborou com a Atlântida Cinematográfica antes de fundar o seu estúdio, Herbert Richers S.A., no bairro da Usina, zona Norte do Rio de Janeiro, onde passou, além de produzir, fazer distribuições de filmes para serem exibidos nos cinemas.
Tendo conhecido o sistema de dublagem em Hollywood, decidiu utilizar o método de gravar áudio na pós-produção primeiro para contornar as limitações técnicas da captação de som brasileira, com produções como Sai de Baixo (1956) tendo todos os seus diálogos dublados. Logo esse conhecimento passou a ser aplicado nos filmes exibidos na TV, resolvendo o grande problema das legendas, quase ilegíveis para a tecnologia da época.[5][6]
Morte
[editar | editar código-fonte]Morreu no Rio de Janeiro, na Clínica São Vicente, na Gávea, em 20 de novembro de 2009, em consequência de um problema renal.[7] O empresário era casado com a designer de joias Cookie Richers, com quem teve 3 filhos: Herbert Jr., Ronaldo e Celina.[8]
Patrimônio cultural
[editar | editar código-fonte]A casa construída pelo empresário em Ribeirão Pires em 1957 e usada como set de filmagens para os filmes Papai Trapalhão e Golias contra o homem das bolinhas,[2] foi tombada, em 2016, como patrimônio histórico municipal.[9]
Referências
- ↑ a b Redação do IGB (1948). Revista genealógica brasileira, Edições 17-18. [S.l.]: Instituto Genealógico Brasileiro (IGB)
- ↑ a b «Ribeirão Pires – Casa de Herbert Richers». i-Patrimônio. Consultado em 14 de junho de 2019
- ↑ «Sem dublar, ele criou império com a 'versão brasileira Herbert Richers'». Splash. 18 de agosto de 2023. Consultado em 8 de outubro de 2023
- ↑ O segundo adeus de Herbert Richers
- ↑ Quem era o Herbert Richers da abertura dos filmes e desenhos? Revista Super Interessante - acessado em 16 de junho de 2019
- ↑ CAREQUINHA, UM DOS HERÓIS PIONEIROS DA TELEVISÃO BRASILEIRA - Filmografia, RB - RJ, consultado em 17 de abril de 2015, cópia arquivada em 11 de setembro de 2015
- ↑ Folha Online (20 de novembro de 2009). «Morre Herbert Richers, pioneiro na dublagem de filmes no Brasil». Consultado em 20 de novembro de 2009
- ↑ Morre, aos 86 anos, Herbert Richers O Globo - acessado em 16 de junho de 2019
- ↑ Casa de Herbert Richers vira patrimônio cultural Diário do Grande ABC - acessado em 16 de junho de 2019
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Júnior, Gonçalo (2014). Versão Brasileira - Herbert Richers. São Paulo: Martins Fontes. ISBN 9788564249752